Ontem, depois de chegarmos em casa, eles desabaram na cama literalmente. Tive um pouco de insônia, pois não consegui parar de pensar em meu pai e na "herança" dele que estava me dando problemas.
Apesar de ter lido os artigos, apesar da história que eles contaram fazer sentido, daquelas páginas da Internet que eu li depois da morte de meu pai, ainda restava dúvidas sobre Max e Liam. Há muitas perguntas que não foram respondidas e elas agiam como uma dor agonizante que não parava de incomodar.
- Olá. - eles apareceram na cozinha sonolentos, enquanto eu bebia algo e olhava para o nada.
- Ah... oi. - continuei sem desviar o olhar - Eu fiz chá, se quiserem beber, tem pães e frutas também.
- Está tudo bem? - Max disse encostando sua mão nas minhas costas.
Olhei para ele por alguns segundos.
- Sim, sim está. - disse arrumando o cabelo. - E com vocês?
- Falta uma cervejinha, mas está legal. - Liam disse.
"Viciado em álcool." , pensei.
- Desculpe, não costumo beber. - dei um sorriso irônico para ele.
- Ah, tudo bem, relaxa. - ele piscou e deu uma mordida generosa no pão.
- Então Luane, eu estava olhando e achei um pequeno quarto, até que barato para ficarmos... - Max disse.
- Olha, se vocês estão aqui é porque eu quero, e já disse para parar de se incomodar com isso, até porque temos mais coisas para nos preocupar.
De repente, meu celular fixo começou a tocar e todos nós ficamos em silêncio. Olhei para ambos e estavam sem expressão. Fui em passos curtos até lá, enquanto ouvia Liam sussurrando.
- Tá doido? Que história é essa de "pequeno quarto"? Não tô afim de dormir agarradinho com você não.
Fiquei em pé parada em frente o telefone, pus a mão nele e atendi.
- Alô?
- Luane Bland, é tão gratificante ouvir sua voz.
- Quem é? - minha respiração acelerava.
- Creio que você não queira saber.
- O que você quer?
- Apenas conversar com você. - a voz era grossa e calma.
- Acho que você já está fazendo isso. - disse tentando não me desesperar.
- Não por aqui, pessoalmente.
- Acha que eu sou idiota?... - ele me interrompeu.
- Não precisa levar o medalhão, não dessa vez. Eu só quero conversar.
- Onde? - peguei um papel e uma caneta.
- Na casa abandonada em Greelid. É bom saber que vai vir.
- Se fosse você, não teria tanta certeza. - desliguei na cara dele.
Quando me virei, Max e Liam me olhavam parados em pé atrás de mim, buscando respostas.
- Ele quer me ver em Greelid, e não quer que eu leve o medalhão.
Os dois se entreolharam.
- E onde é isso?
- Onde fica uma casa abandonada.
- Você não vai. - Max disse e foi para a cozinha.
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Objeto Sagrado
Mystery / ThrillerLuane possui um objeto que pode colocar a sua vida e a de toda humanidade em risco. Ela vai embarcar numa trajetória de suspense, romance e medo. Demônios irão vir atrás dela para abrir um portal para a libertação de todas as forças do mal, mas Max...