A Ruína da Rainha

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Meu pulso estava tão acelerado que eu achei que teria uma parada cardíaca.

Ao meu lado, Collen estava tão estupefato quanto eu. Brea e Thierry sabiam que não precisavam mais fingir serem normais e vieram para meu lado.

Mas meus olhos focavam Antracia. Eles focavam minha amiga morta. Minha outra amiga morta.

Eu ataquei Archer com uma labareda. Ele moveu um pulso e um soldado se descongelou, vindo correndo em direção à bola de fogo.

Antes que eu a parasse, o guarda a parou. Com o próprio corpo.

Archer ignorou o homem aos seus pés, que ele havia usado como escudo humano.

"Minha querida Anaya me conhece, mas creio que os outros não. Meu nome é Archer, sou o irmão mais nvo da antiga rainha. Sou também o primeiro de nós a ascender como superior. " Ele sorriu e se sentou no trono, antes de Antracia.

"Venham, sentem-se. Comam comigo. Não são mais procurados. Não serão mais caçados. Vocês, meus caros amigos, são meus iguais. "

Eu cuspi no chão aos pés dele. "Não somos nada iguais a você, seu assassino imundo e frigido."

Archer apenas me deu um sorrisinho. "Precisa relaxar, Nay. Porque não se senta."

A palavra foi tão intensa que eu não consegui resistir ao impulso de me sentar. Andei até os degraus dos tronos e me sentei no mais alto.

Assim que toquei o chão frio, senti uma espécie de névoa se desfazer na minha mente. Notei que eu estava de volta ao comando do meu corpo mas não conseguia me levantar.

Os outros me olhavam de olhos arregalados. Eu lhes garanti com o olhar que estava bem.

"Sentem-se, meus amigos. "Archer disse, seu bom humor retornando.

Um pouco hesitantes, os outros se sentaram. Collen e Thierry ao meu lado e Brea ao lado de Thierry.

Archer entrelaçou os dedos no colo. "Bom, por onde eu começo? "Ele coçou o queixo antes de se concentrar em nós de novo. "Ah, sim. Bom, estava em uma de minhas dezenas de viagens pelo continente quando passei por Ganesha. Eu estava hospedado na casa de um senhor local, a pedido de minha irmã, quando notei que podia fazer alguns... Truques. Minhas sugestões eram atendidas se eu pensasse nelas com certa intensidade e eu podia fazer pessoas mudarem totalmente suas mentes fechadas apenas pensando nisso. "

As peças começaram a se encaixar para mim. Mas Archer continuou antes que eu terminasse minha linha de pensamento.

"Talvez tenha começado comigo, o que acho provável porque me lembro muito bem deste jovem na propriedade em Ganesha. "Ele apontou para Collen.

Archer foi o primeiro de nós. Ele era o mais experiente e o que teve mais tempo para descobrir seus limites.

"Eu desconfiava que uma das campeãs para rainha seria uma de nós. Assumo que pensava que seria Colima e fiquei extremamente triste quando ela morreu. Mas você... Você me surpreendeu, Anaya. "Archer disse, os olhos focados nos meus.

Eu queria falar mas minha garganta estava presa, como se ele quisesse um monólogo por enquanto.

"Eu gostava de você. Era forte, obediente e inteligente. Pensava em fazer de você uma exceção entre os ordinários e colocar você ao meu lado. "Ele sorriu abertamente e gargalhou. "Mas que surpresa foi ver que você ficaria ao meu lado afinal, como minha rainha de fogo. "

Senti minha garganta desafrouxar e ousei falar. "Então o que quer de nós? Controlava Antracia para ela nos caçar para você?"

Ele bufou e fez um gesto com a mão, dispensando a ideia. "Não precisei. Ela me ajudou ao meu tornar seu príncipe consorte e eu só tive que lhe empurrar algumas sugestões na mente. "

"E quanto ao que quero de vocês é simples. Nós nascemos superiores embora só tenhamos descobrido nosso destino tarde. Nós nascemos para governar e é o que faremos. Escravizaremos os ordinários e nos tornaremos deuses. Apenas uma pena que um de nós tenha morrido. "

Heyden! Heyden ainda era nossa carta na manga se nada desse certo. Ele poderia nos salvar desde que Archer não descobrisse a casa dos meus pais.

"Não temos a intenção de escravizar ninguém, Archer. "Thierry disse. "Só queremos entender o que somos e aprender como lidar com isso. "

Archer esmurrou o braço do trono. "Não! Quer saber o que somos? Somos deuses, somos os deuses para quem eles vão rogar. Seremos adorados e temidos! É isso o que somos!" Ele gritou.

"Archer, nos deixe ir. Não queremos ser adorados nem temidos e muito menos governar. "Eu disse.

Ele riu ironicamente para mim. "Não parecia ter problemas em governar enquanto me beijava para garantir que eu falaria de você para Yriana."

Meu rosto queimou e eu senti o olhar dos outros sobre mim. Agradeci por Heyden não estar ali.

"Isso não vem ao caso." Eu disse, me recompondo. "Archer, você está um pouco ambicioso demais com relação à nossa magia. E se for temporário? E se tiver um limite? Não sabemos de nada disso. "

Ele me olhou com raiva. "Então vocês não tem interesse nenhum em se juntar a mim em meu império?"

"Exatamente." Collen disse ao meu lado. "Só queremos tentar achar um jeito de levar vidas normais. "

Ele ergueu o queixo e ajeitou a postura. "Então serão caçados como cães. "

Ele disse e estalou os dedos. Em sincronia, todos os guardas viraram sua cabeça para nós.

Seus olhos estavam negros, como uma poça de piche, e não havia nada do que eles eram antes.

Eu estava paralisada, mas Brea não. Ela nos puxou e corremos até a porta.

Assim que passamos pelas portas duplas, todos os guardas correram atrás de nós.