3. Um dia de azar

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No dia seguinte acordo um pouco atrasada para ir trabalhar, levanto as pressas para tomar banho. E quando chego ao banheiro tinha uma fila de gente querendo entrar. A Kássiane estava tomando o banho, o Pablo era o próximo a entrar, depois a mamãe, Thomas e por ultimo eu.

O banheiro que fica no quarto da minha mãe está com problemas, e agora a casa estava lotada de visitantes e só tem um banheiro para cinco pessoas. Preciso elaborar um plano para entrar na frente do Pablo, pois se eu pedisse para entrar no lugar dele, com certeza ele diria não.

Eu fui me aproximando de fininho, quando percebi que a Kássiane estava preste a saí, coloco o meu plano em ação.

- Olha um RATO! – eu falo e todos ficam procurando o rato (que na verdade não existia) A Kássiane saiu do banheiro e eu entro bem rápido.

- Ah! Kássia! Sua furona! – O Pablo batia na porta com muita força.

Eu tomo o meu banho e visto o meu uniforme de professora – você com certeza já ouviu falar, que quando fala o nome de uma coisa, ela aparece – foi mais ou menos assim. Quando eu olho para lixeira, quase tive um ataque do coração. Tinha um rato enorme me observando, e parecia rir da minha cara.

- UM RATO!SOCORRO... TEM UM... RATO! É ENORME! – eu saio gritando do banheiro. Entro no meu escritório, pego a minha bolsa e vou direto para o meu carro.

Saio sem tomar café da manhã, e também não daria tempo. Eram 07h30min e minha aula começaria às 08h15min. Eu cheguei a tempo – graças a Deus!

***

Na hora do intervalo que as coisas ficaram feias para o meu lado. Eu fui até a cantina comer alguma coisa – como não tinha tomado café, eu estava morta de forme – comi uma maçã, um sanduiche saudável e bebi suco de maracujá.

Quando termino de lanchar, eu me lembro de entregar um trabalho de um aluno. Eu pergunto para alguns amigos dele e me disseram que ele estava na quadra. Eu queria entregar pessoalmente o trabalho do garoto, pois ele não era um bom aluno, mas depois de uns conselhos que dei. Ele começou a mudar pra melhor e eu queria elogia-lo.

- DENIS! – eu chamo o aluno, que era magro de cabelos castanhos. Quando ele me viu ficou preocupado – DENIS!

- O que eu fiz? – ele fala em inglês – Fui mal no trabalho? – pergunta preocupado.

- Não! Você foi muito bem! Parabéns! – eu entrego o trabalho.

- Tirei A+ - ele me abraça – Obrigado!

- Você mereceu! – eu dou um sorriso.

- Você é a melhor professora do mundo! – ele me abraça de novo e depois se afasta.

- Obrigado!

Ele anda até a direção dos amigos dele, mas antes olha para trás.

- PROFESSORA! CUIDADO! – ele vem correndo na minha direção.

Quando olho para trás uma bola bate na minha barriga, sinto o meu lanche subir. Eu olho a bola melhor, era uma bola de basquete. O Denis me ajuda a andar e eu sento na arquibancada da quadra. Eu fico sentada tentando recuperar o fôlego.

Uns monitores me ajudam, e me levam para a sala dos professores. Eu estava sentindo uma forte dor de cabeça. Pra minha sorte só teria mais uma aula pra dar. Alguns professores estavam na sala, ficaram perguntando o que tinha acontecido.

A campa bate e eu vou pra a próxima aula, que era na turma do nono ano. Os alunos do nono ano são bem eletrizantes, mas eu ia conseguir passa o conteúdo - Eu acho- No começo não conseguia dar aula, porém falei que estava com dor de cabeça, eles compreenderam e ficaram prestando atenção – o bom é que eles são bem compreensivos.

Diário de uma ProfessoraOnde histórias criam vida. Descubra agora