2. Ataque alérgico

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Acordo no meio da noite com muita cede, vou até a cozinha evitando fazer muito barulho, pois minha mãe acorda com qualquer barulhinho. Abri a geladeira e dou de cara com um prato cheio de bombons, me deu até forme quando vi aquela bomba calórica. Depois que bebi água, peguei o prato de doçuras e sentei-me à mesa, e fiquei saboreando as guloseimas uma por uma – tinha o sabor diferente dos bombons que o Thomas tinha preparado à tarde, mas com certeza não me causaria alergia – quem faria dois tipos de bombom?

Fiquei algumas horinhas na cozinha, atacando as comidas – Quem nunca fez isso quando acorda de madrugada?- quando percebo que alguém se aproxima.

- Kássia? Está acordada? – o Tom pergunta um pouco sonolento.

- Eu acordei com cede. E estava com forme também – respondo.

- eu sei como é! – ele dar um sorriso – Você se machucou?

- Hã?.. – eu fiquei sem entender a pergunta. Quando olho para o meu braço e vejo umas feridas. (eu estava tendo uma reação alérgica) – O que é que tem nesses bombons? – Eu mostro o ultimo bombom.

- Não acredito! Esses eram os bombons do Pablo. Foram feitos de chocolate em póele fala um pouco preocupado.

- Eu não estou me sentido bem! – eu pego na minha barriga.

- Fica calma. – O Thomas sai correndo sei lá pra onde.

- Kássia? – Minha mãe aparece com cara de sono – Aí meu Deus? O que isso filha? É alergia? – Minha mãe se aproxima rápido de mim.

- O que está acontecendo? – O Pablo pergunta.

- O que houve? – a Kássiane aparece logo atrás do irmão.

- Kássiane, pega os documentos da Kássia. Está no guarda-roupa dela dentro de uma bolsinha azul. Pega pra mim, por favor! – Minha mãe pede e a Kássiane obedece.

- Você consegue andar? – O Thomas reaparece e se aproxima de mim.

- Sim! – eu respondo. Consigo andar até a sala, mas sinto uma tontura e desequilibro. O Tom me pega no colo.

- Eu pego a chave do carro – o Pablo pega a chave.

- Aqui tia! – A Kássiane entrega a bolsinha azul para minha mãe.

- Eu ainda estou usando o meu pijama – eu falo enquanto o Tom me coloca no carro. (Que, aliás, era o meu carro).

- Não precisa – O Thomas fecha a porta, dá a volta no carro e senta no banco do motorista.

- Nos dá noticias Thomas! – minha mãe fala com um tom de preocupação. (Os meus primos e minha mãe ainda estavam de pijama, então eles iriam se arrumar primeiro).

- Ok – o Tom responde e arranca com o carro.

Eu não me lembro de que aconteceu no hospital, pois apaguei bem na hora em que um médico se aproxima. A única coisa que me lembro de que estava vestida com o meu pijama de zebrinhas e calçando uma pantufa com a cara de cachorrinho.

***

Acordei em uma sala. Observo o local e vejo minha mãe do meu lado, vejo também o Thomas, ele estava dormindo em um sofá a minha frente e os meus primos conversavam com um médico.

- Você finalmente acordou. Como está querida? – Minha mãe pega delicadamente no meu rosto.

- Acordou a dorminhoca, hein! – O Pablo dá um beijo na minha testa.

Diário de uma ProfessoraOnde histórias criam vida. Descubra agora