7. Um encontro inesperado

30 2 0
                                    


O salão de festa estava bem arrumado, tinha uma bandeira enorme da França em uma das paredes, e vários garçons andavam de um lado para o outro, há varias mesas e muitas pessoas, e os competidores.

Nós sentamos em uma mesa afastada de um palco, onde alguns músicos que faziam as suas apresentações. O Chefe de cozinha nos cumprimentou e em seguida um garçom se aproxima e serve a entrada. Quando vi o que era, quase vomitei – Escargot – um prato da França, um tipo de caracol.

- Temos que comer isso? – A minha mãe olha enojada para a comida.

- Estou com saudades de comer açaí! – O Pablo fala.

- Sr. Donati. – o chefe de cozinha olha para o Thomas – eu gostaria que o Senhor experimentasse o Escargot – o chefe fala com um sotaque francês.

- Eu? – O Thomas fala – É que infelizmente... Eu sou alérgico a caracol.

- Isso é uma pena – o chefe parecia triste – Mas espero que os outros façam um bom aproveito – o chefe se retira.

- Você não é alérgico, né? – Eu pergunto desconfiada.

- Não! – o Thomas dar um sorriso travesso.

- Eu não vou comer isso! – O Pablo cochicha – Isso aqui não vai entrar.

- Tudo bem, não precisam comer – O Thomas alivia a pressão.

Alguns minutos depois, dois garçons se aproximam. Um tira os pratos de entradas e o outro serve o prato principal, que dessa vez estava com a cara ótima.

- Isso aqui é Ratatouille? – eu pergunto

- Sim! – o Thomas responde – Vai me dizer que não come?

- Tá brincando comigo!? Eu não vou perder a chance de comer a mesma comida daquele filme do Rato cozinheiro, Ratatouille – eu dou um sorriso.

- Esse me parece ter a cara ótima – O Pablo fala mais animado.

Nós comemos o prato principal sem reclamar – estava muito bom. – Logo depois os garçons serviram as sobremesas, que foram mais deliciosas do que o prato principal. A sobremesa foi Petit gatteau, um bolinho que vem acompanhado com um sorvete. – Para minha sorte o bolinho tinha o recheio de cupuaçu e o sorvete era de palmito.

Quando terminamos de comer, ficamos conversando sobre a decoração e de vez em quando os músicos tocavam um musica bem conhecida.

- Com licença. Eu vou atrás de uma pessoa – o Thomas se retira (Que pessoa? – eu penso).

Depois de um bom tempo o Thomas aparece, ele fica na minha frente e a tal pessoa fica atrás de mim, mas eu fiquei prestando atenção no que Tom falava. Quando percebi que minha mãe e meus primos estavam pasmos, pareciam que estavam vendo um fantasma. Quando me viro, quase morro do coração – realmente parecia um fantasma da minha vida.

- Você? – eu olho para o Luan, ainda sem entender nada.

- Kássia! – O Luan dar um sorriso – Eu não acredito que é você?

- Vocês se conhecem? – o Thomas se intromete – Da onde?

- Xiii! – O Pablo fala baixinho, mas não o suficiente.

- Eu vou para o meu quarto – eu ando até o elevador.

- Espera – O Luan corre na minha direção e entra no elevador antes de fechar – Precisamos conversar!

- Eu não tenho nada para conversar com você – Eu falo de forma seca.

- O que foi? – ele pergunta – Você ainda não se esqueceu da gente? – Ele pergunta com esperança.

- Não é isso! – eu falo – Eu fiquei abalada com a sua aparição. E não existe mais a gente, agora é cada um por si – eu saio do elevador e ando as presas até o meu quarto.

- Mas Kássia... – O Luan tenta falar

- Nada de, mas - eu o interrompo – Eu preciso pensar – abro a porta do meu quarto e fecho na cara do Luan.

Eu precisava absorver aquelas informações. Para inicio de conversa o Luan é o meu ex- namorado. Ele morava no Brasil, no interior do Pará, estávamos juntos há dois anos, porém ele recebeu uma proposta de emprego em São Paulo, então teve que se mudar. Ele me chamou, mas eu não fui, pois não podia larga o meu emprego e muito menos deixar a minha mãe. Então nós terminamos – e agora ele me reaparece na Califórnia?!

Eu estava mergulhada nas minhas lembranças, quando alguém bate na porta, de primeira achei que fosse o Luan, mas logo esse pensamento foi afastado ao ver a cara do Thomas.

- Você? – Eu falo sem ânimo algum – Com certeza você já sabe quem é o Luan.

- Sim. E foi da pior maneira – o Tom fala – Você ainda gosta dele, né? – O Thomas parece ficar triste. E como sempre eu não entendo isso.

- E faz diferença para você? – eu falo de forma sarcástica.

- Faz! – Ele fala firme.

- E por quê? – eu pergunto sem entende (Eu sou muito lerda).

- Você não percebe né? – Ele fica um pouco vermelho.

- Perceber o quê? – eu fico sem entender nada.

- Esquece! – ele se vira para saí, mas eu o impeço – Não é nada. Só fiquei supresso em saber que o Luan é o seu ex- namorado.

- E como vocês se conhecem? – eu pergunto.

- o Luan é o gerente-financeiro do restaurante em que eu trabalho- o Tom se vira e sai.

- Como esse mundo é pequeno! – eu falo para mim mesma.

Eu me arrumo para dormir. Talvez amanhã a poeira já tenha abaixado, e meus pensamentos se organizados. E em poucos minutos acabo dormindo.

Diário de uma ProfessoraOnde histórias criam vida. Descubra agora