Epílogo

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Cinco anos depois.

Na aldeia onde viveu e morreu Yofiel, uma capela foi construída em volta do corpo petrificado do arcanjo, que fica sobre um altar.
Um homem vestindo calça social e terno cinza escuro por cima de uma camisa preta adentra a capela. De cabelos castanho claro que chegam à altura dos ombros. Ele se senta com as pernas cruzadas diante da imagem. 
Por um breve momoento, o Arcanjo Gabriel observa a imagem de seu irmão.

— Deve se sentir solitário aqui? — diz o Gabriel. — Por isso irei visitá-lo sempre que possível. Não deixarei que se sinta sozinho. Ora mas o que eu estou dizendo — ele responde com um sorriso você nunca esteve sozinho. Há muitas pessoas nessa aldeia e tenho certeza de que são ótimas companhias. Ah, e não precisa se preocupar com o céu. Miguel e Lúcifer fizeram uma trégua. E sinceramente eu espero que ela dure muito tempo. Só o Uriel que não gostou da ideia de não ter alguém para enfrentar — ele diz com um sorrindo ainda maior. —  Por isso está sempre querendo lutar com um de nós.

A feição do arcanjo muda. De sorriso para um olhar um pouco triste.

— Alexiel sente sua falta. Mas não se preocupe. — Ele volta a sorrir. — Ela é forte e determinada, e em breve também vira lhe visitar.

De repente outra pessoa entra na capela. Uma jovem de dezoito anos usando uma saia preta uma camisa branca. Ela para ao lado do homem e encara a imagem de Yofiel.

— Sente falta dele? — pergunta Gabriel.
— Sim. Afinal ele fez muito pelas pessoas dessa aldeia. Na verdade, tenho medo que algo ainda possa acontecer.
— Não se preocupe Sarah. Yofiel está aqui pra protegê-la, e eu também.
— Muito obrigada, senhor Gabriel.
— Bom, agora tenho que ir — diz Gabriel ao se levantar. Ele se despede de Sarah e de Yofiel e caminha até a saída da capela
— Vai voltar para nos visitar?
— É claro que sim — ele responde acenando com o braço. — Até outro dia, Sarah.




O despertador toca. Alex acorda e logo se levanta. Ele continua morando em sua antiga casa junto de seu pai. Depois de se levantar ele veste botas marrons de cano curto, uma calça cinza e uma camisa azul escura. Ele abotoa a camisa e depois dobra as mangas até os cotovelos.

De repente alguém bate na porta.

— Entre.
— Você já vai? — diz John ao entrar no quarto
— Sim.
— Tem certeza que não quer treinar para aprender a usar seus poderes? Afinal você é um nefilim.
— Não. Prefiro continuar assim, como um humano.
— Mas sabe que um dia ira precisar deles.
— Sim, mas por enquanto estou bem assim.

Alex se despede do pai e sai do quarto.
Na garagem ele entra no Dodge, coloca a chave na ignição e a gira. O motor ronca, o portão da garagem se abre e ele acelera.

Após dirigir por alguns quilômetros Alex chega a uma grande casa. Lá ele é recebido por Naomi. A jovem vestia uma jaqueta de couro preta, uma camisa branca e uma calça jeans cinza escura.
Em seguida Marcus surge e os cumprimenta. Ele chama os dois para um quarto.
Ao entrarem no local Alex e Naomi se deparam com várias roupas, brinquedos e alimentos dentro de caixas.

— Nossas vans chegaram — diz Tereza ao entrar no quarto.
— Recolham tudo — diz Marcus — Vamos embora.

Junto com outras pessoas, Alex e Naomi enchem as vans com diversas caixas.
Os carros partem. Alex os acompanha em seu Dodge Challenger com Naomi ao seu lado.
Após alguns minutos eles chegam à igreja localizada no centro da cidade. Ao se aproximar da construção, Alex consegue ver a Grande Árvore da Vida oscilar sobre a capela. Ele também percebe que diversas almas do Éden caminham próximas a igreja. Entre elas estão sua mãe, irmão e Raymond que sorriem para ele. Alex olha para eles e sorri. Um sorriso de alento.
Junto de Naomi, Marcus, Tereza e outras pessoas, Alex distribui roupas e comidas para os desabrigados que ficam nas escadarias da igreja. Quando já haviam terminado, Marcus pede para que todos entrem nas vans.
Alex caminha na direção de seu carro. Mas de repente seu celular toca.

— Alex — diz a voz do outro lado da linha. — Tenho uma missão para vocês. Um grupo de demônios está causando problemas na região sul da cidade. Você pode ajudar?
— Pode deixar comigo — ele responde e em seguida desliga o celular.

Ao chegar perto do carro ele abre o porta-malas.
Entendendo o motivo daquela ligação Naomi se aproxima e pergunta para onde eles vão.
Alex retira do interior do porta-malas suas Desert Eagles.
Ele confere o pente de uma das armas e a coloca atrás da cintura.
E engatilhando a outra ele responde.

— Nós vamos à caça.





Fim!

Cronnos Entre Anjos e DemôniosOnde histórias criam vida. Descubra agora