Capítulo 16 - Perigo Para Sociedade

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Após a tentativa de invasão do trio demoníaco, os membros da organização estão aliviados, mas ao mesmo tempo confusos com o que aconteceu. Que poder misteriosos era aquele que fez com que os três demônios recuassem? Essa era a pergunta que todos faziam, mas não tinham tempo para pensar nisso. Raymond entra na mansão, amparando o guarda que há pouco ele ajudara. Ele o leva para um dos quartos para que receba os devidos cuidados. Seus ferimentos não são graves, por isso não corre risco de vida.
Alex e Abraham vão até o quarto onde Raymond levou seu companheiro. Os três conversam por um tempo. Alex se preocupa que uma nova tentativa de ataque aconteça. Os três saem do quarto e voltam para o hall. Raymond percebe um clima de apreensão entre todos, incluindo o pequeno Maycon que se esconde assustado atrás do pai. John também estava preocupado com toda aquela situação, mas mantinha a calma, pois não queria preocupar o filho. Como pai ele se sentia na obrigação de ser o apoio de seus filhos, principalmente de seu filho caçula. Ele olha para Alex com olhar de reprovação. Entendendo o significado daquele olhar, Alex decide se retirar da mansão, não queria iniciar uma discussão com o pai, não naquele momento, não na frente do irmão. Ao chegar à porta ele sente que  alguém o puxa pelo casaco. Alex olha para traz e percebe que Maycon está com uma expressão triste. Ele diz ao irmão caçula para não se preocupar, mas que precisa de um tempo sozinho. Maycon insiste, quer ficar junto do irmão, mas é reprendido por John.
Alex vai até o carro. Ele sai da mansão e dirige sem rumo.
Dentro da mansão, John e Maycon se despedem de Raymond. Os membros da organização estão mais calmos, mas ainda em estado de alerta, prontos para uma nova casualidade. Raymond vai à biblioteca, e ao entrar fica surpreso ao encontrar Abraham sentado à mesa, com alguns livros abertos sobre ela.

— Você nunca se interessou por livros, porque isso agora?
— Porque não nos disse nada sobre o selo que Alex deve destruir? Se for para por um fim nessa guerra entre o céu e o inferno eu com certeza irei ajudá-lo — diz Abraham enquanto folhava os livros. — Eu só não entendo por que Alex é o único que pode libertar Lúcifer, e por que os anjos decidiram permitir isso, mas vou descobrir.
— Quer dizer que vai ajudar Alex a destruir o selo? Quando isso acontecer anjos e demônios irão travar uma batalha que ira abalar todo o mundo, e nós estaremos envolvidos nesse advento. E mesmo assim, você quer ajuda-lo?
— Não a com o que se preocupar. Os anjos com certeza vencerão.
— Você se quer esteve na presença de um anjo, mesmo assim acredita neles?
— Você e Alex acreditam isso é motivo suficiente para eu acreditar.

Raymond ficou em silêncio por um instante, pensando no terrível destino que aguarda Alex, e que infelizmente nem ele nem Abraham poderiam ajudá-lo.

— Você não encontrará nada nesses livros. Romper o selo é algo que Alex deve fazer sozinho. E somente ele pode fazê-lo.
— Então devemos ficar de braços cruzados? — pergunta Abraham irritado.
— Vamos esperar até que o selo seja rompido. Quando isso acontecer, estaremos prontos para a guerra.

Ao perceber o quão dedicado Abraham está, Raymond decide se retirar. Ele caminha por um corredor até chegar em um quarto. Raymond tira do bolso da calça uma chave, a coloca na fechadura e então a gira.
A porta se abre. Sentada em uma cama, Gina Zanetakos vê Raymond Bradley entrando no quarto.

— É um prazer conhecê-la, Senhora Zanetakos.
— Acha que pode me manter aqui? — ela diz se levantando e encarando o líder da organização. — A essa altura, meus homens já contataram a policia e eles logo vão me tirar daqui. Eu já disse uma vez e vou repetir. Vocês não podem evitar o que está por vir.
— Mas a sua guerra nós podemos — responde Raymond com um olhar sério. — E é isso que faremos.
— Como é ser um sonhador, que acredita que salvara o mundo? — ela pergunta de forma arrogante.
— Eu não vou salvar o mundo, mas vou eliminar o máximo de demônios possível. E pode ter certeza Gina Zanetakos, você estará aqui para presenciar isso.
— Você não entende, pode matar quantos demônios conseguir, mas no final, não poderá matar Mamom.
— É você quem não entende, pois está cometendo o mesmo erro de Mamom. Está nos subestimando.

Cronnos Entre Anjos e DemôniosOnde histórias criam vida. Descubra agora