Capítulo 12 - Pacto

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Acompanhado por Olivia e Abraham, Alex se prepara para mais uma missão. Mas antes de partir, Raymond pede para que eles esperem. O líder da organização caminha até uma estante de livros e aperta um botão ao lado da mesma. A estante se move revelando uma passagem secreta. Um corredor com diversas armas e munições, incluindo pistolas, espingardas, metralhadoras, facas e facões. Alex, pega alguns pentes para suas Desert Eagles, enquanto Olivia e Abraham se equipam com outras armas.

— Agora só falta uma coisa — diz Raymond. — Um disfarce.

Vestidos com roupas sociais os três descem as escadas e seguem para o estacionamento. Alex  usando camisa azul escura, calça e colete preto. Abraham com uma camisa branca, calça, terno e gravata de cor cinza escuro. E Olivia veste calça, camisa e terno branco.
Eles entram no Dodge Challenger de Alex. Olivia no banco do passageiro e Abraham atrás. O veículo deixa a mansão e segue para a região leste da cidade.
Após trinta minutos, eles chegam a um grande prédio, onde funciona uma conhecida e famosa indústria. Na fachada, era possível ver o nome. Indústrias Zanetakos.
Alex para o Dodge frente aos portões da empresa. Um dos seguranças se aproxima.

— Somos de uma empresa — diz Alex ao retirar um cartão do bolso da camisa. — Gostaríamos de ter uma reunião com a senhora Zanetakos.

O segurança pega o cartão e usando um rádio transmissor se comunica com outros no interior da empresa.
Após alguns minutos de espera o segurança abre os portões permitindo a entrada dos três. 

— A senhora Zanetakos está esperando.

Dentro da empresa, os três avistam uma escada, que leva ao escritório da presidente. Eles sobem a escadaria, entram no escritório e se deparam com uma mulher de longos cabelos loiros. Com pouco mais de quarenta anos, usando roupa social preta e sentada em uma poltrona atrás de uma mesa. Sua postura era arrogante e egocêntrica. Olivia, então a cumprimenta.

— Senhora Zanetakos, nós somos...
— Eu sei quem vocês são — interrompem a mulher — também sei o que viram fazer aqui.
— Muito bem — diz Abraham. — Vai nos acompanhar, ou teremos que levá-la a força?
— Coloque-se no seu lugar — responde Gina, sorrindo de forma arrogante. — Você por acaso sabe quem eu sou? Sou a pessoa mais poderosa desta cidade. Investi muito para que minha empresa fosse a maior. Sou responsável pela distribuição de armamento de defesa, para setenta por cento do país. Afinal, não é possível prever quando um inimigo vai atacar.
— Então é isso! — Olivia finalmente havia entendido os planos de Gina. — É com distribuição das armas que a sua empresa fabrica que você vai iniciar uma guerra para assim tomar o controle da cidade.
— Exatamente — responde Gina, mantendo a pose e o sorriso. — Mas não tomarei apenas o controle da cidade, e sim de toda a Inglaterra. E não a nada que vocês, ou sua organização possam fazer.
— Eu posso! — responde Alex, enquanto saca uma de suas armas.

Irritado com a postura e a atitude da empresaria, Alex aponta a arma para o rosto da mulher, que não se sente ameaçada. Ela se levanta e encara Alex. Gina diz para o caçador que matá-la não será suficiente para impedir uma guerra, pois os demônios têm planos maiores para a humanidade. Abraham questiona quais são esses planos, mas Gina diz que eles só descobrirão, quando os demônios obtiverem o Livro de Cronnos.

— Dane-se o livro. Danem-se os demônios — responde Alex com a pistola ainda apontada para empresaria. 

Mas Abraham pede para que ele mantenha a calma, e convence o amigo a baixar a arma.
Olivia questiona se toda aquela situação vale apena. Uma mulher, vender sua alma em busca de poder? Mesmo que seus objetivos se concretizem. No final só restara dor e sofrimento. Sua alma cairá no inferno, onde jamais encontrara a paz. Porém, Gina Zanetakos não se importa com seu futuro, ou com o destino de sua alma. Assim como todos aqueles que já fizeram pactos, ela se importa apenas que seus planos se concretizem.

— Meu destino foi traçado, quando fiz esse pacto. — Ela puxa a gola esquerda de seu paletó, revelando uma marca de cor vermelha acima do peito.

A marca de Mamon.
A prova de que Gina Zanetakos havia feito um pacto com o demônio Mamon.
Nesse momento Alex se espanta, e volta a apontar a Desert Eagle para o rosto da mulher. Ele olha fixamente para ela, enquanto seu braço treme. Olivia e Abraham tentam acalmá-lo, mas ele não ouve. Tudo que Alex quer, é puxar o gatilho.

— Ele me disse que essa seria sua reação. Disse que você não hesitaria em me matar ao descobrir que fiz um pacto com ele. Porém, mesmo que você o faça, mesmo que me mate, não mudara muita coisa. Poderá evitar uma guerra entre os humanos, poderá evitar que eu contróle a cidade, mas não poderá evitar a guerra entre o céu e o inferno. 

Alex expressa um ar de preocupação.

— O meu mestre lhe espera — continua a empresaria — ele está ávido para te encontrar. E quando isso acontecer entendera o erro que está cometendo, e então descobrira o verdadeiro significado da palavra dor. Percebe? Não há nada que você possa fazer. Você não pode me deter, você não pode deter Mamon.
— Sim, eu posso! 

Prestes a puxar o gatilho, Alex é surpreendido ao ver Gina ser atingida por algo e cair inconsciente. Abraham acabara de disparar uma arma de choque. 

— Chega de conversa, temos que sair daqui.

Olivia sai da sala e usando uma arma equipada com pequenos dardos tranquilizantes consegue derrubar seguranças e funcionários da empresa. 
Com o caminho livre os três colocam Gina no porta-malas do carro e partem para a mansão Bradley.


Cronnos Entre Anjos e DemôniosOnde histórias criam vida. Descubra agora