Capítulo 24 - Os Cavaleiros do Apocalipse

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Em meio ao vasto deserto, o Cavaleiro da Guerra cavalga sobre um cavalo de pelo vermelho com chamas saindo de seus olhos, nariz, boca e cascos. Seguindo em direção à aldeia deixando um rastro de chamas no solo. E a cada minuto, ele se aproxima cada vez mais de seu objetivo.
Na aldeia, Castiel questiona sobre o que ele e Yofiel farão para impedir o cavaleiro. O arcanjo responde que se for preciso, lutara. Mas proibi Castiel de participar da batalha. O anjo ainda não se recuperou de seus ferimentos, e mesmo que estivesse em boas condições, jamais poderia enfrentar um cavaleiro. Eles sentem o inimigo cada vez mais próximo, mas são surpreendidos pelo poder de um anjo que o desafia.
O cavalo vermelho para de galopar. Segurando as rédeas o cavaleiro encara uma mulher parada diante dele. Usando um vestido preto, rasgado em sua chocha direita que deixava parte da perna a mostra. Também havia rasgos em torno do pescoço e ombros. A mulher empunha uma espada cujo cabo é envolvido por uma faixa preta. De guarda prateada e lâmina fina e curva.

— Então eles enviaram você — diz o cavaleiro com um tom sério. — Acha mesmo que pode me enfrentar?
— É o que vamos descobrir — ela responde apertando o cabo da espada.
— Muito bem — diz Guerra ao descer de seu cavalo que em seguida desaparece, como se tivesse sido enviado para outra dimensão. — Vamos ver o quão grandiosa você é Sorath, capitã da sétima Legião.
— É incrível como sabem tanto sobre nós. E não sabemos quase nada sobre vocês.
— Vocês, anjos e demônios não precisam saber sobre nós. Mas não se preocupe. Muito em breve todos vocês cairão perante nosso poder. Assim que cumprirmos nosso objetivo.

O clima de tensão aumenta. Anjo e cavaleiro se encaram por um momento. Até que Sorath finalmente ataca.
Rápida e habilidosa, ela desfere um golpe na vertical. Mas o cavaleiro é mais rápido. Ele desembainha sua espada defendendo-se do ataque, e com um forte movimento, lança a mulher anjo a alguns metros para trás.

— O que a faz pensar que pode vencer estando sozinha?
— Ela não está sozinha.

Sorath e Guerra são surpreendidos pela chegada de outro anjo. Uma mulher de pele negra e cabelo raspado. Suas vestimentas são de cor vermelha e carrega em sua mão esquerda uma espada.

— Quer dizer então que a sua subordinada veio lhe ajudar — diz o cavaleiro com tom de deboche. — Vou me divertir massacrando as duas.






No Reino Celeste, na torre mais alta do Palácio Celestial, localizada no centro da construção está o Arcanjo Gabriel. Parado sobre a sacada da torre ele observa atentamente todo o lugar. Seu olhar é compenetrado e sua presença desperta admiração em outros anjos. Até mesmo de seus irmãos arcanjos. O vento começa a soprar, fazendo tremular a longa capa branca em suas costas presa por ombreiras douradas que completavam uma majestosa armadura de ouro. Trazia na cintura uma espada em uma bainha de ouro. Os cabelos curtos e castanhos escuros também tremulavam com o forte vento.
Um anjo chega ao alto da torre. De longos cabelos negros vestindo um sobretudo azul escuro. Ele para a poucos metros do arcanjo.

— O que deseja Amenadiel? — pergunta o Gabriel de costas para o anjo.

O anjo por sua vez se prostra em respeito a seu superior. Em seguida se pronuncia.

— Senhor Gabriel — ele diz com voz e expressão aflita. — Acabo de sentir as energias espirituais de minha capitã e de Neliel. Peço permissão para lutar ao lado delas.
— Não deixarei que faça isso — diz Gabriel ao se virar para o anjo. — E mesmo que eu permita. Mesmo que juntem suas forças, não poderão vencer.
— Então por que deixou que ela fosse até lá? — diz o anjo irritado. — Eu não sei por que estou discutindo algo tão obvio com você. Eram vocês arcanjos, que deveriam estar na Terra! Mas ficam aqui de braços cruzados, enquanto o capitão Castiel e agora minha capitã se arriscam no Mundo dos Homens. 

Cronnos Entre Anjos e DemôniosOnde histórias criam vida. Descubra agora