Surprise

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( PS: A imagem inicial é o Ryan )

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( PS: A imagem inicial é o Ryan )

O sol fraco da manhã estava no meu rosto a um tempo, eu estava acordada a alguns minutos, embaixo das cobertas, me revirando de um lado para o outro e muitas vezes me pegando de olhos abertos pensando. Eu praticamente morava sozinha, meus pais ficavam fora o dia inteiro já que eles tinham a própria empresa de telemarketing para cuidar, e meu irmão o COO da empresa viaja pelo mundo todo a procura de novos negócios.

Olhei no relógio ao lado da minha cama e eram 6:40 da manhã, me levantei da cama cansada de me revirar na tentativa de dormir mais um pouco e fui tomar um banho, liguei o chuveiro esperando a água esquentar, tirei meu pijama que era apenas uma camiseta acinzentada cumprida, e lá estava meu reflexo pobre no espelho do banheiro. Eu sou uma garota magra, alta, de 1,70 metro de altura, tenho cabelo liso um pouco encaracolado ruivo quase na altura do meu pescoço, pele branca como se fosse a de um fantasma e olhos negros estranhamente azulados.

Entrei no chuveiro, tomei um banho relaxante, meus músculos estavam doendo por conta da corrida ontem, eu era uma das corredoras que representavam a minha escola e levava bem a sério o meu papel, treinava quase todos os dias, principalmente finais de semana.

Assim que sai fui até o guarda-roupa e me vesti com uma blusa azul escura de manga comprida, uma calça jeans azul clara e meu tênis preto.

Meu quarto não era nem um pouco grande, havia uma cama de casal com um lindo lençol azul, uma escrivaninha no canto do quarto de frente para uma janela que dava para avistar a rua, um guarda-roupa não muito grande feito de madeira, e dois criados-mudos na lateral da minha cama, e logo embaixo da minha cama tinha um tapete azul escuro que cobria quase todo o quarto. Aquele com certeza era meu espaço favorito na casa.

Sai do meu quarto, atravessei o corredor e olhei nos dois quartos na esperança de alguém estar em casa mas como sempre eu estava sozinha.

Desci as escadas até a cozinha, minha casa é de madeira com dois andares e um porão abandonado cheio de tralhas. No andar de cima há três suítes com varanda, a minha era a única com vista para a rua, mas eu não tinha problemas com isso já que era um bairro tão calmo. No andar de baixo há uma cozinha ampla, uma sala de estar, de jantar e televisão, uma sala de estudos e um lavabo. Atrás ao lado de fora da casa, se encontra um jardim amplo com dois bancos de madeira e carvalhos espalhados para todos os lados, como era outono o jardim ficava coberto de um lindo tapete de folhas alaranjadas.

Assim que cheguei na cozinha abri a geladeira e procurei por uma maça verde. Olhei para o relógio que ficava em uma das bancadas da cozinha e vi que eram 07:20 da manhã, eu ainda teria tempo de sobra já que meu namorado Ryan costumava a me buscar as 10:00 horas para irmos pra escola juntos.

Subi as escadas até meu quarto comendo a maçã, fui até a varanda e me debrucei no gradil de madeira, fiquei ali por alguns minutos contemplando aquela paisagem tão simples. Do outro lado da rua havia alguns pinheiros e arbustos e de longe conseguia ouvir o som do vento balançando as folhas, aquilo me deixava arrepiada.Soltei um breve respiro e estiquei meu esqueleto iniciando um novo dia.

Entrei e comecei a arrumar meu material quando eu estava quase terminando ouvi baterem na porta com três toques suaves, formando uma quase sinfonia. Eu deixei minha mochila em cima da cama, desci as escadas e fui abrir a porta, assim que abri tomei um susto. Era Ryan com um sorriso de orelha à orelha.

Ryan tinha a pele bronzeada pelo pouco sol que fazia, porém ele era surfista então era quase inevitável que ele não tivesse esse tom de pele, olhos castanhos, magro porém definido, cabelo castanho claro que as vezes puxava um tom avermelhado um pouco encaracolado e sua estatura era quase igual a minha, tínhamos um ou dois palmos de diferença.

- Posso saber o que traz o senhor a esta hora da manhã a minha casa? Ele deu uma risada rápida e voltou a sorrir novamente.

- Olá Ivy, hoje eu tenho uma pequena surpresa pra minha namorada, sabe me dizer se ela está em casa? Eu sorri e dei uma risada mas com uma pontada de receio, não fazia ideia do que podia ser aquela "surpresa", além do mais hoje não era nenhuma data comemorativa.

- Ela está bem aqui na sua frente Ryan. Ele sorriu mais uma vez e me estendeu a mão para que eu fosse pra fora junto com ele, eu segurei sua mão, ele me puxou até a garagem de casa que dava de encontro com a rua e lá estava parado dois carros Porsche 718, completamente iguais se não fosse pela cor, sendo um prata e o outro um preto que reluzia com o sol daquela manhã.

- Ryan eu não acredito! Olha pra isso! Ele riu por alguns minutos eu tenho certeza que era por conta da minha expressão.

- Você, Blue Ivy não tem ideia de como é engraçado ver sua cara! Relaxa é só um carro.

- Só um carro? Isso deve custar a minha casa! Ele me entregou as chaves e me levou até o carro preto. O pai de Ryan, Sr. Franklin, era dono de uma das concessionárias da Porsche que tem na cidade, e claro dinheiro pra eles não era problema, mas foi até que engraçado por que no começo do nosso namoro no ano passado, a maioria das pessoas me julgavam ou chegaram até a fazer fofocas dizendo que eu namorava com ele por conta do dinheiro ou algo assim e eu nunca entendi e Ryan também nunca se deu o trabalho de me dizer com oque sua família trabalhava ou de me apresentar para os pais dele, mas após 6 meses de namoro, ele finalmente me contou e eu fui apresentada formalmente a eles e só aí tudo aquilo  fez sentido.

- Ryan você sabe que já faz um ano que eu não dirijo? O que deu em você? Mesmo eu tendo tirado a carta de motorista nunca fiz questão de dirigir e meus não me forçavam, mesmo eles preferindo me dar um carro, acabavam respeitando a minha decisão já que era algo importante pra mim.

- Eu achei que seria um presente adiantado de 2 anos de namoro bem legal, e meu pai quem deu a ideia, então por que não aproveitar? Ele sorriu por alguns segundos. – Venha, entre no carro! Ryan abriu a porta para que eu entrasse.

- Ryan você sabe que eu não tenho como comprar um presente assim pra você, e isso me deixa muito mal. Eu sempre odiei aquele tipo de situação, meus presentes nunca seriam no mesmo nível financeiro que os dele.

- Eu sei e eu não ligo, você melhor do que ninguém sabe disso! Agora entre no carro que hoje você vai pra escola dirigindo. Eu sorri pra ele e entrei no carro, o aroma de carro novo inundava todo o veículo, passei a mão no volante, a textura do couro era incrível, o banco era tão confortável quanto a minha cama.

- Obrigado Ryan de verdade, eu não sei como te agradecer!

- Só o seu sorriso é o suficiente. Ele fechou a porta do carro, e me deu um beijo doce, o carinho que ele tinha por mim era inexplicável – Bom, eu sei que está um pouco cedo, mas vamos pra escola, assim você pode ir na sua velocidade e curtir o carro um pouco. Eu assenti com a cabeça que sim, eu precisava pegar o jeito de dirigir novamente.

- Mas antes, eu tenho que pegar a minha mochila.

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