Remember

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( PS: A imagem inicial é a Briana e o John, pais da Blue Ivy )

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( PS: A imagem inicial é a Briana e o John, pais da Blue Ivy )

- Filha? Abri meus olhos subitamente ao sentir um toque continuo. A luz do quarto estava ligada e por alguns segundos minha visão se embasou. Olhei para os lados procurando por minha mãe, ela estava em pé ao lado da porta perto do meu pai, e bem no canto direito pendurado em suas vestimentas estava escrito seus respectivos nomes em seus crachás: Briana e John.

Minha mãe tem cabelos esbranquiçados com um tom de castanho falho encaracolado, olhos azuis quase acinzentados e uma pele branca com algumas sardas quase imperceptíveis, ela tem a mesma altura que a minha. Meu pai tem os olhos quase iguais aos meus, ele tem olhos pretos, cabelos brancos com alguns fios castanhos, uma pele com um leve tom de bronzeado e sua altura é um pouco mais acima da de minha mãe. Ambos os dois não eram muito velhos, estavam no auge de suas vidas, na beira dos 50 anos de idade.

- Mãe! Pai! Poder vê-los era como um sonho, infelizmente meus pais eram ocupados demais por conta do trabalho, restando apenas pouco tempo para que eu pudesse vê-los. Mas no fundo, eu não os odiava, ficar sozinha era quase um alívio para mim, e eu sabia que eles amam o que fazem, eu nunca conseguiria prende-los por conta de mim, isso seria muito egoísta, além do mais não faria nenhum de nós três feliz.

- Filha, você está bem? Ouvir a voz do meu pai, era como colocar um disco antigo para tocar em uma tardezinha de verão, a música poderia ser antiga mas eu nunca me cansaria de ouvir. Seus olhos se arregalaram e pude perceber, bem lá no canto a marca do cansaço.

- Estou sim. Tirei a coberta de cima da minha perna para que eles pudessem ver o curativo, nada parecia ter mudado. – Amanhã já vou poder tirar essa faixa.

- Sorte a nossa que você tem um corpo jovem filha. Em meio a tanta preocupação em sua expressão pude ver um sorriso de orgulho no rosto de minha mãe. – Nós nos sentimos mal por não poder ter trazido você de volta para casa. Me desculpa filha. Nós estávamos em um voo de Seattle de volta para cá, quando soubemos da notícia. Assim que Ashley nos avisou que buscaria você, foi um alívio imenso.

- Ash? No mesmo momento a expressão facial dos dois mudou e meu pai arqueou uma de suas sobrancelhas.

- Sim, ela me ligou, me dizendo para que eu não me preocupasse que ela traria você para casa. Droga Dylan! Eu havia me esquecido.

- Verdade, me desculpem... eu achei que ela não tinha avisado vocês. Balancei a cabeça tentando descontrair, mas meu pai continuou com o mesmo olhar.

- Seja como for, agora você está em casa e logo seu irmão também. Ela sorriu e me deu um beijo na testa, apagou a luz e os dois saíram do meu quarto deixando a porta aberta.

Me levantei da cama e me deparei com Dylan logo a minha frente em pé.

- Dylan?

- Procure se lembrar, procure se lembrar. Ele se chegou perto e passou sua mão em meu braço esquerdo deslizando até minha mão.

- O que eu tenho que me lembrar?

- Apenas procure se lembrar. E naquele mesmo instante fui inundada por uma onda que batia em meus joelhos na tentativa de me carregar para longe dele, mas eu conseguia ouvir as palavras que ele pronunciava em alto e bom som.

- Do acidente. Como se fosse uma ordem em meus pensamentos, avistei meu carro capotando, eu saindo das ferragens do carro sangrando, minha perna sendo atingida por um homem vestido com roupas pretas, e Dylan, eu conseguia avistar Dylan se aproximando de mim e me segurando em seus braços.

- E do dia em que te busquei no hospital. Em segundos eu estava no hospital de novo, presenciei todos os dias que estive lá, mas, o que me marcou foi o dia em que Dylan me buscou, nesse mesmo instante de longe, avistei ele sendo atingido por uma adaga, pelo mesmo homem que havia tentado me matar.

- Dylan o que está acontecendo? A onda se desfez, e nós voltamos para meu quarto. Eu não fazia ideia do que tudo aquilo era, mas de uma coisa eu tinha certeza, ele sempre esteve ao meu lado, mesmo que fosse de uma maneira estranha, com tudo isso acontecendo eu já não conseguia definir o que era realidade ou ilusão. Como eu poderia ter presenciado todos aqueles momentos e simplesmente ter esquecido? Isso não era possível cientificamente.

- Apenas tente se lembrar Kenzy, cada detalhe, cada sentimento, cada sensação, só isso poderá aproxima-la do entendimento. Dylan se aproximou mais uma vez e deixou um beijo na minha testa. Em questão de segundos tudo escureceu e eu fiquei ali sozinha no meu consciente vazio. A sensação era boa, estar sozinha novamente me fazia bem.

Acordei assustada e completamente suada, já era manhã, olhei para o meu relógio que marcava 9:00 horas, eu estava atrasada! Droga!

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