Elisa
Eu nunca fui uma garota muito sociável, antes, a Marina que me levava para festas, me fazia companhia no intervalo na escola, por mais que fosse alguns anos mais velha que eu, ela sempre dava um jeito de se sentar comigo no intervalo.
Ela me dizia que, quando eu estivesse triste era só eu pegar a Bíblia, um livro que ela gostava muito e que eu nunca fui muito a fim, e lê-lo. Confesso que, nunca a peguei de fato para ler, era um livro muito grande pra mim e eu odiava ler.
— Elisa, onde você vai? — mamãe perguntou quando me viu descer as escadas. — vai sair de novo?
Minha família era cristã, eu não, mas o restante era. Eu achava uma perda de tempo, qual é, viver pelas normas da igreja não era muito legal.
Um exemplo que podemos levar em consideração era que meus pais não bebiam, eu achava isso ótimo, sobrava mais bebida pra mim, mas eu sinceramente não sabia como eles se viravam quando as coisas ficavam apertadas, eu descontava na bebida, era incrível, eu me esquecia de tudo por um instante e pronto, eu já estava bem.
Já eles faziam uma espécie de oração, acho, e na cabeça deles, estava tudo bem, mas eu tinha minhas dúvidas quanto a isso.E bem, O Cara lá de cima já nem deve ter esperança em mim e eu prefiro nem ocupá-Lo com isso.
— Vou sair mãe, meus amigos estão me esperando. — eu disse sem encara-lá. Era meio difícil dizer isso pra minha mãe, ela era minha mãe, eu a amava mas às vezes só precisava me divertir e encontrar algo que tirasse a dor que me atormentava há 12 anos. — Não me esperem acordados. — dito isso sai pela porta sem olhar pra trás.
Não sou uma má pessoa. Já ajudei diversos moradores de rua com algumas bebidas que sobravam das festas que fazia em casa, não me julgue, eles amavam.
Eu só não gostava de dar satisfações da minha vida para todo mundo, afinal eu tenho dezenove anos, já sou maior de idade perante a lei, então já era independente.
Cheguei na festa da Marcela, uma amiga da faculdade, no horário marcado. A festa estava cheia e o som estava perfeito para dançar e foi o que eu fiz.
Quando me cansei de dançar e já não estava sóbria, me sentei no bar e pedi uma cerveja qualquer, o cara do bar que eu sinceramente nem me dei o luxo de olhar me estendeu a bebida e eu bebi tudo em um gole e logo voltei a dançar.
— Elisa, vai com calma. — Eduarda, uma amiga minha disse ao me ver que nem uma louca dançando na pista de dança. — Vem, já deu. — disse ela colocando as mãos nos meus ombros.
Eduarda me levou para fora e disse para eu esperar, mas eu não a ouvi, resmunguei um pouco e fui em direção ao meu carro cambaleando para trás.
ah não, eu estava muito bêbada.
Entrei no carro, liguei e acelerei.
Afinal o que podia acontecer não é mesmo?— "I really, really, really, really like you!!" — cantei ao som da música do rádio.
Depois disso não lembro de mais nada, só de uma caminhonete vindo em minha direção, eu estava na contra-mão e um barulho de carro sendo capotado.
Eu realmente espero que eu esteja bem.
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Oi querido leitor, como você está?
Capítulo curtinho só pra começar. Espero que tenham gostado do capítulo. Como eu nunca estive bêbada e nunca dirigi, não deu muito para dar detalhes tão detalhados, MAS dei meu máximo. hahahaha :)
Dêem a estrelinha e comentem para eu saber se vocês gostaram do capítulo.
Obrigada à todos meus amigos que vieram ler minha história, eu amo vocês.
Fiquem com Jesus, e até o próximo capítulo.
xoxo,
A.Arrochella.
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Elisa: Uma garota de fé
SpiritualEsse livro conta a história de Elisa, uma garota que perdeu sua irmã mais velha em um acidente de carro quando ambas tinham apenas 7 e 12 anos, Elisa nunca mais foi a mesma, procurou coisas que suprissem sua profunda tristeza. Bebida, festas e confu...