Capítulo 3

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PONCHO

Pegar a loirinha foi fácil, afinal, uma mulher bêbada e sonolenta não consegue se defender fácil. Sair da cidade e dirigir uns quilômetros a fora, não sabia nada sobre Ucker, então o jeito era esperar.

Estacionei o carro no acostamento é olhei para Anahí, ela era linda, dormia tranquilamente. Toquei em sua pele e senti a maciez. Levei um susto quando ela se mexeu, o que me fez afastar na hora. Anahí acordou e gritou quando me olhou.

- Quem é você? - ela se encolheu com medo. - O que eu estou fazendo aqui?

- Ah, quieta! - gritei - Meu nome é Alfonso, e só estou cumprindo meu trabalho.

- Alfonso ou Altonto? - Ela ironizou.

- Poncho pra você

- tanto faz, aqui eu não fico - Ela abriu a porta do carro e saiu correndo pela estrada, peguei minha faca no carro e fui atrás. Eu não ia matar ela, só assustar para ela ter a ideia do homem fechado que sou.

- Para de correr garota - Correndo atrás dela, Annie olhava toda hora para trás, com certeza tava com medo de eu alcançar ela.

Ela corria muito rápido, mas congelou quando o carro do Ucker freio em cima dela. Cheguei perto e a peguei.

- não cuida bem da sua garota, e da nisso - Ucker falou rindo.

- a merda idiota! Porra que demora, cagou antes de sequestrar a garota? - Falei berrando e percebi o olhar de medo da Annie.

- Calma mano, não deu para pegar na hora que ela saiu daquele bar não. Por...

- Ah okay okay. Cadê o papel do endereço? - perguntei cortando história que ia contar.

- você não sabe o caminho? - Ucker perguntou nervoso e estranhei.

- Ucker cadê a merda do papel? - ele me olhou com cara de cachorro sem dono dizendo que perdeu. - seu filho da égua! Porra Ucker tenha mais responsabilidade merda. - Suspirei - anda, se não me perde de vista - amarrei Annie e joguei no banco com força. Ela resmungo e não me importei, entrei no carro e acelerei, chegando a uns 130 km por hora.

UCKER

Eu sabia que o Poncho queria me irritar, mas também não estava nem aí, andando naquela velocidade, ele ia sofrer um acidente logo logo. Olhei pro lado e vi a Ruivinha atacada acordando.

- oi irmã do Chucky - Rio com minha piada e vi que ela me olhava sério. Affs. Não era para mim ter medo dela, e sim ela ter medo de mim. Tive que puxar o Freio de mão na hora que ela começou a me da socos e arranhos.

- me solta seu idiota! Imbecil! Fedido! Seu filho da puta! Porque me sequestrou caramba? - Ela falava berrando e me batendo sem parar.

- aii, para garota! Sossega oxi - segurei o braço dela e coloquei as algemas. - credo! Parece aqueles cangurus lutando - voltei a dirigir.

Umas três horas depois, cheguei na casa. Ela era na beirada da praia, tinha uma aparência de gente rica, mas, por dentro era uma bagunça.
Joguei a Dulce no porão junto com a Annie e fui falar com o Poncho.

PONCHO

- ... okay....sim pai.... sabemos o que fazer okay....tchau - desliguei o telefone e olhei Ucker. - pneu do carro furou? Se perdeu? Pq você não chegou junto comigo? porra!

- Calma mano, a ruiva me atacou igual louca, tive que colocar algemas nela.

-ah tinha que ser , você não sabe ser frio com as mulheres. elas controlam você. - bufei. - toma jeito Ucker, toma jeito. Se essa ruiva conseguir fugir, você estará fodido.

- Eu sei, vou tomar cuidado. Bom, vou ir a Dul, acho melhor não deixar as duas juntas.

-Tem razão,Vou ir pegar a Annie e levar pro quarto.

Fomos até o porão É agarrei a Annie numa tentativa dela de sair pela janelinha.

- olha gatinha, eu podia deixar você pular, mas, não seria bom pra você. Você ia entrar num bueiro cheio de cobras.

- ida í? Prefiro ser picada do que ficar com você - Ela cuspiu na minha cara e a agarrei com força contra a parede. Com certeza ficou assustada pela cara que ela fez.

- você nunca mais faça isso, me entendeu? - apertei seus braços com mais força e a carreguei para o quarto. - fica quietinha - tranquei o quarto e fui preparar o lanche dela.

A Annie as vezes me irritava, mas porque será que não conseguia machucar ela com vontade. Atrás dela ser uma simples garota sequestrada, estava começando a sentir um carinho especial, algo fraco, mas que eu nunca sentir antes.

Terminei de fazer um lanche caprichado para ela e subi, entrei no quarto e vi ela encolhida na cama.

- aqui seu café, se come tudo e sem birra. - Ela veio na minha direção e pegou a bandeja, olhei ela sentando na cama e comendo. Fiquei feliz por ela comer sem fazer careta. Eu era péssimo na cozinha.

- porque você sequestra as mulheres? - Depois de um tempo de silêncio a voz dela preencheu o quarto.

- meu trabalho ué, meu chefe é meu pai, tenho que obedecer, afinal é meu ganha pão.

- Ah, entendi! É daqui eu vou para onde? - Ela me olhou triste. Deduzi que ela queria estar com a família e suspirei.

- Para a Europa, irá trabalhar de... de... prostituta. - abaixei a cabeça e na mesma hora queria que ela fosse minha, Minh prostituta pasta sempre, ou melhor dizendo, minha namorada, minha noiva e minha esposa, mãe dos meus futuros filhos. Mas o olhar que ela fez de raiva e medo, me fez perceber que isso nunca iria acontecer.

- Não, não, você vai me tirar da minha casa, de perto da minha família e amigos para fazer esse trabalho no outro lado do terra. Porra! Eu não enfrentei anos de faculdade para trabalhar nesses negócios. - Ela largou o prato e começou a me bater. Segurei seus pulsos com um pouco de força. - vai me bater? Me prender? Anda, faz isso logo. Você arruinou minha vida mesmo. BATE LOGO PORRA. - Suspirei fundo e a beijei. Só assim para ela parar de falar e me chutar.

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