🔥O Sequestro🔥

Capítulo 2

UCKER

A pior notícia que já recebi da vida foi essa, ouvir sair da boca do meu pai que eu e o irritante do meu irmão ia passar praticamente uma semana com duas garotas. Para alguns homens, passar 24 horas por dia com uma mulher é um paraíso, porque querem sexo, sexo, sexo e mais sexo, mas, para nós dois, é sinal de pele marcada pelos tapas, surdez de tanto que elas gritam fino, puxão de cabelo e o pior.... as unhas.

Poncho e eu não queremos mais trabalhar com isso, não vale a pena, não tem futuro. Tanto é que nós sofremos com as mulheres porque não temos coragem de amarra-las e machuca-las.

- já volto - Marcos saiu da sala ao escutar um dos seus homens o chamar e olhei Poncho, como sempre ele estava com aquela cara fechada e uma respiração pesada. Não estava gostando nada da idéia de ficar aguentando xiliques durante uma semana. Uns minutos depois, Marcos entrou no local e sentou em sua cadeira de frente para nós dois. - são essas as garotas. - entregou a fotografia de uma garota ruiva para mim e uma loira para Alfonso.

- Qual o nome delas? - Meu irmão perguntou com os olhos fixados na foto da loira.

- E de onde elas são? - Guardei a foto no meu bolso e olhei Marcos que estava olhando para o celular sério. Imaginei que era mais problemas para onde ele iria.

- Calma os dois - Ele guardou o celular e olhou para nós. - cada um irá se preocupar com a sua. Nada de ter responsabilidade com a garota do outro. O que não conseguir fazer seu trabalho, será punido. - olhei Poncho com um olhar de cachorro fodido e Marcos segurou meu rosto. Com certeza ele sentiu que eu estava tremendo todo, afinal, ele me assustava. Isso não era novidade. - A loira se chama Anahi e a ruiva Dulce Maria. Elas estão naquele clube no centro da cidade.

- E para onde vamos levar elas? -

- O galpão sem chances, e a polícia vai aprofundar e invadir a nossa casa também, então, irão para a casa de praia. No final do corredor tem a entrada para o porão, vocês vão vê o piso solto. - olhou a hora e me entregou o endereço - já falei pro Poncho mais ou menos onde fica, mas fIca com esse mapinha aqui. Me liguem quando já estiverem lá e boa sorte - sem mais nenhuma palavra, ele se levantou e saiu. Um alívio para mim e para minha surpresa, um alívio para Poncho também que suspirou.

- vamos logo! Só quero termina isso é pedir demissão, que se foda o resto - Alfonso falou desanimado é saímos dali.

ANAHÍ

Depois de dançar, bebe e beijar muito, sentei num banquinho próximo ao bar e pedi uma água. Minha garganta queimava de tanto álcool que tinha ingerido. Paguei a água e olhei as horas no meu celular - Cadê a kenga da Dulce? - olho pros lados e logo vejo ela saindo do banheiro, parecia enjoada.

Já era umas três horas da manhã, o clube ainda tava cheio, mas não tanto como no início. Dulce veio na minha direção cambaleando e começei a rir igual uma hiena pelo estado dela.

- vamos embora Annie, não estou nada bem - Ela vomita na minha frente e acabo vomitando junto.

- Porra Dulce, ninguém mandou beber mais do que beijar. - saio do local carregando ela.

- preciso ir no banheiro de novo - ela ameaça vomitar.

- vomita no meu pé não sua rapariga, tem um bar ali, vai o que te espero - ela vai até lá e eu fico esperando na porta. Odiava ficar em lugares assim. Nunca confiei nesses homens bêbados da madrugada.

Enquanto Dulce não saia, me sentei no banco de uma praça em frente o bar. Meus olhos estavam piscando, só queria um banho e uma cama.

Os minutos passaram e Dulce ainda não voltava. Levantei do banco com a intenção de ir lá a procura dela, mas assim que dei o primeiro passo, senti uma toca trampando minha cabeça e um cara musculoso me carregar até um carro. Tirei a toca e quando ia gritar, senti um líquido entrando na minha boca com uns pozinhos. Em poucos segundos vi tudo ficar preto, e o que eu queria se realizou, dormi, só que de uma maneira diferente.

DULCE

Me arrependi de ter bebido muito, nunca me senti tão mal como tava me sentindo nessa madrugada. Agradeci o dono do bar e fui a procura da loira.

- Annie? - Olhei de um lado para o outro e nada. -  A bixa foi embora e me largou sozinha. Filha das unhas! - bufei com raiva e nem chamei o táxi, avistei o busão, dei sinal e fui para a casa.

Desci do ônibus e andei uns metros até o portão de casa, estava morrendo de sono, e com isso muito lerda. Abri Minh bolsa e peguei a chave, demorei para achar a certa e enfiei na fechadura. Senti um homem me agarrando por trás e mandando eu ficar quieta e me mostrou a faca. Larguei tudo o que eu tinha no chão acreditando que ele queria celular, cartão de crédito, essas coisas. Mas me enganei, ele me carregou até um carro preto. Tentei escapar enquanto ele entrava no veículo, senti uma dor quando ele me puxou com força e trancou a porta. Comecei a gritar apavorada, até senti uma agulha furando meu braço e uma vontade de dormi danada, a parti da í não vi mais nada.