Born To Die - parte 2

This is the last time

Isis preparou a sua mochila e pegou a que Marina havia preparado para Gio e saiu de casa animada com a oportunidade que passaria somente com a tia. Para a criança, fazia muito tempo que não acontecia, e ela pretendia aproveitar cada momento.

No carro, elas foram conversando e planejando à tarde, já que Laura ficou incumbida de manter as crianças longe de casal por um longo tempo.

-Ai bebê eu até iria pra praia se tivesse mais uma pessoa comigo. – A modelo falou. – Não sou ninja pra cuidar de vocês duas como as suas mães não.

-E shopping? A gente pode ir no cinema. – Isis mudou o roteiro novamente.

-Shopping até rola, cinema não dá, não deixam entrar bebês. – Laura fez uma careta pelo retrovisor.

Isis respirou fundo e olhou para a irmã.

-Quando é que você vai crescer hein? – A menina resmungou para a caçula que olhou para ela sorrindo.

-Tó maná tó – Gio estendeu o brinquedo que tinha na mão para a mais velha.

-Não quero. – Isis empurrou de volta para a bebê que pegou e mandou um beijo para ela. – Malinha. – A menina reclamou, mas sorriu e jogou beijo para a irmã também.

-Coisas mais lindas. – Laura se derreteu pela cena.

-Tia você vai ter filho com a Camila agora?

-Não sei meu amor, nós só estamos namorando, bem de comecinho agora. – A modelo respondeu com paciência.

-Você não quer mais ter filhos? – Isis insistiu.

-Quero, quero muito, mas antes eu preciso conhecer muito bem a pessoa, pra só depois pensar em ter um filho. – Laura explicou. – Tem que ter muito amor entre o casal, e uma estrutura bem sólida pra ter uma criança. Porque vocês, - A modelo sorriu para a menina –dão trabalho também, além de alegria.

-Acha que dou trabalho pras minhas mommys? – A pequena perguntou um pouco triste.

-Normal princesa, como toda criança. – Laura sorriu. – Escola, educação, lazer, saúde, isso tudo faz parte da criação de uma criança, e não é fácil, mas não quer dizer que é ruim, entende? É como a Tinker, ela não é um máximo? Você não ama ela?

-Muito. – Isis respondeu sorrindo.

-Então, mas ela dá trabalho também não dá? Não tem que limpar, levar pra banho, educar?

-Tem.

-Pois é, mas nem por isso você deixaria dela ou a amaria menos, certo? – A modelo insistiu e Isis concordou com a cabeça. – De certa forma, é assim com os filhos, dão trabalho, mas é um trabalho bom, alegre, cheio de amor. Tenho certeza que suas mães não se incomodam nem um pouco com isso.

-Eu queria acordar melhor, pra não deixar a mama chateada, mas não consigo, é mais forte que eu. – A pequena relatou sem jeito.

-Precisa não princesa, sua mama AMA esse jeitinho marrento seu de acordar. – Laura afirmou com um sorriso para a menina. Estacionou o carro e virou-se para o banco de trás. – Aliás, a sua mama te ama exatamente como você é, sem mudar nadinha, então tira isso da sua cabecinha, combinado?

-Tá. Agora nós vamos tomar sorvete? Por que a Gio pode comer isso. – Isis disse sapeca.

Laura gargalhou e desceu do carro. Ajudou Isis e depois pegou Gio no colo e colocou no carrinho. Na primeira parada que fizeram direto na sorveteria, a bebê chorou até ir para o colo da tia, e com a ajuda da mais velha, conseguiu sentir o gostinho do sorvete.