Let's go get high

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O menino levantou e encarou Luiza, assim como os outros meninos. Olhou para Isis e Caíque, que estavam lado a lado, atrás dos maiores. Ele bufou e limpou a camiseta.

-Vou contar tudo pra professora, vocês vão se ferrar. – O valentão anunciou antes de sair correndo.

-Vai lá machão. – Um dos amigos de Luiza gritou, caindo na gargalhada com os colegas.

-Tá bem? Se machucou? – Luiza perguntou para a prima.

-Não, só ralou aqui um pouquinho o joelho, mas nem doeu. – Isis disse e olhou para a prima. – Será que você não vai ter problema?

-Por quê? Não fiz nada, só perguntei do que ele te chamou. – Lu sorriu e piscou para a pequena.

-Tinha que ter batido nesse babaca, isso sim. – Caíque falou ainda bravo.

-Não ia adiantar nada. – Isis disse para o amigo.

-Vem, deixa esse idiota pra lá, vou ficar de olho em vocês até o final do intervalo. – Luiza segurou a mão da prima.

-Acho que você tinha que ir na enfermaria Isis, tá sangrando o joelho. – Bárbara falou preocupada com a amiga.

-Não, em casa a minha mommy passa remédio. – Isis insistiu e olhou para a prima implorando para não ir.

-Pelo menos vamos no banheiro passar uma água. – Luiza falou séria.

A mais velha orientou os pequenos, e cumpriu o prometido, ficando o intervalo inteiro ao lado da prima e das amiguinhas dela. O resto do tempo foi tranquilo e a volta para a sala de aula, teve a surpresa.

-Isis e Bárbara a diretora tá chamando vocês, vamos lá? – A professora anunciou e encaminhou as alunas. No corredor encontraram Caíque, Luiza e seus amigos.

Todos seguiram em silêncio até a sala da diretora.

-Então, o que aconteceu nesse intervalo? – A mulher perguntou em um tom sério para as crianças recém-chegadas.

-Esse pivete bateu, xingou e tava ameaçando quebrar a cara da minha prima quando nós – Luiza que tinha começado a falar, apontou para ela e os amigos – chegamos e ele saiu correndo.

-E que nomes foram usados? – A diretora olhou para Isis.

-Sapatinha, sapata fresca e babaca. –Isis respondeu.

-Você que me chamou de babaca.- O menino falou apontando para Isis.

-Claro, eu só falo a verdade, como as minhas mães me ensinaram. – A menina rebateu na hora.

-Silêncio Gabriel, você já contou a sua versão. – A diretora chamou a atenção do menino e voltou a olhar para os pequenos. – E o que mais?

-Chamou o Caíque de bichinha e falou que ia bater na gente. – Isis deu de ombros. – Tô sabendo agora que o nome dele é Gabriel.

-E quanto a vocês? – A mulher olhou para os mais velhos.

-Ele tava batendo em menina pequena, só queria ver se ia enfrentar alguém maior que ele, mas o machão fugiu igual nenemzinho, porque até as meninas enfrentaram ele. – Um dos amigos de Luiza falou, fazendo os outros rirem.

-Voltem para a sala de vocês e no final da aula, todo mundo espera que seus pais vão estar aqui para uma reunião sobre isso. – A ordem foi dada e não teve reclamação. Cada criança voltou para a sua turma, e só final da manhã que resolveriam todo o problema.

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Depois de deixar Isis na escola, Clara saiu em direção ao seu planejamento do dia. Havia dito para a fotógrafa que ia passar no mercado e demorar para voltar para casa, quando na verdade, já tinha combinado com Vanessa de encontrar com ela e ir atrás de Luciana.

Born To Die - parte 2Onde histórias criam vida. Descubra agora