64{Angel}

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Quando cheguei em Cancun, deixei as coisas no hotel e fui para a praia, estava na areia, sentada por cima de uma toalha.

Fiquei lá à tarde toda, estava indo embora quando acabei esbarrando em alguém.

- Desculpa. - falou nos afastando.

- Tudo bem... - falei e continuei andando.

Voltei para o hotel e fui direto para o quarto, tomei um banho demorado e me deitei, fiquei pensando nas meninas e no desfile que ia fazer assim que voltasse para casa. Ouvi meu celular tocando e atendi sem nem olhar.

- Alô?

- Oi, Angie.

- Oi, Molly. Como estão as coisas aí?

- Temos um Jack extremamente bêbado chorando porque precisa da mulher.

- Laura e Johnson brigaram?

- Não, o outro Jack.

- Seu irmão não sabe ficar sem beber?

- Ou ele tem você, ou ele começa a beber que nem idiota. G, me larga, saco. Ang, ele quer falar com você.

- Tudo bem, pode passar.

- Ok. - ela passou o celular e eu ouvi a voz dele. - Angie?

- Oi, G.

- Você não sabe o quanto eu amo falar com você.

- Cadê sua namorada?

- Terminamos.

- Tudo bem. Jack, sobe, vai para o seu quarto, toma banho e dorme.

- Não.

- Vai, Jack. Por favor.

- Não.

- JACK. - aumentei meu tom de voz e ele não respondeu.

- Tá bom. - murmurou. - Eu preciso de você.

- G, você errou feio, só estou falando com você porque sei que não vai parar de beber enquanto não dormir.

- Não vou parar de beber enquanto eu não tiver você.

- Jack. Vai logo, toma banho, deita e dorme.

- Tá bom. Tchau, Angie.

- Tchau, Jack. Se cuida, para de beber, ok?

- Vou tentar, que dia você volta?

- Dezessete de março.

- Tá. Eu te amo, Angie. Tchau.

- Tchau, Gilinsky.

Ele desligou e eu guardei o celular, sabia que ia ser difícil dormir, primeiro porque eu estava agitada, segundo porque meus pensamentos estavam a milhão.

Mandei uma mensagem para a Molly, pedindo para ela me avisar quando ele já estivesse melhor. Tudo bem que estamos péssimos, mas eu nunca deixei de me importar.

Só consegui dormir depois que Molly mandou mensagem falando que ele já dormiu. Me acomodei na cama e dormi logo em seguida.

Acordei com o meu celular tocando e atendi sem nem abrir os olhos por causa da claridade.

- Oi, sumida.

- Oi, Bryan. - era um amigo meu no segundo colegial. - Como você tá?

- Bem e você?

- Também, vim passar um tempo fora.

- Poderosa, você saiu em uma revista, viu isso?

- Não, acabei de acordar, tenho que ver isso com a minha chefe.

- Tem várias fotos de um desfile na revista e você estava.

- Ah, sim. Vou falar com minha chefe depois.

- Tudo bem. Como vão as coisas?

- Bem... Algumas coisas estão complicadas, mas daqui um tempo vai passar.

- Me ajuda com uma coisa?

- Pode falar.

- Lembra da Liv?

- Lembro sim, você era apaixonado por ela.

- Ainda sou e eu ainda não consegui me aproximar o suficiente.

- Ai, Bryan. Deixa de ser frouxo, vai. Liga para ela e fala o que sente.

- Não é simples assim...

- É sim, você tem 18 anos e fica com medinho de levar um fora? Anda logo, vai atrás dela.

- Tá bom. Tchau, Ang.

- Tchau, Bryan.

Distance//J.GOnde histórias criam vida. Descubra agora