13- notas mentais

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-Urfa! Urfa!
Foi só isso que eu pensei... pensei essa garota pode ser minha colega de sala. Pelo tamanho é mais nova que eu, eu sou seu sempai.

Ela é minha responsabilidade. A vida dela é preciosa, muito preciosa, hoje eu penso: Porquê eu queria morrer por que aquilo passou pela minha mente?

Agora eu sei o que os policiais que me salvaram pensaram como eles se sentiram, os banhistas que retiraram meu corpo quase sem vida do rio, o que minha vó e mãe pensaram. Como eu pude fazer aquilo? Esse sentimento de insatisfação, de pequenez, de inferioridade, de incapacidade.

Só um momento de distração e bum! Ela morreria debaixo dos nossos pés, com água entrando por suas vias aéreas retirando sua vida, seu desespero a procura de ar.

Meu ar... faltou agora eu estou imaginando e sentindo cada sensação.  E sem me controlar eu a abraço sem me importar de estarmos nessa ponte de nome esquisito, de estarmos os dois chorando no chão. Em desespero que só quem passou sabe qual é o gosto!

O gosto da morte!

- Porque você fez isso- falo entre os soluços e tremendo me sentindo fraco
- Você está me apertando- fala ela com uma voz tão suave mais tão dócil que se eu não a tivesse vendo falaria que ela é uma criança.
- Me prometa que NÃO vai fazer isso de novo.
- Me deixa em paz... e me larga- ela é bravinha se é assim vamos ver no que dará.

-  Me promete que não vai fazer de novo ou chamo a Polícia pra você.
-  E eles vão fazer o quê? Me prender? a por favor, me polpe.
- Se é assim vou chama-los agora é pedir para eles entrarem em contato com seus pais- a tupetuda que ainda está nos meus braços se contorceu ao ouvir minha declaração. Entendi o recado e fingir pegar um celular na muchila.

- NÃO!!! - voz de anjo e grito estridente acho que fiquei surdo da orelha esquerda.
- Aí meu ouvido- puchei a mão foi para tampa a orelha acho que tá saindo sangue esse ET estourou meu tímpano.

Ela se vira e agora me encara com dois olhos verdes cana, modestia parte são lindos. Se põe no meio das minhas pernas e se ajoelhado.

- Me desculpa ta legal? Não chama meu avô. Ele vai ficar louco, ele nem sabe que eu estou aqui, por favor não  fala nada ele vai ficar arrasado ... blá blá blá - ela continua a falar e eu só quardei imã coisa ela só tem o avô. E parece que ele realmente é importante porque ela já falou uma 500 palavra e "ele" repetiu umas 300×...

Mais meu tímpano ainda não se recuperou então não vou ouvir tudo... vou quarda minha audição para ela me prometer não fazer mais isso.

Quando percebo que ela ficou sem ar de tanto falar me vem na mente outra coisa. Porque ela me parece tão familiar não sei será o cabelo loiro claro que pela raiz da pra ver que é natural... lá sei um sutaque meio arastado em algumas palavras que mostra não ser do Brasil. Ou seja ela ser bem branquinha aquele branquinho tipo doença.

Não me vem na memória mais eu vou lembrar... eu sempre lembro.

- Me deixa ir ta legal... eu juro, juro de dedinho - cruza os dedinho e dá dois beijos- não vou proceguir com essa loucura.
- Você não me convenceu amiga. Quem é seu avô em? Nós vamos ter que falar com ele juntos e te fazer consultar um psicólogo - e a cara de horror da nanica era cômica a cada sentença que eu dava ela abria mais a boca, resolvi testar até onde ela continuaria.

- Além da psicóloga um psiquiatra também seria bom... lá sei um exame de cabeça  pra ver se está todos os fios funcionando, terapia em grupo para você aprender a compartilhar esse momento com pessoa que assim como você passaram por isso - ela já estava até chorando... kkkk hilário.

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⏰ Última atualização: Jan 18, 2018 ⏰

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