Dance performance

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Me vesti e prendi o meu cabelo para que eu me apresentasse à turma. Eu estava linda. Meu pescoço e minha clavícula estão nus a mostra, onde eu havia passado glitter pela região.
Por incrível coincidência que pareça, minha dupla é a Poppy.
- E aí, o que vamos apresentar? É melhor ensaiarmos um pouco antes, temos tempo. - olhei para ela de cima abaixo.
- Haha! Você ainda não entendeu né Hope. - ela dá algumas risadas. - Não tem coreografia. Você só vai dançar. Só não pode cair. - ela se virou indo em direção ao palco, se expor. - Vem, nós vamos dar início. - não entendi nada.

Vi a turma sentada na arquibancada, todos estavam prontos e ansiosos. Eu estava nervosa, não sabia o que fazer. Eu só imaginava que levantaria meus pés e daria algumas voltas, porque não sei fazer muito além. Isso vai ser horrível.
A música do Lago dos Cisnes começara, e então fiquei nas pontas dos pés como havia aprendido, e dei alguns passos para o lado. Deixei o vão segurar meus braços no ar, e os soltar levemente. Girei descendo os meus pés e os colocando para o alto novamente. Enquanto fazia isso por alguns minutos. O palco estava se desfazendo. Ele era parecido com gelo, e estava trincando. Não conseguia me concentrar direito em dançar olhando para o chão. E todos agiam normalmente como se aquilo estivesse destinado a acontecer. Poppy me olhou com uma cara malvada e irônica zombando de mim.
  De repente, estávamos em pé numa corda bamba. Meu equilíbrio quase se foi por um fio.
- Dance Hope! Você não pode parar. Se parar, você perde. Está fora. - a professora grita de longe com seus óculos de grau.
Nunca pensei que teria que ficar nas pontas dos pés em uma corda bamba. Tudo embaixo era preto. Olhei para a direita e vi Poppy fazendo o mesmo que eu. Bom, eu não estava me saindo tão mal... Pois até agora não caí. Reparei na música que não parava, mas parecia repetir o tempo todo sem uma pausa.
A corda se arrebentou, me fazendo dar um grito enorme e cair de bunda no chão com os olhos fechados. Com Poppy aconteceu o mesmo. Abri um olho para espiar, agora o palco estava com quadrados por todo o chão. Alguns fechados com pisos, como este em que estou sentada. E outros com larvas de fogo borbulhando.
- Dancem rápido, trocando de quadrado! - gritou de novo, a professora.
Como eu faria isso? Dando pulos saltitantes? No fundo estou achando isso engraçado, afinal, não faz o menor sentido!
  Separei minhas pernas no ar, fazendo com que um pé meu encoste no chão primeiro, e o outro vindo atrás, logo depois. Eu nem fazia ideia de qual estava sendo minha expressão ao dançar. Alguns pingos quentes voavam em minha direção, me causando ardência. Quando troquei de quadrado pela décima quinta vez, estava indo em direção ao mesmo caminho que Poppy. O cenário mudou mais uma vez. O chão estava esparramado de sangue. Por que sempre sangue?
- Quero algo dramático. Dancem deitando no chão. - essa professora é doida, agora tenho certeza disso. Ela está querendo chegar aonde?
Me deitei naquele enxame colocando minhas pernas retas para o ar, logo depois meus braços retos para que se encaixassem na mesma posição que os mesmos. Girei algumas vezes, e me levantei para ver que Poppy, também toda suja de sangue, estava fazendo uma apresentação aterrorizante com uma espada em sua mão, também suja. Ela passava a espada em todo o seu corpo, até que cortasse o seu braço fazendo sangrar dali. Ela veio em minha direção, e me deu um beijo na boca. Passou sua mão pelo meu corpo, descendo pelas minhas costas até a minha bunda. E então me deu um corte na barriga.
Coloquei minha mão de imediato no local sentindo muita dor. Caí na poça de sangue gemendo, e tentando alcançar as minhas costas. Percebi que ali havia uma espada presa, para que eu a usasse. Ela estava amarrada, puxei ela para cima tirando-a. Não tinha muitas forças para lutar. Então a enfiei no pé esquerdo de Poppy que estava próxima. Ela caiu em cima de mim, gritando de dor também. Deu alguns beijos e lambidas no meu pescoço, que me fez sentir tesão. O que ela está fazendo? Quando sentia aquilo, tudo desmoronou mais uma vez, com o novo corte que ela fizera na minha perna. Meu grito aumentou de escandaloso para pior. Eu a joguei com minhas forças que restara para o outro lado do palco, que seja longe de mim. Eu tinha deixado minha espada cair; com a minha mão na minha barriga pressionando o sangue, e mancando, agachei pegando-a com minha outra mão. Fui em sua direção, esparramada no chão, e apertei seu pescoço. Apertei com tanta força que a fiz revirar os olhos de dor, e enfiei a espada em seu coração.

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