006 | margo

1.2K 99 6
                                    

M A R G O W I L K

A festa rolava tranquilamente. Havia adolescentes bêbados ou chapados dançando, correndo, fazendo merda e se beijando por qualquer parte da minha casa. Sammy observava tudo de longe, sentado no balcão da nossa cozinha.

Minhas amigas dançavam na pista improvisada que eu mesma fiz. Meus amigos observavam as meninas dançando.

Em boa parte da festa eu fiquei junto com Travis, comendo as centenas de pizzas que compramos. Pizza é a melhor coisa que Deus já inventou. Se eu pudesse, comeria no café da manhã, almoço, lanche, janta e lanche da madrugada.

Eu devo ter comido umas duas caixas de pizza absolutamente sozinha. E tomado uma garrafa inteira de whisky.

Até que senti as pizzas subindo pela minha garganta e corri para o meu quarto no andar de cima. Travis me seguiu e me segurou para que eu não caísse de cara com a privada.

Jatos de vômitos começaram a sair de minha boca. E ao ver aquilo, me dava mais vontade ainda de vomitar.

— Nunca mais pizza e whiskey para você. — Pude ouvir Travis falando.

Minutos depois de parar de vomitar, decidi tomar um banho, enquanto Travis procurava um remédio para mim.

Sai do meu banho totalmente extasiada e tonta. Vesti um vestidinho florido solto e penteei meus cabelos. Sai do banheiro e lá estava ele, deitado em minha cama, mexendo em meu celular.

— Por que está com o meu celular?

— Estava respondendo o seu irmão. Ele estava preocupado procurando por você.

— Ah, sim. — Concordei com a cabeça, mordendo os lábios.

— O que você acha do Cameron?

— O Dallas? — questionei confusa por sua pergunta. O loiro assentiu. — Acho ele bonito. Engraçado. Inteligente e cuidadoso. Ele sabe como tratar uma mulher. Ele é o estilo de homem que toda mulher sonha. Menos eu.

— Por quê?

— Eu não sei... Acho que é porque eu não gosto muito dessas coisas de perfeição. De príncipes e princesas. Essas coisas sabe? Família perfeita... O Cameron é o tipo de homem que sonha em se formar na escola, ir para a faculdade dos sonhos, conhecer uma mulher maravilhosa para ele, namorar com ela, se formar na faculdade, arranjar um emprego medíocre, se casar, ter filhos, envelhecer e morrer. Acabou. Eu só não penso nisso para mim, entende?

Ele assentiu atenciosamente.

Logo um sorriso abriu em seus lábios perfeitamente carnudos.

— O que foi? — perguntei com um sorriso bobo. Ele não disse nada, apenas me puxou para a cama e veio para cima de mim, me beijando.

O que eu via em Travis, eu nunca vi em qualquer outro garoto. Eu não sei explicar, era um sentimento bom. Uma coisa que eu queria sentir agora, depois, amanhã e depois de amanhã.

Os seus beijos eram viciantes. Pareciam drogas. Me deixavam grogues.

Os beijos foram ficando quentes. O calor de seu corpo passava para o meu. Suas mãos passeavam pelo meu corpo. E eu sei exatamente o que ele quer. Mas eu não quero, ainda estou bem tonta pelos vômitos e enjoos.

— Travis, não!

— Relaxa, amor.

— Não tô afim, Travis! — pedi ficando impaciente — Para!

— Calma, gatinha. — disse ele, começando a dar chupões em meu pescoço.

Tentei me soltar e o empurrar para longe, porém ele apenas segurou meus braços com força.

— Eu mandei você parar, Travis!

— Ela mandou soltar!

𝐩𝐚𝐩𝐞𝐫 𝐭𝐨𝐰𝐧 · 𝐜𝐚𝐝Onde histórias criam vida. Descubra agora