054 | cameron

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C A M E R O N   D A L L A S

Após chegar na cidade onde espero que Margo esteja, o pessoal decidiu parar numa lanchonete para descansar e aproveitar e ir comer. Já eu, decidi procurar pistas sobre Margo pela rua.

Numa cidade pequena como essa, alguém com certeza deve ter visto ela. Ou quem sabe até conhecido, ou se não for criar expectativas demais, alguém saiba onde ela está.

Passo por um grupo de três mulheres e pergunto sobre ela, mostrando uma foto e explicando a história. Elas responderam que nunca a viram.

Respiro fundo e continuo andando.

Ao virar a esquina, encontro um casal de senhores e os paro.

— Oi, me desculpem por atrapalhar vocês, tudo bem? — pergunto e sorrio. Os dois assentem com a cabeça. — Eu e uns amigos estamos aqui, procurando uma amiga que sumiu, o nome dela é Margo Roth Wilkinson. Ela está quase completando dezoito anos, é loira de cabelo curtinho, até o ombro, tem mais ou menos um metro e sessenta e dois, e olhe, uma foto. — Explico e mostro a foto em meu celular. — Vocês a viram por aqui? Em algum lugar?

— Filho, nós nunca a vimos, mas acho que é ela ali! — a senhora diz, apontando para um ponto atrás de mim.

Viro minha cabeça com tudo para trás e ao olhar, ao ver que era ela, meu... O meu coração... Nunca o senti tão rápido como agora.

Agradeço o casal e saio correndo.

Minhas mãos tremiam e suavam. Eu sentia o suor pingando em minha testa e meia fios de cabelo grudando pela minha testa. Margo estava entrando num ônibus quando meus olhos encontraram ela. E quando eu estava chegando perto, ela subiu no ônibus e ele andou.

Ela estava tão perto.

Eu a vi.

Ela estava aqui tão pertinho de mim. E eu a deixei ir mais uma vez.

Chego no ponto de ônibus e pergunto para o moço ali:

— Aquele... ônibus... ele vai para onde?— pergunto com dificuldade.

— Ixi garoto, você não é daqui mesmo não é?

— Não, senhor. Sou de Los Angeles. Minha amiga... Ela fugiu e veio para cá, só estou tentando encontrar ela, entender o porquê que ela fez isso é tentar levar ela de volta para casa. E ela entrou dentro daquele ônibus. — explico

— Então, aquele ônibus, ele leva da cidade para Vila. Tem poucas casinhas lá e pouquíssimas pessoas moram lá. Só tem dois horários para ir lá. Esse agora, às nove da manhã e o das nove da noite. Mas se você estiver de carro, é só seguir linha reta, que uma hora você vai chegar numa estrada de asfalto, é só atravessa-la e vai te levar à uma estrada de terra, é onde provavelmente sua namorada está. — ele diz.

— Ela não é minha namorada.

— Então você gosta dela. Você não sairia de Los Angeles, para uma cidade pequena como essa, por uma simples amiga. — Ele sorri, passando a mão pelas minhas costas. — Mas sinto em lhe dizer, se ela veio para cá por conta própria, duvido que ela queira voltar.

— Como assim? — questiono confuso

— A maioria das pessoas que vem para cá, escolhem aqui por não ser como as cidades grandes, entende? Aqui todo mundo se conhece, é bom de se viver. Se ela saiu de uma cidade grande como Los Angeles, a cidade dos sonhos, e veio para cá, ela só quer sossego. — ele explica.

Eu assenti e o agradeci pela informação.

Me afastei dele e liguei para Sammy. Ele rapidamente entendeu e eu expliquei em poucas palavras o que eu havia descoberto.

Eu sei onde ela está.

E eu preciso ir até lá o mais rápido que eu conseguir.

———

Gente, meu celular tá com uma mancha preta na tela e tá meio, muito, foda pra conseguir mexer. E ele já tá meio velhinho e nem vale mais a pena mandar ele arrumar. Vai ser meio complicado pra escrever, já que meus sobrinhos passam praticamente o dia inteiro no computador. Mas irei fazer de tudo. Espero que sábado eu consiga comprar um novo, tudo depende do meu pai, infelizmente.
Espero que tenham gostado, boa noite

𝐩𝐚𝐩𝐞𝐫 𝐭𝐨𝐰𝐧 · 𝐜𝐚𝐝Onde histórias criam vida. Descubra agora