013 | margo

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M A R G O W I L K

Entrei rapidamente no vestiário masculino, procurando pelo meu ex-namorado e os covardes dos seus amigos de time.

Fui obrigada a ouvir assovios e escutar coisas ridículas de garotos que nem pelos no corpo tem ainda.

Encontrei Travis mexendo em seu armário e fui até ele, fechei com tudo a porta do armário e o prensei no mesmo, lhe dando um tapa na cara.

— Aí, Margo! — choramingou. Foi aí que eu vi, pela primeira vez, o estrago o que meu irmão havia feito no rosto dele. Seu nariz perfeitamente arrebitado inchado, roxo e se você reparar bem, um pouco torto. Seus dois olhos roxos. Sua testa cortada, assim como seu queixo e seu lábio inferior. — O aconteceu?

— O que aconteceu? — ironizei — O que aconteceu que eu era a porra de uma aposta, seu idiota!

Os caras ao nosso redor que assistiam a cena, começaram a gritar desesperadamente, achando isso tudo uma graça.

— Você é tão patético, Travis. — Sorri — Você tirou a minha virgindade por meros mil dólares. Só para poder tirar sarro de mim com os seus amigos idiotas. E você conseguiu. E aí apostou mais mil dólares, por me ter caidinha por você e você quebrar o meu coração. Só que eu vou te contar uma coisa, Travis. Eu não estou apaixonada por você. Eu não sinto absolutamente nada por esse imbecil que você é. Só sinto pena e nojo. Pena por você ser um rostinho bonito, e ter uma alma podre. Nojo por você ser um tremendo babaca narcisista.

— E-eu não sei do que você está falando, amor. — disse ele.

Sonso.

— Ah você não sabe? A senhora vai se fazer de desentendida agora? — ri sarcasticamente. — Você é patético, Travis.

Neguei com a cabeça, ainda com meu sorriso irônico nos lábios, enquanto eu não tirava um segundo meus olhos dos seus. Ele não conseguia nem ao menos me olhar. Ele não é maduro o suficiente para admitir que fez merda.

— Uma última coisa, Travis Edward Lancaster. — sussurrei o pé de sua orelha — A surra que o meu irmão te deu na festa, não será nem perto, a surra psicológica que eu vou te dar. Uma surra que vai mexer com todos os seus neurônios e você e nem ninguém, que fez essa coisa toda comigo, vai esquecer quem é Margo Roth Wilkinson.

Dito isso, eu sai do vestiário da mesma forma que eu entrei, forte, segura e com a cabeça levantada.

Ele afetou completamente o modo de como eu via a vida. Mexeu com o meu coração, porém ele não precisa saber de nada disso. Mas eu não consigo ser forte vinte e quatro horas por dia.

Lágrimas começaram a cair pelo meu rosto, e rapidamente Aaron e Johnson apareceram na minha frente, me envolvendo num abraço apertado e protetor.

Eles vão conhecer a verdadeira Margo, e vão se arrepender de ter feito essa brincadeira de mau gosto comigo.

𝐩𝐚𝐩𝐞𝐫 𝐭𝐨𝐰𝐧 · 𝐜𝐚𝐝Onde histórias criam vida. Descubra agora