Capítulo 3 - Disputa.

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Ana


- Então seja! – Digo encorajando-o. Mas o encorajando a quê?

- O quê? – Christian parece surpreso.

- Você... Você disse que... que gostaria de ser mais co-corajoso, apenas eu apenas.. – Belo momento para gaguejar Anastácia.

- Desculpem incomodar. – Felizmente a diretora Paula interrompe o meu momento constrangedor.

- Tudo bem diretora. – Me apresso em respondê-la.

- Gostaria que os melhores de suas turmas dessem uma palavrinha no palco, vocês poderiam fazer isso? – Diz apreensiva. – Seria bom para a escola sabe?! Existem algumas pessoas importantes que podem nos ajudar.

- Por mim tudo bem. – Respondo.

- Por mim também. – Christian responde em seguida.

- Ótimo. Muito obrigada. – Ela responde sorridente. – podemos?

- Ah... Claro! – Me solto dos braços de Christian e sigo a diretora sendo seguida por ele.

Paula sobe até o palco e anuncia que alguns dos alunos das turmas de 1998, 1999 e 2000 irão fazer um breve discurso a respeito da escola e de tudo o que vivenciaram nela.

- Agora com vocês o orador da turma de 1998, Christian Grey.

Christian é recebido por aplausos e assobios de Ethan. Ele sobe ao palco em toda sua elegância e logo inicia o seu discurso.

- Boa noite!

- Boa noite! – Todos do recinto respondem.

- Como a diretora Paula falou, eu me chamo Christian Grey e durante toda a minha vida escolar fui aluno da casa. Aqui eu cresci em conhecimento e como pessoa, adquiri habilidades, conquistei muitas vitórias, fiz grandes amigos e tive o meu primeiro e único amor. – um ounw feminino muito cronometrado é dito nesta hora. Christian limpa a garganta e continua. –Também aprendemos sobre amor aqui, como conquistá-lo, aproveitá-lo, superá-lo ou para o meu azar perdê-lo.

- Se quiser te ajudo a superar. – Umazinha qualquer grita da plateia.

- Eu também gostoso! – Elliot fala fazendo todos sorrir.

- Bom – Christian inicia novamente seu discurso. – o que eu estava querendo dizer é que aqui eu vivi intensamente, aprendi lições que levo comigo onde quer que esteja e superei desafios e situações com a ajuda de todas as ferramentas que a mim foram dadas. A Escola Trinity me ajudou a sonhar e voar mais alto, e se hoje conquistei o inimaginável atribuo a ela toda a culpa. Obrigado a todos e a todas que me ajudaram a ser o homem que sou.

Todos os presentes aplaudem Christian de pé.

- Muito obrigada pelas palavras Christian. – a diretora Paula fala uma vez que recebe das mãos de Christian o microfone. – Saiba que para nós que compomos a escola Trinity não foi novidade ver e saber onde conseguiu chegar hoje. – Christian aparenta estar surpreso com o que acaba de ouvir. - Todos nós acreditamos que você ainda pode mais, muito mais. – A diretora finaliza seu discurso e abraça com carinho Christian.

Após uma nova enxurrada de aplausos é a minha vez de subir ao palco para representar a minha turma, a de 1999. Mesmo tendo de lidar com muitas pessoas e falar em publico me sinto nervosa com toda essa atenção que estou tendo daqui de cima, mas quem está na chuva é pra se molhar. Vamos ao que interessa.

Depois do meu discurso bem mais simples do que o de Christian resolvo procurar Kate para irmos embora, pois teríamos compromisso na manhã seguinte no abrigo para idosos de Portland. Desde que fomos para a universidade nos tornamos frequentadoras assíduas desse lar após termos que realizar uma atividade extraclasse. O local é cercado de idosos cheios de lições e amor para dar, mas que foram abandonados por aqueles que um dia já fizeram tanto. Eu e Kate sabemos um pouco o que é sentir-se rejeitada então, imaginamos o que cada um ali presente sente pela dor do abandono, que, é claro não se compara em nada a dor da rejeição.

- Ana. – Escuto José me chamar e faço uma careta sem que ele perceba. A realidade é que eu e José namoramos por um curto período de tempo, ele sempre demonstrou gostar muito de mim e eu também gostava dele como amigo e nunca tive pretensão de namorá-lo, até que um dia vi Christian aos beijos com Helena, justo ela que tanto me humilhava. No mesmo dia José se declarou para mim e eu então resolvi dar uma chance para alguém que poderia me fazer feliz, porém o tiro saiu pela culatra e eu me sentia mal a cada declaração, a cada vez que ele me dizia que eu o fazia o cara mais feliz do mundo. O nosso termino não foi dos melhores já que pude comprovar que assim como me dizia ele gostava bastante de mim, felizmente ele entendeu que eu não me sentia preparada para assumir um compromisso sério e que gostaria de focar nos meus estudos para me tornar quem conseguir ser hoje. – Você foi ótima em seu discurso. – Ele diz todo sorriso e não tem como não sorrir para ele.

- Muito obrigada José. Se bem que acho que você está me enganando. – Ele coça a orelha e sorri mais ainda.

- Que nada, você foi maravilhosa. Você sempre é. – Ele se aproxima ainda mais de mim. – É incrível como você está ainda mais linda. – Ele põe um fio solto do meu cabelo atrás da minha orelha. – Onde você se escondeu todo esse tempo?

- Ana! – Ouço a voz grave que me faz perder todos os sentidos me chamar. Viro-me para olha-lo.

- Oi Christian. – Percebo o seu olhar frio para José.

- Kate está te procurando para ir embora. – Diz ainda olhando fixamente para José.

- É... – Me sinto mal com esse clima. – Amanhã temos compromisso cedo, realmente precisamos ir. – Falo mais pra mim do que pra eles já que não estão dando a mínima para mim. – Já estou indo José. – Me aproximo um pouco mais dele e o abraço. – Tchau! Se cuida. – Ele me aperta forte e por um momento acho que ele cheira meus cabelos.

- Foi ótimo te ver novamente. – Ele diz ao me soltar. – Não vou mais te perder de vista. – Sorri e alisa meu rosto. – Até mais Aninha. – Dou um sorriso sem graça e me viro para ir procurar Kate e só então percebo que Christian ainda está parado no mesmo local observando tudo impassivelmente.

- Onde ela está Christian? – Ele parece sair do transe e olha em meus olhos.

- Eu te levo até ela. – Segura em meu cotovelo e vai me conduzindo por meio de todos os presentes ali.

- Ana! – Kate se aproxima. – Obrigada Grey.

- Não precisa agradecer. – Christian lança um sorriso enigmático.

- Vamos? – Pergunto a Kate.

- Oh sim! – Ela olha de Christian para mim. – Conseguimos carona. – Fala toda sorridente e eu já posso até adivinhar do que se trata.

- Como? – Faço-me de desentendida.

- Vocês moram em Portland e nós em Seattle. – Christian começa a explicar me olhando diretamente nos olhos. – Resolvemos passar mais algum tempo com vocês e relembrar os velhos tempos.

- Você é Elliot juntos sem brigar? – Questiono Kate.

- Elliot é um grande idiota, mas todos os outros não. – Kate inicia seu discurso persuasivo. – São dois carros e eu posso muito bem ir naquele que ele não vá. – Fala como se fosse obvio. – E outra já dispensei a limusine. – Fecho os olhos para conter a raiva de Kate neste momento. Ela sabe que odeio quando faz isso, quando toma decisões sem me consultar.

- Nos permita fazer essa gentileza por vocês Ana... – Christian toca sua mão na minha delicadamente me provocando arrepios. – Faz tanto tempo que não nos vemos..

Céus o que eu faço agora?


E ai o que ela faz?

Olha só quem veio visitar vocês em plena madrugaaa.. Gostaria de agradecer a todos os comentários, votos e carinho de todas vocês. Que bom que estão gostando da estória espero que com o passar dos capítulos vocês venham ama-la ainda mais. 

Beijos no coração de todas :*

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