CAPITULO 14: PROMESSAS

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Achei que caminhar com a ajuda de muletas seria um pouco complicado, mas com as dicas de Daniel e um pouco de treino, até que estava me saindo bem.

Caminhávamos pelo cemitério, ainda era de manhã. Era o dia do aniversário do Bruno e Daniel. Alice carregava as flores pra mim. Assim que nos aproximamos do tumulo do Bruno, ela delicadamente deixou as flores sobre a lápide dele.

- Feliz Aniversário Bruno! – Suspirei. Eu me sentia em paz. Também não choraria. A paz que sentia em meu coração com relação a nossa história não me permitiria chorar de tristeza, portanto eu não o faria. – Obrigada, pelos momentos maravilhosos. – Suspirei – Fique bem. Feliz aniversário mais uma vez...

Alice e eu saímos em silencio.

- Vou levar esse! – Eu disse segurando o relógio – Pode gravar as iniciais dele pra mim por favor? – Perguntei a vendedora da joalheria.

- Claro. Só vai levar um instante. – Ela disse sorrindo.

- Acha que ele vai gostar? – Perguntei a Alice.

- Lógico amiga que ele vai gostar. Mesmo porque se você pintasse um elefante de amarelo e fizesse bolinhas azuis e desse a ele, ele amaria do mesmo jeito, simplesmente pelo fato de ser um presente "SEU". – Ela disse rindo e dando ênfase à última palavra.

- Ah que exagero! – Eu ri.

- Amiga você ainda não percebeu que "Exagero " é o sobrenome do meio do Daniel? – Ela riu.

- Ah fala sim não... – eu brinquei fazendo beicinho – Ele é maravilhoso. O que sinto por ele é tão intenso. Estamos tão felizes juntos. Jamais imaginei que pudesse sentir isso por alguém outra vez.

- Dá pra ver nos olhos dele o quanto ele gosta você.

- Eu sei. Ele demonstra isso a cada instante em que estamos juntos.

Depois que saímos da joalheria, fomos até o local do presente surpresa. Eu estava tão ansiosa e feliz.

Então meu celular tocou.

"Daniel"

- Oi gatinha.

- Oi Daniel, você está bem? – Perguntei

- Estou. Porem preocupado com você e sua perna.

- Hum... estou falando com Dr. Daniel ou só com o Daniel, meu namorado? – Eu ri

- Está falando com seu namorado, desesperado e preocupado. – Foi a vez de ele rir – Não quero que nada aconteça com você...eu...

- Eu to bem. Fica tranquilo, estou tão feliz vida, que nem me lembro do gesso acredita?

- Feliz?

- Sim feliz.

- Que bom, me deixa mais tranquilo. Você já está em casa?

- Não, ainda estou na rua com a Alice. Estou comprando seu presente.

- Hummm...Devo me preocupar?

- Não. – Eu sorri – É um presente simples. Não posso te comprar um presente caro. Lamento sua falta de sorte por eu ser desafortunada! – Ri debochando dele.

-Você.

- Eu?

- Você é o meu melhor presente, gatinha.

- E você o meu.

- Promete que se cuida?

-Prometo.

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