CAPITULO 23: PRESENTE

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Eu estava nos braços do Daniel, tive tanto medo de perde-lo. Podia sentir a pressão dos dedos dele apertando minha cintura, seus braços me envolvendo. Minhas pernas de repente bambearam, e uma leve tontura me atordoou, literalmente eu me derreti nos braços dele.

- Emi, o que houve? – Ele me perguntou

- Foi só uma tontura. Preciso me sentar. – Eu disse em busca de ar. Já sentindo as náuseas embrulhando meu estomago.

Ele me ajudou a sentar na cama que era do Bruno. Colocou dois dedos sobre meus pulsos, verificando meus batimentos cárdicos, depois abaixou-se diante de mim.

- O que está sentindo?

- Tontura, e um pouco de náuseas. – Eu disse respirando fundo.

- Há quanto tempo está sentindo isso? – Ele parecia preocupado.

- Há alguns dias.

- Você se alimentou corretamente hoje.

- Não.

- Nada?

- Nada. – Eu respondi.

Ele pensou por um momento.

- Muito bem. Consegue se levantar?

- Sim, já estou bem. Quero ir pra casa.

Ele riu.

- Não vamos pra casa.

- Não?

- Não – ele me disse com aquele sorriso torto lindo. – Vou te levar pra jantar e depois vou te levar pra um passeio inesquecível.

- Sério.

- Muito sério. – Disse acariciando meu rosto, com o polegar. Ele estava tão abatido. Parecia ter envelhecido vinte anos em um dia, mas ainda sim continuava lindo e sedutor. – Eu só preciso dar uns telefonemas. Quer me esperar aqui?

- Quero. Estou cansada.

- Certo. – Já volto. Ele então se levantou, tirou o celular do bolso e saiu do quarto.

Fiquei sentada ali, pensando nos últimos acontecimentos, graças a Deus Gabrielle havia sido desmascarada e nossas vidas voltariam ao normal sem maiores danos.

Olhei para a mesa de cabeceira e vi uma fotografia do Bruno comigo, estávamos abraçados e deitados nessa mesma cama. Me levantei, fui até o porta retrato e o peguei. Toquei o rosto dele e agradeci.

- Obrigada, eu não teria conseguido sem você. – Sorri – Sei que de alguma forma você me ajudou.

- Emi, querida? – Ouvi a Clara me chamando. Me virei e ela me abraçou. – Desculpe querida. Desculpe pelas coisas horríveis que a Gabrielle fez com você. Estou tão envergonhada. Ela já foi embora, coloquei-a em um taxi e a mandei para o aeroporto.

- Vocês não tiveram culpa.

- Emi? – Daniel nos interrompeu. – Se sente bem?

- Sim já estou melhor.

- O que houve? – Disse Clara me olhando assustada.

- Não foi nada. Só uma tontura e um enjoo. Mas já passou.

- Podemos ir quando você quiser. – Daniel me disse sério.

- Vamos.

Nos despedimos de Clara. E seguimos no carro do Daniel.

ARMADILHA DO DESTINOOnde histórias criam vida. Descubra agora