Eu estava nos braços do Daniel, tive tanto medo de perde-lo. Podia sentir a pressão dos dedos dele apertando minha cintura, seus braços me envolvendo. Minhas pernas de repente bambearam, e uma leve tontura me atordoou, literalmente eu me derreti nos braços dele.
- Emi, o que houve? – Ele me perguntou
- Foi só uma tontura. Preciso me sentar. – Eu disse em busca de ar. Já sentindo as náuseas embrulhando meu estomago.
Ele me ajudou a sentar na cama que era do Bruno. Colocou dois dedos sobre meus pulsos, verificando meus batimentos cárdicos, depois abaixou-se diante de mim.
- O que está sentindo?
- Tontura, e um pouco de náuseas. – Eu disse respirando fundo.
- Há quanto tempo está sentindo isso? – Ele parecia preocupado.
- Há alguns dias.
- Você se alimentou corretamente hoje.
- Não.
- Nada?
- Nada. – Eu respondi.
Ele pensou por um momento.
- Muito bem. Consegue se levantar?
- Sim, já estou bem. Quero ir pra casa.
Ele riu.
- Não vamos pra casa.
- Não?
- Não – ele me disse com aquele sorriso torto lindo. – Vou te levar pra jantar e depois vou te levar pra um passeio inesquecível.
- Sério.
- Muito sério. – Disse acariciando meu rosto, com o polegar. Ele estava tão abatido. Parecia ter envelhecido vinte anos em um dia, mas ainda sim continuava lindo e sedutor. – Eu só preciso dar uns telefonemas. Quer me esperar aqui?
- Quero. Estou cansada.
- Certo. – Já volto. Ele então se levantou, tirou o celular do bolso e saiu do quarto.
Fiquei sentada ali, pensando nos últimos acontecimentos, graças a Deus Gabrielle havia sido desmascarada e nossas vidas voltariam ao normal sem maiores danos.
Olhei para a mesa de cabeceira e vi uma fotografia do Bruno comigo, estávamos abraçados e deitados nessa mesma cama. Me levantei, fui até o porta retrato e o peguei. Toquei o rosto dele e agradeci.
- Obrigada, eu não teria conseguido sem você. – Sorri – Sei que de alguma forma você me ajudou.
- Emi, querida? – Ouvi a Clara me chamando. Me virei e ela me abraçou. – Desculpe querida. Desculpe pelas coisas horríveis que a Gabrielle fez com você. Estou tão envergonhada. Ela já foi embora, coloquei-a em um taxi e a mandei para o aeroporto.
- Vocês não tiveram culpa.
- Emi? – Daniel nos interrompeu. – Se sente bem?
- Sim já estou melhor.
- O que houve? – Disse Clara me olhando assustada.
- Não foi nada. Só uma tontura e um enjoo. Mas já passou.
- Podemos ir quando você quiser. – Daniel me disse sério.
- Vamos.
Nos despedimos de Clara. E seguimos no carro do Daniel.

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ARMADILHA DO DESTINO
RomancePara Emi, A cidade de São Paulo era o palco em que Vivia uma linda história de amor com Bruno, Porém uma viagem ao litoral muda do tudo. Às vésperas do casamento Bruno sofre um terrível acidente de carro e morre. E o dia do casamento se transforma...