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Pela primeira vez desde que conseguia lembrar, não convidei a Claire e a Laney para me ajudar com as roupas para o encontro com Brandon.

Se é que seria mesmo um encontro.

A irmã dele praticamente o obrigou a me convidar para assistir à peça.

Era bem provável que ela ainda estivesse tentando manter Eve longe dele.

Pensei até que Hailey poderia ir conosco, mas, quando ele apareceu na sexta à noite sem ela e beijou minha mão na porta, comecei a pensar que talvez fosse um encontro de verdade.

— Linda como sempre, Florence.

— Obrigada. Você também.

— Você acha que eu sou lindo?

— Escolhi você a dedo em um estacionamento para fingir que era meu namorado.Você acha que eu teria escolhido qualquer um?

— Bom, a mensagem é meio confusa. Escolher a dedo significa que havia
mais opções. E só tinha eu no estacionamento. Então, sim, acho que você teria escolhido qualquer um.

— Nesse caso, eu tive sorte por você ser lindo.

— É, teve.

Bati no seu braço, e ele riu.

Não houve nenhum outro contato físico no caminho para o teatro, e,
quando eu me convenci de que ele havia me convidado como amiga,
entramos no teatro com iluminação suave e ele segurou minha mão.

Meu coração deu um pulo de felicidade. Ele apontou para algumas cadeiras na área central da plateia, e nós seguimos para lá.

Estávamos descendo pelo corredor quando alguém o chamou pelo
nome.

Nós dois nos viramos e vimos Zion, o amigo que ele encontrou na festa, acenando.

— Tem mais um lugar vazio aí? — ele perguntou.

Brandon assentiu, e Zion juntou-se a nós, na cadeira do outro lado de Brandon.

— Oi. É Florence, certo?

— Isso. Oi.

— Viu a Eve? — Zion perguntou a Brandon.

Ele inclinou a cabeça.

— Sim, algumas fileiras para trás.

Eve estava no teatro? Hailey provavelmente sabia que ela viria.

Outra armação?

Não. Eu não podia pensar desse jeito. Só porque não tinha certeza das
motivações de Hailey, não significava que não podia confiar nas de Brandon.

Ele queria minha companhia. Esta noite nós não estávamos representando. A presença de Eve no
teatro era só coincidência. Mas... ele havia fingido para me proteger quando encontramos Jules na sorveteria.

Era isso que estava acontecendo agora?

Por isso ele segurou minha mão?
Mesmo pensando nessa possibilidade, dessa vez eu não estava disposta
a soltar a mão dele. E a afaguei. Ele olhou para mim e retribuiu.

Zion olhou para trás.

— Cadê o Ryan?

— Você sabe o que ele pensa dessas coisas.

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