❤capítulo 1❤

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" Já coloquei a música que me fazia mal e fechei os olhos, lembrando de tudo que estava me corroendo. para chorar, na esperança de que tudo aquilo iria passar "

Nathany narrando

Lá vamos nós...mas um dia...acordei cedo de mais pelo o que eu vi, são ainda 6 da manhã. Me levantei e coloquei minha calça jeans preta e meu moletom da mesma cor com um tênis de cor vermelha, peguei meu celular e conferi as horas...

-que merda eim Nathany?! Acordar as seis da manhã? - amarrei meu sapatos e fui em direção ao refeitório

Você deve estar se perguntando refeitório? É que aqui na academia ou escola, é um tipo de internato...não vou dizer que sou descendente de um grande vampiro da realeza ou de um lobo que fez história. Não, não sou...mas me trouxeram pra cá porque disseram que eu corria perigo e que eu não poderia mais ficar no mesmo mundo que os humanos...foi assim que vim parar aqui, mas é melhor que aguentar minha mãe bêbada ou meu pai me batendo. Eles sempre fizeram isso, eu era obrigada a dormir no escuro do porão por conta de tudo enquanto os gemidos deles eram ouvidos pela casa enquanto tentava abafar o choro. Me machucava as algemas que me colocavam, boa parte de marcas e cicatrizes são por isso. Mas vamos ao que realmente importa...

Mas uma vez entrando nas portas do grande refeitório frio de manhã, o cheiro do pão feito agora é evidente, olhei em volta e não encontrei ninguém, como sempre...Fui até aonde ficavam as guloseimas logo de manhã e peguei somente uma garrafa de água com gás e me sentei no fundo, em uma das últimas mesas...

Peguei meu fone e coloquei em qualquer música aleatória mas me arrependi logo em seguida, lembrei de minha mãe...muito antes dela se meter com as bebidas ela gostava de mim, me amava...e essa música que está tocando é a que ela cantava para que eu pudesse dormir...

-merda...não, não, não... - disse pegando a lâmina do meu bolso uma parte de mim queria me cortar e a outra gritava não... - desculpe... - falei assim que a lâmina fria tocou minha pele que antes se cobria pelo tecido veludo da blusa, agora eu sentia um frio em minhas veias vendo o sangue escorrer vagarosamente entre meus pulsos e manchando a mesa aonde eu me encontrava com lágrimas novamente...

-olha se não é a nerd depressiva! - falou uma menina em que não me preocupei em reconhecer

-é ela mesma... - disse a outra

-está preparada para mais um ano? - falou de novo a voz que me rodeava - espero que se comporte! - foi a última coisa que ela falou depois saiu

Eu sem querer esperar outro insulto ou até mesmo agressão de sua parte sai correndo e conforme as lágrimas caiam eu ia mais longe, cheguei no jardim da grande escola e me sentei tentando cesar as pequenas gotas que saiam de meus olhos...levou alguns minutos e meu choro abafado agora com parte em soluços não acabava, decidi cantar...era isso que eu fazia para me acalmar quando meus pais me batiam.

-por...por que? Por que você é assim? Pequena menina chorona, com o coração duro mas sentimentos na carona...por que ser assim? Tão fraca por conta de histórias se você sabe que o que restou foram apenas memórias?! Ninguém nunca realmente ama...sempre tem um cubo de gelo por trás de chamas...você sabe que não pode confiar...não, não pode! Apenas quero que seja mentira, e quando acordar quero até ter uma briga, pra lembrar que durante o sono...O que domina são os sonhos... - a última frase foi pra fora junto com um longo suspiro e mais dois cortes infernais no meu pulso...

-quem está aí? - ao escutar uma voz desconhecida, joguei a pequena lâmina longe e cobri meus pulsos novamente com o moletom de camada grossa

-não é ninguém que precise se importar... - disse baixinho encolhida olhando para o chão

-quem é você? - falou o homem de pele clara e com cabelos castanhos quase cor de mel

-ninguém...eu já falei... - disse ainda sem ter contato visual

-por que estava se cortando? - perguntou e provavelmente seria um vampiro por saber que eu estava me cortando

-não importa... - sussurrei

-eu sou importante posso te ajudar... - ele se agachou e eu senti uma raiva imensa por ele não me deixar sozinha, fechei meus olhos e sem querer imaginei ele sendo jogado contra a parede

-o que você acha? Que ser importante muda alguma coisa? - falei de cabeça baixa mais ainda com os olhos enfurecidos, quando olhei para a frente vi o professor jimin, preso contra a parede e sendo sufocado pouco a pouco, meus olhos mudaram de expressão e passou a se tornar confusa

-como você?!

-me...me...me desculpa....eu...eu... - sem conseguir falar mais nada sai correndo mais uma vez e só fui parar no pátio aonde todos estavam reunidos, me posicionei no fundo, aonde não conseguissem me enxergar e passei minha atenção para a diretora que falava sobre algo no meio no grande pátio

Diretora: Alunos...mais um ano se inicia e eu quero que todos façam dessa escola valer a pena como todos os anos, como sempre foi...nesse ano o professor Park Jimin irá dar aulas para as salas 4,6 e 8! Os outros professores vocês vão conseguir ver no papel que será entregue a voces...

O mesmo professor, como ele veio parar aqui tão rápido? É mesmo...as vezes me esqueço que ele é um vampiro

Diretora: tratem os professores com educação, Park jimin será professor da morte!

Professor da morte é basicamente o professor que ensina você a matar tanto pessoas como animais, também ensina a controlar a morte, para vampiros isso é bem fácil.

Diretora: alunos formem uma fila que o professor Park vai distribuir os papéis com os números das salas, nomes de professores e etc... - e assim se fez, uma fila enorme tomou conta do espaço que ainda restava, eu não queria de jeito nenhum ver aquele professor, como eu iria olhar para ele depois daquilo?!

-aqui, aqui... - park jimin falava enquanto distribuía os pequenos folhetos, minha vez estava a chegar e como eu era a última não havia escapatória, faltavam apenas 7 pessoas quando

-olha a nerd! - disse Daniel zombando de mim

-por favor...de novo não... - resmunguei

-e aí?! Como foram as férias? A...desculpa esqueci que você não tem família, sua besta! (Besta: usado para se referir a pessoas sem descendência paranormal *na minha fic* )

-besta! - repetiu seu amigo

-por favor...parem... - falei engolindo o choro

-ei! Parem! - uma voz que reconheci de manhã falou fazendo os meninos pararem

-o que o professorzinho vai fazer? - disse um deles tirando sarro

-eu posso fazer você ser expulso daqui ou então te matar...aliás eu sou professor da morte não se lembra ?! - assim que ele disse isso os meninos se mandaram

-depois a gente conversa! - falou um deles se afastando

-você está bem?! - perguntou e e eu apenas soube concordar com a cabeça pegando o pequeno papel de suas mãos e logo saindo, senti seu olhar me acompanhar até chegar no corredor aonde ficava meu quarto...

Ela suicida, e eu um assassinoOnde histórias criam vida. Descubra agora