Prólogo - Segunda temporada
Bom, pra começar, eu não sou a autora dessa fic, ao contrário, eu sou uma leitora, e acompanhei a primeira temporada pelo wattpad ( que tambem não foi publicada pelo autor ), mas a segunda temporada foi postada apenas no social spirit e a pessoa que postava aqui parou, então pedi a autorização do autor, pra poder publicar aqui, e fazer a felicidade de quem acompanhava a primeira, ele me autorizou, então vou postar diariamente aqui. :)
O link no social spirit é esse : http://socialspirit.com.br/fanfics/historia/fanfiction-one-direction-fifty-shades-of-green-871886
E quem escreve é o edusmhpt.
Pov. Harry
Depois que vi o carro em que Louis estava sumir pelo portão, permaneci na janela do meu escritório observando a cena. Sentindo como se ele tivesse levado consigo um pedaço de mim. Eu queria poder gritar e chama-lo de volta, mas não faria isso. Eu sabia que ele iria embora, mas não esperava que fosse tão cedo. Ele era o único que eu sabia que não deveria perder e o único que perdi.
Eu não poderia sobreviver sem ele, eu precisava daqueles olhos azuis para me guiar, daquela voz para me dizer que esta tudo bem, tudo nele me fazia querê-lo por perto.
Mas não poderia ser egoísta a esse ponto, não poderia arruinar a vida dele como já fiz com outras pessoas. Eu não poderia dar a ele o que ele queria e merecia, assim como não conseguia aceitar o fato de tê-lo longe.
Ele não seria feliz próximo a uma pessoa como eu, na verdade ninguém seria, não havia um ser humano que merecesse conviver com alguém como eu, não tinha nada a oferecer, nunca tive. Ter dinheiro, casas, bens nunca me fez feliz, nem sequer preencheu o espaço deixado pelas coisas que perde ao longo da vida. Já Louis foi tudo aquilo que eu poderia querer, tudo aquilo que me fez ter esperança que talvez, lá no fundo eu ainda tivesse salvação.
Mas junto com ele tudo isso se foi, me restou à dor de me ver sozinho novamente, a dor de ver a sujeira, as marcas, de me olhar no espelho e ver apenas o monstro que eu era. Eu não conseguia mais controlar as lembranças, momentos antigos, lembranças dolorosas. Tudo de uma vez. Eu não tinha forças para viver naquele mundo vazio em que vivia antes de Louis.
Agora que havia provado um pouco da luz eu a queria sempre para mim, mas se não era possível, faria aquilo que enrolei todos esses anos para fazer. Não teria alguém para me impedir, nem sequer alguém que se importasse. Quando vissem seria tarde demais.
Sai da janela entrando no banheiro me livrando da minha roupa e parando de frente ao grande espelho que havia ali. Para mim naquele reflexo estava o que eu era. A marca deixada por Max agora quase totalmente cicatrizada ainda permanecia ali, deixando claro que um dia aquele homem tocou em mim. Eu vi o lixo que eu havia me tornado desde que ele apareceu na minha vida, se eu era desse jeito a culpa era dele e da minha mãe.
Há feridas que nada no mundo pode curar.
Entrei embaixo do chuveiro olhando a lamina que a tempo não era usada que agora estavam nas minhas mãos. Me deixei levar por algumas coisas que sempre me deixaram com sentimento de inferioridade, nunca fui um homem forte, e essa seria a maior prova de que isso era a mais pura verdade.
Por alguns instantes pedi perdão aos meus pais por nunca ter sido o melhor filho, nem o melhor aluno, nem a melhor pessoa, pedi perdão aos meus poucos amigos por não ter sido um bom amigo, e principalmente pedi perdão ao Louis por não ser suficiente, por não ser capaz de dar aquilo que ele queria e merecia, por não saber lutar por ele e por me sentir tão fraco sem ele. As lagrimas que já rolavam antes agora caiam de modo descontrolado, era uma dor sem tamanho, saber que soube o que é viver por pouco tempo , mas que foi o melhor pouco tempo da minha vida.
Sorri ainda chorando lembrando daquele que me deu um motivo para sorrir, os olhos brilhantes, o sorrido encantador, o jeito inocente. Eu perdi ele, mas não teria que conviver com essa dor.
Levei a lamina por cima da veia que sabia que poderia ser fatal, em um corte profundo atingi meu objetivo gemendo com a dor que aquilo me causou. Vi o sangue sair rapidamente tendo o processo acelerado pela agua, forcei o pulso a se mexer levando a lamina ao outro pulso acertando a veia do outro braço. Me apoiei na parede já sentindo a vertigem causada pelo cheiro de ferrugem e sal que o sangue espalhava pelo banheiro. O sangue corria e sabia que em pouco tempo seria o suficiente para dar fim a minha existência patética.
Não estava abrindo mão de nada, estava apenas entregando os pontos de uma vida que n fundo não teve valor algum.
Meu corpo vacilou me fazendo ir ao chão, já sem força alguma. A ultima coisa que consegui me dar conta foi, mesmo sem perceber acabei me apaixonado, mas não tive nem tempo de me compreender, meus olhos pesaram e minha ultima imagem que busquei na memoria foi dele.
Ele que no meu mundo escuro, me deu a luz.
Dois meses depois...
Pov. Louis
Eu não estava preparado para isso, mas fazer o que? Eu tinha feito uma promessa e teria que cumpri-la. Odeio prometer coisas ao Niall, ele sempre cobra, mesmo sabendo da minha situação.
Eu tentava me levantar de manha todos os dias e dizer que eu estava bem, que tudo estava bem, que eu não me importava com Harry, que esse nome e esse homem não existiam, mas parecia que tudo me lembrava ele. Passei a ir a pé para o trabalho apenas para não ver aquele carro, odiava ate o pobre notebook que ele me deu. Eu tentei devolver, mas Karina enviou de volta. Estranhei não ter sido Harry afinal, eu não tinha noticias dele, nem mesmo Josh comentou algo sobre ele, o que me deixava inquieto.
Eu não conseguia tirar ele da cabeça, muito menos para de imaginar o que poderia ter acontecido se eu tivesse continuado lá, com ele.
Que ódio dele! Porque ele tinha que ser tão perfeito e tão imperfeito ao mesmo tempo.
Olhei para Niall que ainda estava na frente do espelho arrumando o cabelo. Ele era um idiota bobo apaixonado, que passava horas em frente a um espelho se olhando se arrumando para estar perfeito para o seu “Bebê”. Era ridículo, mas não poderia negar que morria de inveja dele isso sim.
- Você poderia pelo menos sorrir? – perguntou me olhando sorrindo. Josh realmente fazia bem a esse ser humano.
- Não, você sabe que não quero ir, mas mesmo assim quer me levar – me joguei para trás em sinal de desespero.
- Medo de ver o Styles? Não se preocupe ele não vai estar lá. A verdade e que... – ele ia disser e pelo seu tom de voz era algo realmente serio, mas a merda da campainha tocou.
- JOSH – saiu correndo e gritando em direção a porta. Revirei os olhos e logo fui ate a sala encontrando eles aos beijos. Fechei os olhos e bufei.
- Sem se comerem por favor – abri os olhos e Josh sorriu para mim – feliz aniversario – disse a distancia e ele deu uma risada vindo ate mim e me abraçando.
- Obrigado, seu rabugento – nos rimos e Niall fez uma careta. Oh loiro ciumento!
- Bem vamos? – disse nos guiando para a porta.
- Espera! O que ia dizer no quarto? Sobre Harry? – Josh arregalou os olhos e negou com a cabeça e Niall deu de ombros.
- Deixa, não é momento para isso – seguiu me fazendo ficar bravo.
Eu queria saber como ele estava, mesmo que isso significasse eu ele tinha outro submisso. Ou que já tinha me esquecido.
A dor de perdê-lo já era ruim, de saber que ele provavelmente nem lembra mais de mim era pior ainda.
Talvez tenha sido melhor assim. Cada um de nós seguindo com sua vida.