Pov. Zayn
Acordei vendo que o sol ainda estava alto no céu e rolei na fechando os olhos novamente sem a menos pretensão de abri-los de novo. A preguiça me consumia no momento e eu poderia passar o resto da eternidade ali. Puxei o travesseiro de Liam o abraçando e sentindo cheiro do mesmo suspirando injuriado. Estava com saudades do meu homem. Decide que fodas o que ele queria, eu daria o que ele quer se ele prometesse nunca mais me abandonar assim. O que posso fazer se sou um homem carente, mas orgulhoso? Nada a não ser ceder e implorar por carinho e por ele se necessário.
Ouvi meu celular tocando, mas ignorei. Hoje é domingo, o que será que querem comigo no domingo? Meu único dia de folga do mundo. Abri um olho vendo tudo desfocado, pisquei abrindo o outro e olhando o meu celular com atenção e o puxando com a ponta dos dedos sem sair do meu emaranhado de cobertas. O nome “Karina” brilhava na tela e bufei. Ian deveria dar um jeito nessa mulher e faze-la parar de me irritar. Se ela não tinha mais o que fazer a essa hora da manha eu tinha.
- Alo? – atendi com a garganta arranhando, o outro lado da linha estava uma bagunça eu conseguia ouvir vozes de tudo que é jeito, talheres batendo, musicas e mais um tanto de ruídos desconhecidos por mim pareciam moveis se arrastando ou coisa parecida, será que ela estava em uma balada as dez da manha de domingo?
- ZAYN MALIK – o grito me fez afastar o telefone da orelha e arregalar os olhos de susto me acordando um pouco mais – Eu espero que você esteja pronto ou vou ai quebrar você osso por osso – ela falou irritada e ouvi ela dar algumas ordens meio gritadas a outra pessoa.
- Pronto para que exatamente? Me deixa dormir – perguntei perdido e olhei o meu relógio vendo a data que marcava ali e arregalando os olhos.
- Não sei, deve ser PARA A PORRA DO SEU CASAMENTO – me ergui da cama em um pulo quase caindo com as cobertas emboladas em mim. De todas as coisas que eu poderia esquecer o dia do meu casamento não era a melhor das opções.
- Ah meu Deus, Karina eu tenho que me arrumar, você dá conta de tudo ai sozinha? Precisa de alguma coisa? Sabe do Liam? Quanto tempo eu tenho?– disparei enquanto andava como uma barata tonta pelo meu quarto em busca da minha toalha que parecia desaparecida no momento. Ouvi um suspiro cansado do outro lado da linha e outro xingamento destinado à outra pessoa. Tadinho de quem estava trabalhando com ela no momento.
- Tudo sobre controle, eu apenas preciso de dois noivos lindo e prontos na hora que a cerimonia começar. Passo para pegar você – disse mais calmamente me fazendo parar no meio do caminho para o banheiro. Dois noivos, mas aqui só tinha um.
- Se esqueceu de que um não está aqui? Kaká e o Lih, você tem que saber do Liam – perguntei quase gritando e ouvi sua risada em meio a um grito com outra pessoa.
- O Liam, já está pronto e quase morrendo de ansiedade – sussurrou feliz e sorri inconscientemente – Zayn te pego no seu apartamento as três ok? Vou terminar aqui e correr para casa me arrumar, seu smoking está no quarto de hospedes junto com tudo que tem que usar, esteja pronto e perfeito – falou agora seriamente e apenas sorri satisfeito. Liam ainda queria casar comigo e já estava pronto no fundo era apenas isso que me importava.
- Pode deixar, tenho que tomar banho, ate daqui a pouco – ela murmurou um tchau rápido e apenas continuei sorrindo como um tonto ate chegar ao meu banheiro. Entrei em baixo da agua quente tentando relaxa e não pensar na possibilidade de que Liam vá me abandonar no meio da cerimonia ou que ele vá fugir com a Ex-namorada vassoura.
Minha mente divagava sobre nós, nossa historia, nossos momentos tudo que passou para chegarmos a isso que aconteceria hoje. Da primeira vez que o vi sentando em uma mesa do refeitório com Harry lendo um livro de romance complicado ao dia que brigamos a ponto de nos bater e logo depois ele me beijar e fugir morrendo de vergonha. Meu Liam sempre foi uma contradição eterna ao mesmo tempo que ele queria a mim ele não conseguia largar a piranha da Danielle. Eu me lembrava de como foi para ele contar para os pais que estávamos namorando, pensei que no dia ele iria morrer de vergonha ou teria um infarto, não mais que no dia em que o beijei na frente da escola inteira o fazendo ficar bravo comigo durante algumas horas, mas voltar sorrindo encantadoramente e dizendo que estava tudo bem. Algumas lembranças eram tristes, como o dia que ele terminou comigo para ir para o Japão, mas voltou alguns meses depois alegando não conseguir comer tanta coisa estranha o que para mim era um jeito estranho de dizer que não vivia sem mim, ou quando ele teve apendicite e pensei que ele iria morrer. Foram tantas coisas juntos que nem precisaríamos casar para saber que um pertence ao outro. Mas ele e eu queríamos que fosse oficial, que ele tivesse o meu sobrenome assim como eu teria o dele.