Capítulo 7

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— Nem sempre fui tão boa, na verdade não sou, mas tenho magia de dragão, por isso sou segura, sei que pode ser um excelente feiticeiro e guerreiro, mas não pode realmente me prender aqui ou me ferir, posso lidar com isso facilmente. Mas antes de saber disso houve uma vez, que pensei sinceramente que morreria.

"Seis humanos me cercaram, degolei o primeiro e consegui enterrar minha faca na cabeça do segundo, mas ela ficou presa no osso da cabeça dura dele... Eu era jovem, estava assustada... Antes que me lembrasse que tinha outras duas facas, os outros quatro me dominaram... Foi horrível, acordei gritando e vomitando por semanas..."

"Fui criada sem um instrutor em magia, apenas Gyán que fez o que pode, mas é elfo, portanto me ensinou magia élfica. E as fadas que não sabem a extensão do que eu poderia fazer, pois não são feiticeiras, então aprendi magia de fada. Portanto, lógico, minha magia é um pouco descontrolada. Hoje não tenho mais pesadelos graças a Penny". – terminei puxando minhas pernas para cima, abraçando meus joelhos.

Agora estava constrangida. Nunca contei isso a ninguém.

— Como escapou?

— Não escapei, não havia mais como, perdi essa oportunidade quando esqueci as outras facas. Sou mais forte do que uma humana do meu tamanho, mas não tanto assim... Landriel, o príncipe elfo, e os dragões vieram. Ele ouviu meus gritos e Penny disse que sentiu meu terror e mandou socorro. Landriel cortou a garganta do humano que estava já sobre mim e me lavou com o sangue que esguichou dele e os dragões torraram e comeram os outros três e depois os dois que eu tinha matado antes. E perdi a consciência.

"Nardor me contou, que Landriel precisou curar com magia élfica muitas das hemorragias internas mais sérias. Emendar alguns ossos que se enterravam nos órgãos, emendar o osso do meu crânio que estava rachado, drenar o sangue que já invadia meus pulmões e forçar meu coração a voltar a bater, porque estava parando. Depois me envolveu com a própria túnica me carregando nos braços até minha cabana. Eu estava nua, ferida, à beira da morte e inconsciente. Acho que foi aí que meu relacionamento com as porcarias dos elfos foi por água abaixo. Era fraca, vulnerável e patética. Ele fez questão de me lembrar disso muitas vezes desde então. Não perdeu uma única oportunidade de me provocar até perdermos o controle, então nos batemos e nos ferimos. Nenhum outro elfo, tão pouco se aproximou de mim nunca mais". – contei com ressentimento interno existente há anos, uma raiva de mim mesma, que sempre me consumia ao lembrar disso.

Mas não havia terminado. Agora que comecei a contar queria ir até o fim.

— Fanny, minha amiga fada, contou que ele só foi embora quando ela chegou, horas depois, quando os dragões avisaram a ela do ocorrido. Então, mesmo que Landriel já tivesse me banhado e tratado de mais dos meus ferimentos, ela ainda precisou usar bastante magia para terminar de desinchar meu rosto e partes do corpo, conter o restante das pequenas hemorragias, consertar os órgãos perfurados que ainda existiam, emendar outros tantos ossos que me quebraram, fechar os arranhões e cortes.

Feiticeira DragãoOnde histórias criam vida. Descubra agora