Capítulo 20

14.5K 1.7K 525
                                    

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Ivar só veio me ver próximo da hora do jantar, me dando a certeza de que meu feitiço funcionara.

A essa altura, com a colaboração dos meus guarda-costas, já havia encomendado alguns vestidos e outras roupas com algumas funcionárias do castelo, que tiraram minhas medidas. Agora pelo menos um vestido simples e quente eu já tinha e o usava, enquanto fingia ler, recostada na cabeceira da cama, concentrada na busca pelo grimório, com um feitiço de rastreamento élfico.

— Vejo que pelo menos está calma e se conformou. – ele notou entrando e se aproximando.

— Não tenho mesmo alternativa, não é mesmo? – fechei o livro olhando para ele.

— Os soldados me disseram que saiu daqui atrás de mim. – ele se sentou na cama de frente para mim.

— Mas você estava trancado em seus aposentos, portanto decidi conhecer melhor o castelo onde vou permanecer por um tempo e providenciar coisas úteis. – lhe respondi olhando para o livro e o vestido.

— Por um tempo?

— Certamente pretende voltar à capital e não acho que vai me deixar aqui.

— Por enquanto permaneceremos. A capital é muito próxima das divisas de Drakar. Só iremos para lá quando efetivamente for minha. – ele se aproximou me beijando nos lábios.

— Como quiser. – concordei indiferente, já esperando o efeito do feitiço.

Não demorou. Ele ficou um tempo comigo, mas logo estava mais uma vez rumando para seus aposentos e de volta para sua amante.

Nos dias que se seguiram eu ampliei o feitiço. Ao passo que ele se exauria, meu corpo se habituava à poção que ele usava de apoio para manter minha magia sob controle e seu feitiço de bloqueio perdia igualmente o efeito.

Descobri que havia várias jovens castelãs bastante interessadas em frequentar a cama do belo príncipe Ivar e lhes concedi seus desejos. Em pouco tempo ele mal tinha tempo de sair do próprio quarto e como minha magia voltava, sua luxúria se tornava incontrolável.

Levou quase uma semana para ele perceber o que acontecia consigo e com as, agora, várias amantes que o procuravam, provocavam e se deleitavam em sua cama.

— O que você está fazendo comigo? – ele invadiu meus aposentos, bravo.

— Nada! Sabe que tem que quebrar o feitiço Hiány para que eu possa fazer algo com você querido. Portanto não sei do que está falando. – fingi inocência.

— Você tem me enfeitiçado! – ele esbravejou.

— Como? – arregalei os olhos – Você está me bloqueando lembra-se? Não sou capaz nem de evocar um copo d'água. Além de sequer o ver o suficiente para tentar, sempre que o procuro os soldados e funcionários dizem que está ausente resolvendo problemas do reino. –respondi falsamente surpresa com a acusação, então suspirei exageradamente e mudei o assunto – Não sei como espera que me apaixone por você quando sequer tem tempo para que eu possa conhecê-lo. – reclamei.

Feiticeira DragãoOnde histórias criam vida. Descubra agora