**OBRA CONCLUÍDA**
Meu nome é Isis e sou uma feiticeira, com muitas histórias exageradas e assustadoras cercando meu nome e meu passado. Bem... Algumas nem tão exageradas assim. Ah! Qual é? Tenho dezenove anos e moro sozinha em uma cabana na Flores...
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— O que foi? – ele perguntou sacando sua espada, mas estranhando que seu cavalo não teve qualquer reação de alerta a perigo.
— Pode guardar sua espada príncipe, não seria útil de qualquer forma. – eu disse agora séria olhando entre as árvores uma sombra que se aproximava, então acrescentei para a sombra – Ele não está aqui para ameaçar ninguém Gyán apenas decidiu ser gentil e me acompanhar para casa, não vai matá-lo.
— Sabe que não permito intrusos, bruxa. – uma voz grave e sussurrada saiu das sombras para mim. Revirei os olhos de costas para o príncipe. Quanto drama! Ele adorava essa palhaçada, dizia que o medo mantinha a ordem. Hilário.
— Como um guardião, deveria saber que não é um intruso.
— E você dentre todos os habitantes desta floresta deveria saber por que não permitimos humanos aqui. – a sombra rebateu e eu revirei os olhos de novo. Até parece que não poderia lidar com um pateta como este.
— Tudo bem! Responsabilizo-me por ele. – respondi recolhendo o escudo e dando as costas para Gyán – Agora se nos der licença ainda tenho muitas poções para preparar. –terminei já andando e a sombra recuou. Que ótimo!
— O que foi isso? – Victor perguntou ainda com sua espada em punho, tentando ser corajoso – e por que meu cavalo não deu qualquer sinal de perigo?
— O guardião das florestas sagradas, seu cavalo não o reconhece como perigo. Mas não se preocupe agora que sou sua responsável se fizer merda aqui sou eu que tenho de matá-lo. Portanto comporte-se. – respondi pegando minha cesta do chão e voltando a andar para casa. Agora estava perto.
Que merda! Responsável por um príncipe cabeça oca que segue uma estranha no meio da Floresta Negra! Lindo!
— Não entendi. O que ele quis dizer com "Você dentre todos os habitantes deveria saber"? – ele perguntou agora embainhando a espada.
— Longa história. – respondi respirando forte.
E põe longa nisso!
— Está com pressa? – ele perguntou bem humorado.
— Ele quis dizer que sou o principal motivo de humanos não serem admitidos na Floresta Negra.
— Por quê?
— Você mesmo lembrou que tentaram me queimar, acha mesmo que essa foi a única vez que tentaram me matar? – perguntei a ele erguendo a sobrancelha.
— Desculpe. – ele disse um pouco desconsertado, mas ainda estava curioso – Mas essa não deve ser a única razão pela qual a Floresta Negra tem um guardião certo?
Revirei os olhos.
Como humanos são ignorantes!
— Às vezes fico surpresa por humanos conseguirem sobreviver tanto. – disse a ele com sarcasmo.
