Capítulo 12

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Fui agradavelmente surpreendida por dois embrulhos, que repousavam sobre a mesa do hall dos aposentos que dividia com Rilan

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Fui agradavelmente surpreendida por dois embrulhos, que repousavam sobre a mesa do hall dos aposentos que dividia com Rilan. Victor foi além do que lhe pedi. Ali estava meu conjunto novo de roupas de couro para montaria e o maravilhoso par de botas que eu estava namorando, há uma semana.

Ele não apenas mandou avisar que eu os buscaria na Couros e Requintes, mas me presenteou com eles. Claro que a loja tinha minhas medidas, só comprava meus acessórios de couro ali, era a que tinha o melhor acabamento. Rilan elogiou meu bom gosto, dizendo que ficaria sexy em mim. Eu ri.

Hendrix estava acordado, mas ainda um pouco atordoado. Aproveitei para tirar o vestido, antes que ele o destruísse. Desenfaixei o bebê de novo, conversando carinhosamente com ele. Acariciei sua cabeça e as poucas partes onde não havia cortes, o levei para o banheiro que Rilan já havia preparado para lavarmos a poção velha e aplicarmos nova.

— Impressionante! – Rilan disse, ao perceber o quanto a poção já havia curado dos inúmeros ferimentos do bebê. Os mais superficiais já estavam completamente curados.

— Levei anos até conseguir desenvolver totalmente esta poção. Os dragões vivem se mordendo ou se rasgando, portanto, precisava de algo que fosse forte e que agisse rápido. Quando eles são adultos, ou pelo menos entendem o que estou fazendo é muito mais fácil. Mas quando são como Hendrix, muito pequenos para compreender... Bem, você viu o trabalho que deu até agora. – falei, terminando de lavar os últimos resquícios para aplicar uma nova remessa.

— Mas para reproduzir essa poção, terá todos os ingredientes em Drakar? – ele me perguntou.

— Como não conheço sua flora e sempre estive preparada para ir embora. Tenho um vidro com todas as sementes preservadas com magia. Não se preocupe, posso montar uma estufa e cultivar os ingredientes facilmente. – lhe respondi aplicando a poção em Hendrix, que desta vez, tendo percebido o quanto suas dores diminuíram não se debateu e se manteve bravamente o mais imóvel que conseguia.

Beijei carinhosamente o topo de sua cabeça, ao terminar de aplicar a poção e o enfaixar de novo. Dei-lhe mais poção tranquilizante, que ele ingeriu sem protestar, permaneci com seu corpinho em meu colo, acariciando-o até adormecer.

— Por que se preparou para ir embora?

— Sempre soube que este não era meu lugar, queria saber quem eu era, o que realmente aconteceu e encontrar você... Portanto, sempre estive pronta para isso. Visitei Valmor e Izaldar...

— Foi à Izaldar? – ele perguntou surpreso.

— Sim. Já havia percorrido toda Corwel e todo o reino de Valmor, onde acabei ficando por meses a serviço do rei Valek, tanto para resolver um problema de envenenamento do gado, quanto para salvar mais de uma vez a vida de seu segundo filho... sabe como seu primo é desastrado...

— Conheceu Vorkan e Vanir?

— Sim, Conheci Vorkan, Vanir e Morgana também. Vorkan me infernizava o tempo todo e Vanir... Bem estava sempre de cama por ter caído do cavalo ou tropeçado nos próprios pés. – contei, gargalhando ao me lembrar dos acidentes ridículos que o príncipe conseguia causar, a si mesmo.

Feiticeira DragãoOnde histórias criam vida. Descubra agora