As Crônicas de Rayrah Scarlett: Mistérios em Mondian [RETIRADA EM 25/01/22]

Capítulo 22

VOLTEI

I'm viva.

Demorou mas chegou!!

Me deu um bloqueio de criatividade TERRÍVEL

MAS aqui estou com o aguardado capítulo 22!

Espero que gostem.

Boa leitura

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Minha mente volta até o dia que despertei na Base. Quando o doutor Remus disse que ninguém, absolutamente ninguém pode ter habilidades exatamente iguais.

Então como isso... Como isso é possível?

Tento pensar mas parece que estou congelada, minha mente indo e voltando em memórias e nesses momentos passados. Tentando achar alguma explicação que faça sentido.

Como?

Instintivamente tiro a luva da minha mão direita devagar, tomando cuidado para que não percebam minha presença. Tamborilo os dedos no ar, abro e fecho a mão, as unhas negras parecem se expandir e logo as pontas dos meus dedos estão da cor do carvão. Quando fito a minha palma vejo um raio vermelho, pequeno, minúsculo, leve como uma pluma, dobrável e macio como fita de cetim, energia... energia pura, vinda de mim. Fecho a mão com força, na esperança de esmagar o raio de energia para que ele volte para mim, quando abro a mão novamente, vejo o em sua mesma forma, porém duro e gélido, coberto por gelo. Deixo que caia no chão, ele se quebra e suas migalhas somem pelo chão.

Levo os olhos até o príncipe, ele leva uma garrafa com água aos lábios, ao perceber que está quente concentra sua habilidade e de longe, vejo alguns sinais que ele está gelando-a por dentro. Logo depois ele abre a garrafa novamente e bebe a água agora fria.

Se o príncipe tem habilidades Skilled como Hill pode nos odiar? Como pode achar que temos DNA defeituoso? Se o próprio filho é um de nós?

Antes que eu tire minhas conclusões por completo, alguém põe as mãos sobre meus ombros e eu me levanto como um gato eriçado.

- Quer me matar de susto? - rosno.

- Estava olhando para o filho da rainha com uma cara de boba? - Linda caçoa com uma risadinha.

- Claro que não! - me defendo.

- Pareceu que sim... - ela comprime os lábios numa risada sem som.

- Eu só estava analisando as habilidades dele. - cruzo os braços, não sei se Linda sabe sobre isso, se souber, quero tirar alguma informação dela.

- Você quer dizer a herança dele - ela me corrige.

- O quê? - pergunto.

- Será mesmo que você é uma completa desinformada? - ela ironiza e revira os olhos. - A família real, Ray. Nunca ouviu falar?

- Achei que fosse só uma lenda. - penso alto.

- Mas não é. - ela começa a contar. - Poder passado de geração em geração. Sangue que governa a nação. No teu peito de ferro a continua pulsação, de um coração que bate com a força de um leão. - ela sussurra a canção que não deve ser cantada. A canção oficial foi banida por Hill à muitos anos, desde a época em que a família real fora massacrada num incêndio durante uma coroação. - Você sabe porquê ela foi esquecida, sabe que ela relembra Hill de suas origens, nunca foi uma lenda. É somente a rainha querendo enterrar o passado.

- Sempre me disseram que era apenas uma história para crianças dormirem. - digo desconfiada e um tanto incrédula.

- Então não queriam que você soubesse a verdade. - ela cogita.