As Crônicas de Rayrah Scarlett: Mistérios em Mondian [RETIRADA EM 25/01/22]

Final

Olaaaa meus amores♥♥♥
Esse não é o final final, pois ainda teremos o epílogo e o próximo livro, claro!

Esse capítulo eu quero dedicar a todos os meus leitores lindos! Sejam eles fantasminhas ou não! Obrigada por acompanhar essa aventura♡

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Nada parece real. Parece um dos meus pesadelos, o mais estranho de todos.

O quarto, grande e com papel de parede bege com detalhes em carmim, tem uma enorme cama com dossel, um guarda-roupas azul escuro e cinza na parede oposta a da cama, um divã de camursa cor de carmim perto do guarda-roupas, um baú de madeira com cadeado ao lado da porta de vidro que separa o quarto da varanda, posso fechar a porta de vidro e também as cortinas azul escuras.

- É um belo aposento não é, Alteza? - Diz a criada chamada Rosa.

- Não me chame de Alteza. - digo com a testa franzida. - Mas sim, é muito bonito.

- Perdão, altez... - ela se interrompe e pensa um pouco - Como devo chamá-la?

- Pelo meu nome, apelido, sobrenome ou pelo que quiser. Mas não me chame de alteza. - balanço a cabeça de um lado pro outro.

- Mas eu não posso chamá-la pelo nome! É demasiado informal e serei severamente repreendida. - ela tapa a boca com a mão. - A chamarei de senhorita, concorda?

- Tudo bem, desde que não lhe repreendam por isso. - concordo.

- A senhorita deseja algum remédio? Ou sente-se melhor? - ela pergunta acendendo as quatro luminárias do ambiente.

- Preciso pôr as idéias no lugar, Rosa. - suspiro massageando as têmporas. Ela assente e sai do quarto, me deixando só.

Respiro fundo com os olhos fechados, balanço os ombros.

- Como vim parar aqui, hein? - digo à mim mesma. Há um ano, eu não era ninguém, só mais uma garota mondiana de uma Divisão mergulhada no caos.

Como posso colocar na minha cabeça que sou a filha perdida da rainha de Evbád? Não dá. Muito menos que tenho parte do coração pulsante comigo. É tão inacreditável e ao mesmo tempo extraordinário.

Eu não quero ser uma princesa. Passei a vida odiando-as e agora descubro que sou uma? Não.

Eu quero voltar para a Base, para meus amigos e instrutores, como Lince, que apesar de parecer má, não é tão cruel.

Mas antes tenho que tirar esta história a limpo.

Toc. Toc. Toc. Ouço as batidas na porta.

- Pode entrar.

Três meninas que parecem ser pouco mais novas do que eu entram no quarto. Todas usam vestidos cinzas e sapatos pretos, como os de Rosa.

- Somos suas novas criadas, Princesa. - diz a primeira, uma de cabelos castanhos escuros, olhos verdes e sardas. Ela tem um olhar maduro, parecia comandar o trio de criadas.

- Minhas...o quê?! - quase grito. - Alyah deve estar maluca se acha que pode me arrastar para este castelo e me transformar no seu fantoche de princesa! - exclamo correndo furiosa para fora do quarto. Refaço o caminho até a sala se chá e a encontro antes disso, num dos corredores, conversando com um homem alto e forte, muito forte.

- Alyah. - interrompo - Precisamos conversar.

- Ray. - ela me olha com uma expressão que não consigo entender. - Este é o capitão da Guarda, Ellaric Opilste.