Não podemos ignorar a nossa essência.

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Pingo continuava sem entender como tinha chegado àquele lugar. Estava descendo tranquilamente a correnteza do rio, lembrava de ter fechado os olhos, apreciando a brisa e quando tornou a abri-los, percebeu que tinha tomado outro rumo. Outro caminho, não imaginava que em tão pouco tempo mudaria a sua vida. Achava que iria chegar , estava no caminho certo, porém, num descuido, mudou a direção e mais uma vez não sabia aonde chegaria.

Pingo suspirou resignado, aceitando pacientemente o seu destino. Aceitaria sim, sem revolta, pois ele fechou seus olhos ao que acontecia ao seu redor. Absteve-se de tomar a decisão. Se estivesse atento, teria como escolher o caminho que seguiria...

Resolveu se certificar de onde estava. Olhou e percebeu as árvores, pássaros cantando, mesmo que parecesse estar num caminho sem volta, Pingo teve esperança de estar indo para um lugar agradável.

não se encontrava no rio artificial, de concreto. Era um riacho, estreito, porém limpo, com um campo aberto ao redor. Dava para ver animais pastando pacificamente, vacas, cavalos e humanos trabalhando. Removiam a terra e conversavam, alguns cantavam músicas saudosas. Mais além percebeu mulheres e crianças nas margens, elas lavavam roupas nas pedras, enquanto vigiavam as crianças que brincavam na água.

Pingo ficou curioso com aquela aproximação dos humanos e dos animais com a natureza. Todos faziam parte do mesmo quadro, mas cada um ocupava um lugar distinto.

Nó em Pingo d'águaOnde histórias criam vida. Descubra agora