A grande reunião

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—Como eu estava dizendo antes, Argentina! —Brasil mexia a peixeira para cima e para baixo enquanto falava —Foi Oscar Niemeyer quem construiu a sede da ONU!

—Ela tá se achando só porque levaram Portugal para o hospital. —sussurrou Eua para o amigo.

—Eu nunca achei que ia ver um país sangrar tanto... —Respondeu Roger com a mão na consciência.

—Eua, Roger! —gritou um país que se aproximava acenando.

O homem branco forçou os olhos e viu que era Itália quem corria em sua direção.

—Ah, não! —sussurrou —Vamos embora antes que ele chegue aqui!

—Mas Eua, é apenas Itália!

—Tem uma coisa que você precisa saber sobre a Itália! —disse ele sussurrando.

—Áh quanto tempo, meus queridos! —Itália logo cumprimentou Eua e Roger com um beijo na bochecha.

Quando Roger reparou seu amigo narigudo estava totalmente diferente.

Itália vestia uma roupa de viagem elegante com direito a cachecol, óculos escuros e uma bolsa.

—A Itália é meio sonsa, mas ela pode se tornar num mostro pegajoso! —cochichou Eua no ouvido do amigo.

—Eu acabei de notar! —ele respondeu na mesma hora.

E naquele momento Itália abraçava os braços fortes de Roger.

Eua deu uma leve gargalhada.

—Se vira ae então! — ele disse dando as costas e partindo.

—Você vai me deixar sozinho com ele? —perguntou Roger empurrando a cara de Itália.

—É! Falouuuuuss!

E o homem correu o mais rápido que pode.

Eua caminhou pelo saguão, ele reconheceu vários países, assim como ele sentiu falta de alguns conhecidos, mas ele continuou andando até encontrar o jovem Japão.

—Ora, se não é o garoto do momento!

—Bom dia, pra você também, EUA!

—Como se sente, garotão, tento a sua primeira reunião na ONU!

—Bem..

—Haha! Cuidado para não ser a ultima! —ele disse em uma forma sarcástica.

Enquanto os dois conversavam outras pessoas se aproximavam.

—Em fato, EUA, eu espero que seja a ultima, só de pensar que eu botei os pés em seu país eu fico enjoado.

—Ora seu pirralho, filho duma....

De repente uma mão grande e peluda encostou no ombro de Eua.

O homem loiro se arrepiou ao ser tocado.

—Ora, ora se não é o grande U-S-A! Você devia ser mais paciente com criancinhas! HAHAHHA!

Eua podia identificar aquela voz a quilômetro de distância.

—Se não é o meu ursinho peludo preferido —ele se virou devagar.

O homem que estava atrás dele era grande, como um gorila, tinha uma barba negra comprida e usava uma roupa que mais parecia um carpete.

—HAHAHAHA! Engraçado como sempre! —o gigante que fedia a vodca teu um tapa nas costas do amigo que quase o fez cair para trás.

—É,é... muito engraçado, mas o que você faz aqui, Rússia? Pensei que você não seria convidado.

—Mas eu não fui convidado, não por vocês! O meu amigo pequenininho ali quem me convidou a essa festa!

—COMO É QUE.... —Eua respirou fundo —Japinha —ele disse forçando um sorriso falso —você é quem convidou nosso peludo preferido?!

—Você não soube! — Japão sorriu levemente, muito leve, quase impossível de se ver o sorriso  —Rússia é meu mais novo aliado!

Eua cerrou os punhos com força.

—Como é!!! —ele disse espremendo os dentes.

—Áh você não esta bravo que eu fui convidado para sua festinha, não é!

—Bravo? Eu? Nunca! — Eua começou a tremer de ansiedade —Jamais!Nunquinha! Never!!!!!!

—Ótimo então nós devíamos começar a reunião! —Rússia arrancou uma vodca do bolso e a ergueu no ar.

—Mas eu só acho engraçado que...

—A mas ele vai começar! —Rússia virou os olhos enquanto sugava sua bebida.

—...É sempre assim não é! Você sempre vem estragar tudo!

—E você sempre reclama de tudo!

—Porque você faz tudo errado!

—Jesus! Parecem até marido e mulher! —comentou um homem baixinho chamado de Países Baixos.

—E eu pensando que eram inimigos... —respondeu o Japão.

—Se isso é inimizade, eu não quero saber o que é casamento para vocês! —disse uma mulher que estava ao lado.

O homem baixinho viu a mulher e correu para trás do Japão.

A moça formosa tinha postura reta e pele tostada. O seu cabelo era liso e bonito, mas estava escondido pelo véu banco que pousava em sua cabeça. O véu da moça fazia parte de seu hijab, roupa tradicional de seu país.

—Afeganistão! —gritou o baixinho medroso —Quem chamou você aqui?

A mulher levantou a sobrancelha esquerda, não porquê estava surpresa, mas desapontada.

—Áh, me desculpa, se eu existo!—continuou Rússia que durante esse meio tempo gritava com Eua.

—Você podia existir sem atrapalhar TODOS OS MEUS NEGÓCIOS! —o homem branco respondeu.

— E você podia reclamar menos!!!

—Não é o Afeganistão, seu tonto! —comentou Japão que estava sendo agarrado pelos Países Baixos.

A mulher virou os olhos.

—Eu vim com a Rússia! —ela disse —E não precisa ficar assustado! Eu não sou terrorista e não sou meu vizinho.

—Uzbequistão, quem são eles? —diz uma menina de pouco menos de 15 anos que estava sobre os cuidados da mulher.

A menina era pequena, branca, de cabelos escuros. Ela usava uma calça jeans, camiseta amarela com mangas longas e um véu branco pousado na cabeça.

—Ninguém importante, Cazaquistão!

—E você podia deixar de ser um insensível, troglodita, QUE ESTRAGA TUDO !!! —Eua gritava para todos ouvirem.

— HÁ, É claro! A culpa é sempre minha!

—É sua e sempre vai ser SEU MACACO GIGANTE!

  —ESCUTA AQUI SE BRANQUELO AZEDO!

—VOCÊS DOIS! —gritou ONU do outro lado do salão —MEU ESCRITÓRIO AGORA!

E cruzando olhares Eua e Rússia seguiram juntos para a sala.

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