Nossa família - parte 3

1.6K 79 22
                                    

Asami

Mansão Sato, 3 meses depois

“Aaah Korra!” gemi alto, fazendo minha voz ecoar pelo quarto escuro iluminado apenas pela luz da lua.

“Sami?!” Korra acordou e sentou assustada na cama, então desceu do colchão vasculhando o quarto inteiro com os punhos em guarda.

“O que está fazendo?!” a encarei incrédula

“Pensei que tivesse algum ladrão ou algo assim! Que susto Sami!” ela já ia sentar na cama de novo.

“Korra levanta!”

“Ora mas o quê...” ela franziu o cenho assustada

“Eles estão nascendo! Levanta e faz alguma coisa!”

“Ai meu pai! O que eu faço, o que eu faço?!” ela se ajoelhou na cama e me encarou com os olhos arregalados.

“Minha nossa!” senti outra contração ainda mais forte “A bolsa! Na cômoda!” rosnei, mas que dor filha da puta! Korra correu até a cômoda e trouxe a bolsa a jogando na cama, correu até o guarda roupa e trocou suas roupas rapidamente e pegou o robe que preparei para ir para o hospital.

“Vem meu amor, veste.” Ela me ajudou a pôr o robe. “Vou levar a bolsa pro carro e volto pra te buscar!” ela saiu do quarto pulando da varanda com dominação de ar causando um pequeno furacão no ambiente, eu quase ri mas senti dores ainda mais fortes e desisti, quando ouvi o barulho do nosso carro cantando pneu. Mas o que é isso?! Levantei da cama com uma tremenda dificuldade e olhei pela varanda, Korra estava saindo sozinha?!

“Korra o que está fazendo?!” rosnei sentindo o início de mais uma contração. Ela freou o carro bruscamente e deu ré, pulou na varanda com dominação de ar e sorriu sem jeito.

“Vamos amorzinho.” Me pegou no colo.

“Eu não acredito que você me esqueceu aqui em cima!” eu estapeava o braço dela me aproveitando disso para descontar a dor que eu estava sentindo.

“Eu estou nervosa ok?!” ela desceu escadas o mais rápido que podia. “Yan!” Ela gritou “Yan!” não demorou dez segundos um Yan sonolento e assustado apareceu na sala.

“Ai minha nossa! Está acontecendo?!” Ele se deu conta ao ver minha situação.

“Sim, estamos indo pro Hospital Geral, acorde meus pais e passe um rádio para Kya por favor!” ela disse momentos antes de Yan abrir a porta da frente para sairmos, os pais de Korra estavam hospedados lá em casa desde a última semana para nós ajudar no que fosse preciso. Tudo estava preparado para eu me internar e fazer a cesárea na semana seguinte e Kya e Katara iriam ajudar minha médica no que podiam, mas parece que esses pequenos são tão ansiosos quanto Korra e viriam antes da hora.

“Ai amor, tá doendo!” gemi apertando os braços dela com toda força.

“Eu sei linda, aguenta firme!” ela me pôs no banco da frente com todo cuidado e me colocou o cinto de segurança. Korra pulou no carro e já foi logo dando partida enquanto colocava o cinto nela. “Respira daquele jeito que a médica ensinou!” ela mesma começou a fazer a respiração, se eu não estivesse sentindo tanta dor até conseguiria rir do jeitinho dela. Fiz o que ela disse e ela acelerou o carro passando pelo portão principal como um foguete, o sol começava a dar sinais de que iria nascer e eu quase me distraí admirando a paisagem, mas fui pega de surpresa por uma contração terrivelmente forte.

“Aaaaaai!!” apertei o braço de Korra “Para o carro!!”

“O quê?!” ela me olhou confusa

Memórias do Coração: amor infinito.Onde histórias criam vida. Descubra agora