|17|: Boa escolha de palavras

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|Lee SunHee|


Provavelmente você não saberá do que estou falando, mas

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Provavelmente você não saberá do que estou falando, mas... Sabe aquelas escolhas que fazemos... Aquelas sobre quais temos total consciência de suas consequências. E mesmo sabendo que estas não nos agradam, as tomamos para nós mesmos... Porque desse jeito somos nós: humanos. Vivemos de momento. Nossa vida é um conjunto de momentos bons, ruins e outra infinidade de definições. Sempre vivemos o agora, e somente no amanhã vemos tudo com clareza. Somos habituados a primeiro fazer, depois pensar. E sabe, odiava quando eu fazia isso.

Este é o espaço em que você poderia me xingar por ter me arrependido de beijar SeokJin. Poderia, mas não pode. Porque não foi exatamente o que aconteceu.

Se tem uma coisa que sempre considerei intrigante sobre mim, era o fato de eu conseguir acordar com dor de cabeça depois de uma festa, mesmo sem ter bebido álcool. E foi exatamente isso o que senti ao ter a consciência recobrada naquela manhã/tarde de domingo.

Parecia que meu cérebro iria explodir quando meus olhos se abriram e foram de encontro à claridade oriunda da janela - a qual sequer lembrei-me de fechar a cortina -. Pousei as costas da minha mão sobre minha testa e resmunguei mais ainda. Tombei levemente minha cabeça para o lado e dei de cara com Yura, que dormia parecendo uma porca. A folgada usou o pretexto de que estava com preguiça, aquela do tipo exagerada de ir para sua casa sozinha. Sem contar que estava bêbada, por tal, fui eu quem dirigiu o automóvel na volta. Pus os pés para fora da cama e os movimentei, tentando sentir com a sola de meus pés, os chinelos. Tendo o feito, me levantei e caminhei vagarosamente - coçando a barriga por baixo da camisa do pijama, uma mania matinal - até a porta de meu quarto e dando de cara com a porta do banheiro.

Ergui meus olhos até o espelho e o sorriso mínimo, somado à inconsciente que desenhava meus lábios trouxe todas as lembranças da noite anterior à tona. Me senti uma idiota

- Para de ser idiota, idiota. - estapeei minha bochecha, repreendendo-me. Apanhei a escova no pequeno armário ao lado do espelho e quando devolvi meus olhos ao reflexo mais uma vez, encarei meu pescoço e nele havia uma marca levemente roxa. Minhas bochechas se aqueceram e sorri novamente por me lembrar do momento. - Aish... Para de sorrir! - resmunguei com meu próprio reflexo e inflei as bochechas, tentando à todo custo desfazer aquela curva insistente em meus lábios. Fechei os olhos e respirei fundo, conseguindo segurar a vontade involuntária, a qual agora fazia meus lábios temblarem nas extremidades. Aff... Desisto!

Cruzei o pequeno corredor e me deparei com Hyerai tomando sua costumeira xícara de café, ao passo que lia seu jornal. Um pequeno sorriso escapou de meus lábios: ah, eu amo essa mulher!

Oi? Não, espera. Eu amo minha mãe. Sim. Claro. Com certeza! Mas quem perdeu esse bom humor logo pela manhã? Céus... preciso de um médico.

- Bom dia, Sun. - omma me cumprimentou ao ouvir meus passos ecoarem cada vez mais próximos.

Dialectic | ksjOnde histórias criam vida. Descubra agora