|35|: Muito eu fiz por nada

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AVISO1: Leiam as notas finais, por favor. Nela digo algumas coisas importantes.

AVISO2: Esse capítulo possui cenas com gatilhos de cunho emocional e psicológico, estou alertando para o caso de alguém se sentir desconfortável ou não gostar de cenas do gênero.

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"O passado é imutável porque já foi consumado e o futuro é discutível justamente pelo contrário."

- Dialectic

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    Se a conexão entre SunHee e Yura era real, aquele se tratava de um bom momento para provar sua veracidade

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    Se a conexão entre SunHee e Yura era real, aquele se tratava de um bom momento para provar sua veracidade. A cozinheira estava ajoelhada no sofá da biblioteca da casa de SeokJin e já havia descascado com a ajuda dos incisivos centrais o esmalte de pelo menos três unhas, cujas havia pintado não tinha nem dois dias. O suor exacerbado em suas mãos e o frio na barriga provocavam calor e desconforto sob seu pijama, ela sentia que infartaria se a dongsaeng não atendesse logo a droga da ligação.

— Merda, Yura! — Praguejou sozinha antes de executar o que era talvez a sua trigésima chamada e levar o aparelho branco à orelha — Ai, Deus, será que aconteceu alguma coisa? Será que ela já viu? Ela já deve ter chegado aqui em Seul, não é? Então, por que não atende!? — Sua mente não possuía mais espaço para armazenar tantas perguntas e por osmose as mesmas externaram-se, fazendo-a parecer igualmente desesperada ao que realmente estava. 

Quando estava para realizar a sua quinquagésima tentativa, no plano de fundo dos seus pensamentos a demora de SeokJin se destacou, fazendo-a lembrar de relance do melhor amigo do Kim, cujo era alguma-coisa-não-denominada da sua prima e havia viajado com a mesma, então concluiu que ele saberia onde estava a procurada. Mais irritada consigo mesma por não ter pensando naquilo antes do que com a demora do namorado, SunHee saltou num pulo do sofá e correu biblioteca a fora, o sentimento de aflição era maior do que a segurança em apenas caminhar, mas perdia apenas para o desnorteio que lhe atingiu em cheio quando alcançou o meio das escadas e na sala avistou SeokJin em pé com os braços cruzados diante do sofá onde estava sentado um homem, o qual ela só pôde avistar a nuca. Mas quem e o que queria na casa dos outros à plena meia-noite e meia? 

Em passos mais contidos a mulher continuou seu percurso previamente interrompido, os olhos atentos à conversação quase murmurante, como se fosse um segredo entre SeokJin e o homem até então desconhecido para ela.

O Kim logo notou a movimentação vinda das escadas, ergueu os olhos apenas para conferir sua hipótese, suas pálpebras temblaram e o ar tornou-se novamente rarefeito, algo interior quase como uma força inconsciente projetou alarmes em torno dos seus sentidos, gritando perigo a todo momento. SunHee não deveria ter descido aquelas escadas e mesmo que esse pensamento tenha se expressado na atitude de ignorar a namorada para voltar a encarar seu irmão mais velho, não foi suficiente para NamJoon apenas aceitar e relevar aquele repentino comportamento atípico.

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