Dialectic vem de dialética (s.f.) (di.a.lé.ti.ca) e significa: o mesmo que contrapor ideias e reconciliar contradições.
"Enquanto uns confundem sinceridade com grosseria... Aí está você. Confundindo minha cabeça."
Dona de uma personalidade inigualá...
"Reconheça seus limites ou eles te obrigarão a reconhece-los."
- Dialectic
♚ ♚ ♚
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Extremamente familiar. As luzes espirais pendentes do teto daquele salão de festa com pé direito incrivelmente alto, a escultura de gelo modelando o número vinte e cinco exatamente no centro de toda aquela comoção, e até mesmo o sabor do petisco que SeokJin não sabia como havia ido parar em sua mão. Cada detalhe lhe era assustadoramente familiar, os rostos que não via há anos e inclusive o vestido verde esmeralda que sua mãe usava, por alguma razão se lembrava de tê-lo comprado. No entanto, algo não parecia certo ali. Algo dentro de si lhe dizia que a festa estava acabando, as mesas que outrora estavam carregas de petiscos, naquele momento não restavam muita coisa e as pessoas que horas antes preenchiam o espaço, estavam escassas. Havia apenas alguns membros da família paterna, seu irmão NamJoon, sua mãe Saeron, seu melhor amigo Hoseok – com cabelos castanhos – e possuía a impressão de estar vendo seu pai na ponta extrema.
O sentimento de que algo estava muito errado crescia a cada segundo, mas não pôde pensar muito nele, pois logo o assessor da família apareceu e o puxou para que desse algum depoimento carinhoso para seu pai naquele dia "tão esplêndido", segundo as palavras do homem.
Enquanto era arrastado para a saleta organizada justamente para aquela parte, avistou SunHee sentada em uma das cadeiras, bebendo o champanhe que restara em alguma das bandejas. O Kim franziu o cenho diante da estranheza naquele fato até então desconhecida, mas aproximou-se mesmo assim, pedindo que o assessor esperasse um pouco.
— Sun, você tá cansada? — Indagou ao aproximar-se.
— Brevemente. Você ainda vai demorar? — Disse a garota, olhando-o de baixo.
— Não sei... — Crispou os lábios — Provavelmente. Acho que o NamJoon já está indo pra casa, por que não vai com ele?
A Lee não demorou muito para concordar. O Kim iria se dar o trabalho de ir atrás do irmão, mas o viu usando o celular um pouco longe dali, por isso apenas digitou uma mensagem e enviou, soube que o mais velho havia recebido e lido a mesma quando ergueu os olhos em sua direção e apenas assentiu, chamando SunHee com um gesto.
Se despediu rapidamente com um selinho e seguiu seu caminho, ao que a namorada fez o mesmo no sentido oposto.
No fim das contas, o depoimento saiu mais rápido do que esperava e quarenta minutos depois, as mãos carregavam o blazer cinzento que usara mais cedo e seus passos já estavam subindo as escadas vermelhas da sua casa. O sentimento de familiaridade, dessa vez unido ao de saudade, lhe atingiu, mas não entendeu a razão. Os pés alcançaram o topo da escadaria rumo ao longo corredor e seus ouvidos se aguçaram ao som intrigante vindo de algum dos quartos. Por um segundo pensou ter ouvido coisas, mas percebeu que estas eram reais ao passar pelo quarto fechado do seu irmão e os mesmos sons semelhantes a gemidos se tornarem mais fortes. Fez uma careta diante do escândalo, imaginou que se tratava de alguma das meninas bonitas com quem viu NamJoon conversando mais cedo, porém, logo ignorou e adentrou seu quarto, esperando ver SunHee em algum ponto dele, contanto, isso não aconteceu. Se viu confuso.