|2|: KSJ

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♚ ♚ ♚|Lee SunHee|♚ ♚ ♚

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|Lee SunHee|

Coréia do Sul, Seul.
02:30 PM.

A casa é bonita. Muito bonita, devo admitir. Só há um detalhe que eu achei um pouco desnecessário e o mesmo se fez presente desde o momento em que entrei aqui. Há lugares na casa - ou mansão, tanto faz - que tem literalmente a cara do dono e proprietário estampada. Oh, isso é sério! Começando pela entrada, fui saudada por dois brutamontes que ficavam em frente ao portão preto e detalhado. O chão era calçado com pedras de paralelepípedo, ao redor haviam arbustos de grama verdinha sem contar que o tapete de grama bonita parecia se estender por todo terreno. Exceto no centro. Ah... O centro! Oh céus! O que havia ali no chafariz realmente me fez questionar onde eu estava enfiando meu jegue. Irei resumir para você: a água do chafariz jorrava nada mais e nada menos do que de uma estrutura que era composta por letras posicionadas verticalmente, e essas mesmas letrinhas, juntas, formavam: KSJ. Sem mais comentários sobre isso.

Resolvi ignorar esse detalhe. Eu não seria aceita mesmo. À todo instante, uma mulher de meia idade que se apresentou como Senhora Ahn e governanta daquela propriedade, me explicava o que era cada coisa, como se eu não fosse capaz de identificar ou como se aquilo tudo fosse uma excussão pela Casa Branca. Ela abriu a imensa e de modelo moderno, porta negra que contrastava (juntamente com alguns detalhes e janelas da mesma cor) com o branco espalhado pelas paredes da fachada. Ao entrar me deparei com um corredor mediano com piso de porcelanato preto que pareciam ser feitos de vidro pela maneira que refletiam as luzes presentes nas lâmpadas e um único lustre no centro daquela passagem, e paredes brancas, das quais pendiam algo realmente inacreditável que novamente fez-me perguntar para meu eu, onde eu estava me metendo. Haviam quadros de moldura negra, onde neles guardavam fotos de um homem - que eu odeio admitir, quase fico sem fôlego. Mas apenas, quase - em poses digamos que, sensuais, pareciam ser fotos de ensaios fotográficos (em uma delas, ele estava sem camisa, mas eu prefiro fingir que não vi), ah e para dar todo o ar da graça, as imagens estavam em preto e branco.

Todo esse caminho e processo de observação trouxe a mim e a essa mulher, até aqui. Uma extensa e elegante copa, típica mesa de vidro negro com cadeiras confortáveis e de madeira polida. Que sútil. A Senhora Ahn parece organizar uns papéis enquanto eu continuo observando o ambiente frio, até que ela pigarreia e eu imagino que seja para encará-la. E assim o faço.

- Você tem plena consciência de que muitas mulheres morreriam para estarem sentadas nesta cadeira, certo? - me encara com certa futilidade. Giro os olhos mentalmente, para logo depois franzir a testa, confusa.

- Mas... - formulei minha fala antes de continuar, fazendo um bico inconsciente devido ao ato de pensar - Por que morreriam para estar aqui, visto que se morressem, não poderiam estar aqui? - coço o queixo e a mulher me fuzila com o olhar. Tomando consciência do que eu acaba de dizer, sorrio amarelo - Pode prosseguir. - faço um sinal com a mão.

Dialectic | ksjOnde histórias criam vida. Descubra agora