- Mas que... - Conti toda minha vontade de lhe socar quando Gregg me pegou no colo por trás me levantando do chão, eu gostava quando ele fazia isso, mas nesse momento eu estava realmente irritada com a situação.- Me solta caramba - Me debati em seus braços mas não adiantou pois Gregg era mais forte
- Você costumava gostar disso Luiza, ficou rebelde de repente?
- Gregg, é sério, me solta
- Não. - Após falar isso, Gregg me levantou mais alto e rodopiou no ar, me fazendo ter um leve enjoo
- Se você não me soltar agora, eu não respondo por mim em questão as consequências - Virei meu rosto o suficiente para olhar em seu rosto
- Eu não ligo - ele retribuiu o olhar como quem queria dizer "Lide com isso" o que me causou mais raiva ainda
- Você quem pediu - Nisso peguei impulso com ajuda de suas pernas e lhe dei um chute nas mesmas, o que fez ele me largar e em um pulo me virei pra ele rindo
- Toma distraído - falei seguido de uma gargalhada
- Qual é Lu, isso não foi nem um pouco carinhoso
- Nunca falei que era - Abri um sorriso vitoriosa
Gregg era o típico melhor amigo gay, sem a parte do gay, mas mesmo assim ele vale por 10 amigas meninas, somos amigos desde que me conheço por gente pois nossos pais são tipo "melhores amigos" e por essa causa já vivenciamos várias coisas juntos, como a vez que passamos cola na cadeira da professora e fomos suspensos por 4 dias, éramos as típicas crianças "terror" mas nunca me arrependo de cada momento que passamos juntos seja bom ou ruim. Me lembro da sétima série onde várias garotas babavam por ele, bom, típico naquela escola de peruas mas o mais engraçado era ele dando fora em todas, não vou dizer que Gregg é feio, até por que eu estaria super mentindo. Gregg tem os cabelos negros perfeitamente ondulados acompanhados daqueles lindos pares de olhos azulados, que com certeza o deixa extremamente atraente, se ele não fosse meu melhor amigo com toda certeza eu poderia estar apaixonada por ele agora.
Como hoje era domingo não demorou muito para meu pai me chamar para "sairmos". Todo domingo meu tio Jonny fazia um tipo de social na sua casa e chamava todos da nossa família, as vezes até uns amigos, na qual meu pai me obrigava a ir todo final de semana, as vezes (quase sempre) até fingia estar doente e implorava para poder ficar em casa, única coisa ruim era que eu teria de aguentar o cheiro de mofo com provolone da nossa vizinha, Dona Magda, mas as vezes até preferia isso a ter de aguentar meus primos gritando e pedindo para jogar Sliter.io no meu celular, meu mundo de séries, livros e músicas valia muito mais que as piadas velhas e ter de aguentar meu tio bêbado a cada final de semana.
Mas hoje, por incrível que pareça, optei por ir, então tomei um banho rápido e depois vesti um vestido larguinho junto de uma cinta que pegava na minha cintura, coloquei uma sandália e passei uma maquiagem leve, penteando meu cabelo o deixando solto passando em seguida, um pouco de perfume e desodorante, desci e esperei meu pai que logo desceu arrumado junto de sua carteira, telefone e chaves do carro
- Vamos meu amor?
- Vamos né - Respondi desanimada e o segui ao carro.
Chegando lá fui recebida por várias de minhas tias, tios, primos, e claro minha prima Natasha, tínhamos a mesma idade, o que facilitava e fortificava nossa amizade.
- Oii minha vaca - Falou vindo em minha direção e me dando um abraço apertado no qual quase fico sem ar
- Calma, eu ainda respiro - Falei me soltando do abraço e lhe dando um sorriso
- Ta coisa chata - Ela faz um bico mas logo desfaz esboçando um sorriso na minha direção, porem percebi que não era para mim e nisso me virei dando de cara com um garoto super alto (bom, perto de mim qualquer um é alto), então deduzi ser seu novo namorado, já que Natasha trocava de namorado a cada 1 mês
- Seu namorado? - Cochichei em seu ouvido para que as pessoas ao redor não ouvissem
- Ainda não - Ela respondeu na mesma altura de voz, sem tirar os olhos do rapaz
- Hm, entendi, espera aqui - Falei e me dirigi na direção do rapaz
- E ai, você e minha prima? O que acha? - Apontei para mesma que logo desviou o olhar olhando para o nada fingindo estar vendo uma coisa super interessante
- Gata - Foi a única coisa que o ouvi dizer antes de ir na direção da mesma e a puxar para um canto que supostamente já estariam nos maiores amassos.
Como estava sozinha após aquilo, falei com meu pai e fui dar um volta pela cidade que estava deserta por já ser tarde da noite, achei estranho meu pai concordar mas nem optei por falar qualquer coisa sobre, pois saberia que ele mudaria de ideia na hora então segui para o meu passeio enquanto escutava músicas em meu MP3.
Já estava cansada de caminhar então parei em um banco para descansar enquanto olhava para a lua que por sinal estava muito bonita hoje, quando senti um arrepio em minha nuca e vi um vulto passar no final da rua, nisso eu rapidamente levantei e saí andando em direção a casa do meu tio que ficava a uns 4 quarterões dali. Chegando perto da casa de meu tio, resolvo olhar para trás, mesmo sabendo que poderia me arrepender eternamente por esse ato, e foi exatamente o que aconteceu, quando virei minha cabeça me deparei com a criatura mais pavorosa que já vi em minha vida, uma espécie de humano, só que com asas como de um pássaro enorme e sem rosto, sem qualquer traço em sua face. Aquilo demonstrava como se estivesse me fitando, como se sentisse prazer com o meu desespero, porém não sabia distinguir aquilo certamente, pois o mesmo não tinha face.
A criatura então deu um grito pavoroso, e começou a correr em minha direção, eu não sabia o que fazer, estava petrificada, estava apavorada.
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Nefasa
FantasyGarras arranharam meu braço profundamente fazendo-me arfar e soltar um pequeno grito. Olhei na direção de onde Gregg estava preso vendo-o mesmo ter seu pescoço rasgado por uma das várias criaturas negras que sobrevoavam o local, as mesmas soltavam g...