Capitulo Um

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                                 ♚
                  Guarda costas?

O luxuoso Audi A8 desliza suavemente na rua parando em frente ao prédio mais importante da cidade, onde se encontra o maior e mais poderoso homem do ramo empresarial. Rodeado de empregados, comanda seu império sobre muito controle, seu ar esnobe cheio de poder acaba intimidando qualquer pessoa que ouse dirigir qualquer  palavra a ele. Todos que cruzam seu caminho são insignificantes. Se eu que sou a filha e ainda odiada, imagina o resto.

Simpático, não?

Desde o início sabemos quem comanda, só quem tem dinheiro e  obedece quem é inteligente. Isso pode  soar horrivelmente, contestem o quanto querem mas é puramente a verdade. A história está ai. 
Eu não tenho vergonha de dizer que me aproveito mesmo da posição em que estou, o mundo é dos espertos e ricos, e meu pai é milionário, só juntei o ótimo ao agradável.

Desço do carro com a ajuda do motorista e solto um suspiro quando olho pro arranha-céu espelhado.

Imponente como o dono.

Caminho devagar aproveitando toda atenção que tenho em mim. Ser a filha do chefe, as vezes, é o máximo. É bom se destacar dos demais e pensar que as pessoas imaginam ser você, ter a sua vida, mas a única coisa que conseguem é me olhar e sonhar.
Sorrio com meus pensamentos e desfilo passando pela recepção onde meus olhos batem com os da senhorita vadiazinha. Me refiro a recepcionista que um dia tentou me barrar. Sério gente! Ela ousou me confundir com uma qualquer, vê se pode! Eu tive que fazer algo em respeito ao informar isso ao meu pai, mas tudo o que ele fez foi me ignorar. Ela me olha com ódio tentando encobrir toda inveja e rancor. Essa eu tenho certeza que queria estar em meu lugar. Faço questão de retribuir a cara de nojo e passo direto por ela. Mostrando a maravilha que eu sou e que ela não pode comigo. Jogo meus cabelos compridos pro lado e desfilo até ao elevador. Olho pra trás e sorrio debochada ao ver seu rosto vermelho de raiva e o olhar irritado que me lança. Do de ombros e passo minhas mãos pelos meus cabelos, lanço uma piscadela pra ela antes das portas se fecharem.

Olho no espelho do elevador, conferindo minha roupa e aliso meu sobretudo branco que uso por cima do vestido. Hoje escolhi uma roupa bem básica: vestido preto que combina com meu scarpin da mesma cor de solado vermelho.
Sou muito vaidosa e adoro moda.
Me sinto melhor quando estou bem arrumada, até para ficar em casa me arrumo. Não ligo pra opinião de ninguém, se estou bem com a roupa, não tenho que me preocupar em trocar.  Adoro saltos e botas mas minha paixão mesmo são os meus vestidos não largo mão deles até no frio, apesar dessa cidade a maior parte do ano fazer frio, tenho um estoque de casacos pra usar com eles.
Depois de conferir a roupa e maquiagem olho no relógio do meu iPhone e vejo que estou quarenta minutos atrasada pra "reunião" com o todo poderoso. Sorrio  e saio caminhando lentamente do elevador, sem nenhuma pressa curtindo meus últimos segundos de paz.

— Olá, Srta Sofia! O Senhor Patcholin espera na sala de reunião.
a senhora diz com um sorriso solidário.

— Acredite Márcia, até eu estou com pena de mim. 
Márcia trabalha à muito tempo aqui o que colaborou para o nosso relacionamento, que é muito além de funcionária e filha do chefe, ela é como se fosse uma amiga da minha mãe para quem posso recorrer quando sentir falta de um sentimento mais fraterno. Tem uns quarenta anos mas aparenta ser bem mais nova.
É um amor de pessoa, tem dois filhos  - que por sinal, são bem gatos - confesso que quando estou me sentindo solitária passo na casa dela só para ver se encontro um dos gêmeos, só para os provocar, já que meus sentimentos por eles não passa  como de uma irmã mais nova.
Retribuo o sorriso e dou um beijo em sua bochecha.
— Esqueça o Senhorita. Ele esta uma fera, não?
Pergunto já sabendo a resposta.

 Meu Guarda CostasOnde histórias criam vida. Descubra agora