Capitulo Sete

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                       ♚
                 Connor

Saio de casa rindo ao escutar a voz de Sofia gritando pra que eu lhe conte a verdade.
– A casa não esta exatamente cercada por matos. Estamos em uma cidade a 80km do norte de Londres, calma e de bairro confiável, ninguém nos encontraria. A vizinhança tem em média umas dezesseis casinhas todas simples, e um mercadinho de pouca distancia, que abastece as casas da região. O lugar é bem tranquilo e aconchegante onde pessoas que querem tirar um tempo de ferias, vêm. – saio da varanda e passo pelo portão da casa onde comprimento uma senhorinha que rega suas plantas. Ouço o toque personalizado do celular que toca em meu bolso e sei quem esta me ligando antes mesmo de ver.

Atendo imediatamente ao ver o nome brilhando no visor e sinto um calor no meu peito ao ouvir a voz do outro lado da linha.

— Oi meu amor. — falo com um sorriso apaixonado no rosto.

— Papai quando o senhor vai vir me buscar? Eu fiz toda minha lição e comi toda minha comida — fala emburrada. E meu sorriso aumenta quando imagino sua cara emburrada e o biquinho que puxou de sua mãe.

— Princesa eu só vou resolver umas coisas e logo, logo passarei ai pra te buscar. E vou querer ver esse lição ai moçinha. —

— Obaaaaaa!!. — grita. E imagino que deve estar pulando quando ouço os barulhos no fundo. — Eu já arrumei minhas coisinhas e já coloquei minha Barbie na mochila. Vamos comer pizza? Eu prometi pra Suzi que íamos comer. Vamos né?— rio alto da sua empolgação que atropela as palavras e percebo que estava morrendo de saudades da minha pequena. Esse trabalho de guarda costas é muito importante, mas ta sendo difícil ficar longe da minha família. Disperso o pensamento e ignoro a angustia.

— Claro, prometo que vamos comer pizza. Agora cade a vovó? —

Ta lá na sala. Papai você nem acredita. — fala rindo e abaixa o tom da voz como se estivesse contando um segredo. — Eu estava  assistindo desenho e quando fui mostrar pra vovó qual eu era das meninas – Porque eu adoro a Marinete, papai, quando eu crescer vou ser igual a ela. — desvia o foco do que estava falando me deixando sem entender nada — Vou aniquilar a maldade e soltar as borboletinhas. Mesmo não sabendo o que é Aniquilar. O que é Aniquilar papai? — Atropela de novo as palavras e fico mais perdido do que cego no tiroteio.  — Ela já tinha dormido na cadeira. — ela ri e eu acompanho por não entender nada, mas adorando ouvir sua risada gostosa. Ouço um barulho de talheres sendo remexido no fundo e cesso meu riso pra ouvir melhor.

— Quem está ai com você princesa, alem da vovó? —

— Só a Suzi. — da uma risadinha que me deixa em alerta, pois, Suzi é sua amiga imaginaria.

— O-o que você esta fazendo? — ela ri mais ainda e minha preocupação aumenta quando algo cai no chão fazendo uma barulho enorme. Meu tom de voz sobe com o temor.
— ÁLIA.. O que você esta fazendo?

— Eu e a Susi estamos fazendo um bolo pra quando você chegar. Um beeem grandão. — solta uma risada que sai acompanhada de um gritinho animado e sapeca. Paro de andar de um lado pro outro – nem percebendo que estava fazendo isso – e sinto o sangue sumir do meu rosto ao entender que ela esta na cozinha sozinha e ainda mexendo no fogo, brincando com facas ou pior deixando o gás escapar... Abro minha boca pra gritar com ela, mas paro no meio do caminho. Assusta-la seria pior ainda e acabaria piorando as coisas.

— Lia me escuta — paro e tento controlar a tensão.  continuo com o tom ameno –que não sei de onde surgiu. — Para tudo o que esta fazendo e chama a vovó. Mas corre.

— Mas a vovó ta TÃOO cansada. E tenho que terminar o bolo seu. — diz com calma sem perceber o perigo que deve estar fazendo.

—NÃO.. acorde ela agora! — esqueço meu tom ameno e falo com autoridade quase puxando meus cabelos.  Escuto ela soltar o ar com força e se distanciar batendo os pés contrariada. Fico na linha tentando escutar alguma coisa e minuto depois ela volta correndo e pega o telefone. Solto o ar aliviado por ela ter ido fazer o que mandei.

 Meu Guarda CostasOnde histórias criam vida. Descubra agora