Meu Guarda Costas

Capitulo Seis

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                         " plano B "

A cada segundo que se passava, eu ficava mais nervosa dentro daquele carro, sem explicações ou sequer uma ideia do que estava acontecendo, eu acabava pirando pensando em quem era os caras que estavam nos seguindo e o que eles queriam. Liam apertava de vez em quando minha mão, preocupado comigo, e eu apenas lhe dava um meio sorriso que dizia pra ele não se preocupar.
Connor dirigia em silencio, focado na rua, e algumas vezes, eu pegava seu olhar preocupado de relance pra mim, no retrovisor.

O caminho estava silencioso até então, a não ser, pelo barulho do carro ao passar por buracos na rua. Encostei minha cabeça no banco e fechei os olhos tentando relaxar um pouco ao balanço do carro. A adrenalina da perseguição e dos tiros contra nós, não saiam da minha cabeça, que explodia de dor e latejava. Passei a mão na lateral da minha cabeça e senti o liquido morno e pegajoso escorrer até a minha orelha, olhei para os meus dedos e constatei o que temi, eu estava sangrando; e não era pouco. Gritei na hora desesperada e me arrependi de o ter feito, minha cabeça girou e a minha visão começou a ficar turva. Liam me chamou aflito, dando tapinhas na minha cara enquanto eu lutava pra manter meus olhos abertos, ele tirou meu sinto e me deitou em seu colo abraçando-me forte e berrando pra Connor ir mais rápido. Tentei dar um sorriso pra Liam se acalmar, mas tudo que saiu foi um gemido pelo esforço. Ele beijou meus lábios e mandou eu ficar quietinha, que tudo ia ficar bem, sem ter forças pra contrariar eu apenas fiz o inevitável; apaguei.

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Um cheiro forte de álcool entra pelas minhas narinas fazendo-me acordar. Abri os olhos e dei de cara com Connor parado ao meu lado, olhando-me preocupado. Em uma de suas mãos estava um frasco de remédio enquanto a outra apoiava a minha cabeça. Levantei um pouco atordoada e sentei no chão quando ele me entregou o remédio e um copo com agua. Sem dizer nada, tomei o remédio e o encarei ao mesmo tempo que ele me olhava de um jeito estranho, como se na minha testa tivesse nascido um chifre.

— O que aconteceu? - sussurro e ele chacoalha a cabeça saindo do seu transe. Coloco a mão na cabeça quando ela doi e tento me levantar. Mas Connor é mais rápido e me pega no colo. Não reclamo e apenas deito minha cabeça em seu peito.

— Você tinha batido a cabeça e desmaiou quando viu o sangue. - fala como se sentisse culpado.

— É, eu me lembro disso. - fecho os olhos sentindo um cansaço enorme, mas os abro rapidamente quando noto que não estamos mais no carro e sim subindo uma escada.
— Onde estamos? - pergunto confusa. Levanto a cabeça tentando enxergar alguma coisa sobre seus ombros, mas não vejo nada. Ele apenas da de ombros e continua a subir
— Cade o Liam? - observo sua expressão preocupada ficar séria e pesarosa. Nessa hora meu coração perde uma batida e acelera com o pânico. Tento sair do seu colo, mas ele me aperta mais, evitando que eu me liberte, então começo a chorar desesperada por não saber o que aconteceu com Liam e tudo piora quando penso que os caras que nos perseguiram voltaram e conseguiram pegar ele. Me debato em seu colo e grito até perder as forças tentando não aceitar o pior, porque isso não pode ter acontecido, não com Liam!! Desisto soluçando contra o peito de Connor  e me entrego ao cansaço, que nem percebo a hora que ele me colocou na cama e eu simplesmente dormi.

Na manhã seguinte acordo com a cabeça explodindo e os olhos sensíveis, parece que tomei uma bebedeira daquelas e acordei de ressaca. Afasto as cobertas do meu corpo e vejo que dormi com o vestido do encontro com Liam.

Liam? Ai meu Deus!

As últimas memorias da noite passada vem na minha mente e a ancia de vômito sobe pela garganta, corro pro banheiro do quarto e chego a tempo de gorfar no vaso. Elimino tudo o que estava no meu estômago e mais um pouco. Sento na tampa do vaso com a cabeça entre as pernas e respiro fundo tremendo.