Capitulo Cinco

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                                 ♚
                       Perseguição

— Aposto que você não deve ser tudo isso. — ele diz e morde os lábios. Sinto minha respiração acelerar novamente e o ritmo cardíaco, já rápido, disparar. Paro de me debater em seu aperto e espero seu próximo passo. Minha boca fica seca quando vejo seus lábios grossos e rosados virem em direção aos meus. Uma parte curiosa do meu corpo, que sente atração por ele, quer experimentar e se perder na boca deliciosa de Connor, para ver se é tão boa quanto aparenta ser. Mas meu lado mais sensato e racional diz que ele é um imbecil canalha que só quer provocar e zombar de mim. Me chamar de puta, de graça? Sem que eu tenha feito algo a ele e pior sem me conhecer! É um machista! Olho mais uma vez pra sua boca agora com ódio  as palavras proferidas por ele segundos atrás retornam a minha mente me dando uma ideia.

Fica se esfregando em publico igual uma PUTA no ciu.

Sinto a raiva correr nas minhas veias e inflo meu peito. Deixo ele aproximar mais seus lábios e ergo meu joelho em direção a sua virilha e golpeio com força seu pênis. Ele solta um grunhido raivoso e cai de joelhos no chão, segurando com as duas mãos a região em que o atingi. Me agacho ao seu lado enquanto ele geme e procuro em seus bolsos, aproveitando que ele não tem forças pra me deter. Solto um gritinho quando as encontro e com um sorriso travesso nos lábios, mostro pra ele e agito as chaves do carro no ar. Ele me olha com o rosto completamente vermelho e cheio de ódio. 

— Isso que chamo de golpe baixo. — caçoo.

— So-ofia — ele geme e tenta se levantar.  — Que? Eu não te ouvi direito. Tira suas bolas da boca pra falar. — debocho e coloco a mão no ouvido em forma de concha. Ele tenta falar novamente mas só o ouço praguejar.

— Ah seu puto não vai falar nada? então to indo embora! — ele protesta e tenta ficar de pé. Começo a rir ao ver seu sofrimento.

— Para com esse teatro. Nem deve estar doendo. Só foi uma joelhada de leve. — tripudio em cima da sua dor.

— Sofia. — fala como se estivesse sofrendo. — Você vai pagar por isso. — declara.
— Ui estou com muito medo. — debocho.
— Preciso ir. Tenho algo mais importante do que aguentar seu drama. Beijinho e se cuida stronzo. — falo quando o elevador chega no térreo e saio dele rápido.

Caminho entre as vagas e desligo o alarme do carro antes de entrar. Coloco a chave na ignição e ligo o motor dando partida. Manobro o carro pra sair da vaga e freio quando um baque atinge o vidro. Olho pra janela assustada e vejo no chão um cone caído. Connor esta de pé e caminha meio estranho com dificuldades na direção do carro.
Ele parece assustador com o rosto tomado de ódio.
Ninguém mandou me chamar de puta!

Como naqueles filme de terror onde a mocinha tenta fugir e o carro não liga, Connor se aproxima e bate com força no vidro e força a maçaneta tentando abrir.

— Abre Sofia! — grita batendo na janela com a mão fechada.

— A puta aqui, não quer abrir não. — digo e piso no acelerador sem sair do lugar.

— SOFIA!! ABRE ESSA PORRA. — gargalho ao ver seu desespero. — Eu não estou brincando. — diz irritado.

— Nem eu. — mando um beijinho de ombro. — Adeus Connor. Te vejo quando chegar em casa. — acelero e saio cantando pneu no estacionamento, deixando um Connor transtornado pra trás.

                                ♚♚

Pronta pra ir em um restaurante muito famoso com pista de dança??

Sorrio ao ler a mensagem de Liam.

Mais é claro que estou!
;)

Respondo e me espreguiço na cadeira. Desde que cheguei do shopping, fiquei fazendo revisão de alguns textos pra uma amiga. E por isso não vi a hora em que Connor chegou.
Sorrio ao lembrar de sua cara quando me viu sumir no estacionamento. 

 Meu Guarda CostasOnde histórias criam vida. Descubra agora