Capitulo três

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               Saindo as escondidas

Depois de um tempo de espera na beira da porta desço as escadas na ponta dos pés e encontro a casa no completo breu. Já são onze da noite, fiquei uma hora me arrumando e a outra de pé. Esperando uma brecha pra fugir da minha mais nova babá. Quando percebo que o caminho esta livre dou uma corridinha, passando pela sala e indo pra porta da frente, que é toda feita em vidro. Paro quando uma sombra do outro lado do vidro caminha em volta da piscina sem perceber minha presença.

— Merda!
Me agacho fazendo barulho e a sombra se vira rapidamente.
Fico uns segundos parada de quatro no chão rezando pra quem quer que fosse não tenha me visto. Começo a engatinhar lentamente até a porta mais próxima, me esforçando pra não fazer barulho. Chego até ela e entro  sem perceber que a sombra já não estava mais parada no lugar de antes.

Levanto rápido no chão da cozinha  pra testar se a porta dos fundos está aberta. Solto um gritinho de sorte ao ver a porta abrir. Confiro se o caminho está livre e então corro pra fora, me protegendo na sombra que o pinheiro faz encobrindo a luz do poste.

Dois homens que fazem a segurança da casa estão parados próximo ao portão, o que bloqueia a minha saída. Penso em uma maneira de passar por eles, mas nada me vem a mente. Até que um ruido sai do walk talk de um dos seguranças e o mesmo atende caminhando rapidamente na direção em que fica a área da piscina.
Na mesma hora um carro para em frente ao portão e dele desce meu pai. O outro segurança que ficou ali, conversa com ele e pelos gestos das mão algo parece estar fora do normal. Os dois caminham indo na direção do segundo segurança, que tinha saído e agora aparece um pouco atento apontando pra área da piscina. A curiosidade pra saber o que esta acontecendo é grande, mas não posso deixar minha única chance de escapar. Então olho pro portão, que não tem ninguém pra bloquear minha saída, e não penso duas vezes; corro o máximo que posso em cima dos saltos e penso na aposta que Connor fez e eu ganhei. Minha vontade é de gritar na cara dele e dizer o quão péssimo segurança ele é. Foi tão fácil escapar dele.

Chupa Connor. Ninguém me segura!

Talvez eu faça isso quando voltar de manhã da festa — Sorrio com o pensamento.

Quando estou perto de pisar na rua e comemorar minha saída, uma mão agarra meu braço e envolve minha cintura, tapando minha boca. Levo um susto e grito contra sua palma, que abafa o som. Mil coisas passam pela minha mente me deixando desesperada. Ele me arrasta de novo pra sombra do pinheiro o que dificulta alguém, de nos ver. Penso em Connor que devia estar fazendo minha segurança e acabou falhando, deixando-me com um bandido que vai me matar e jogar meu corpo numa vala imunda. — Não! Eu não posso morrer ainda. Sou muito jovem pra isso, sou linda e gostosa. Seria um desperdício eu morrer agora! E ainda por cima nem fiz tudo o que eu queria fazer. Preciso reagir, não vou morrer sem tentar escapar. Talvez um dos segurança nos veja se eu nos arrastar um pouco pra luz. — Com essa ideia junto toda força que tenho e me inclino pra frente chutando sua canela, mas ele não solta e faz seu aperto na minha cintura mais firme.
Me debato parecendo um gato com medo de tomar banho, mas nesse caso, com medo de morrer. Tento me livrar dele chutando-o na perna o que só pega de raspão sem causar dor. Dou um ultimo chute e esse atinge em cheio sua canela, fazendo-me ter uma brecha pra escapar, que acaba falhando quando ele aperta um músculo entre a região do meu pescoço e ombro e tudo que sinto é uma dor e depois vem a escuridão.
        
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A primeira coisa que sinto ao acordar é a dor forte em meu ombro e pescoço. Aperto a região e abro os olhos quando lembro da origem dela. O sequestrador.
Olho ao redor assustada procurando por ele e fico confusa quando deparo-me deitada na minha própria cama.

 Meu Guarda CostasOnde histórias criam vida. Descubra agora