Capítulo 12

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Quando chegamos ao hospital, colocaram ele em uma maca e começaram a correr com ele, eu comecei a correr junto, obvio, precisava saber de tudo, quando veio um médico e me parou, disse que eu não podia continuar, que o caso dele era grave e que precisava passar urgentemente por uma cirurgia, disse que iria cuidar das minhas feridas.

-EU NÃO LIGO PRA MERDA DOS MEUS MACHUCADOS, EU AMO AQUELE GAROTO, ME DIZ QUE ELE NÃO VAI MORRER!!!

-Eu não posso te prometer nada.

Começo a chorar, muito mais que antes.

-Vamos - ele pega na minha mão me puxando para uma sala para fazer curativos na minha testa e meu joelho.

Quando ele terminou me levou para a sala de espera e disse que se eu quisesse ir embora eu poderia deixar o meu telefone para eles me manterem informada, mas eu disse que não iria sair dali antes de eu poder o ver..

(2 horas e meia depois)

Já estou duas horas aqui, DUAS HORAS, quem está fazendo a cirurgia dele? uma lesma? Meus olhos estão inchados, porque passei essas duas horas sem parar de chorar, só conseguia pensar que ele estava la, porque eu existo.

Me sento e alguns minutos depois vejo um médico se aproximando, me levanto.

-Você é oque do Guilherme?

-Namorada.

-Ah claro, tem algum telefone para contato para algum responsável dele? Não conseguimos encontrar nenhum.

-Tenho o da casa dele, mas me diz logo, como foi?

-A cirurgia foi bem, ele vai sobreviver, mas no momento não poderá receber visitas, quando ele poder, eu te falo.

-Ta bom.. - disse desanimada

- Enfim, o telefone?

-Ah claro. 

Ele me da um papel e uma caneta, eu checo o numero no meu celular e anoto no papel, entrego o papel para o médico.

-Obrigado - disse o mesmo.

Sorrio levemente e me sento novamente.

Alguns minutos depois um adolescente chorando chega e vem em minha direção.

-Você é a Emilly?

-Sim, e você quem é?

-Meu nome é Jean, o irmão do Gui.

Me levanto.

-Poderia dizer que é um prazer te conhecer, mas estou muito triste para fazer isso.

-Tudo bem, como ele ta?

-Passou por uma cirurgia urgente, saiu tudo bem se é isso que esta se perguntando, mas ainda não pode receber visitas, infelizmente.

- Oque aconteceu?

-Eu estava atravessando distraída e não vi o carro passando, foi quando ele me empurrou e ficou no meu lugar.

-Então foi tudo culpa sua.

-Eu já sei disso, muito obrigada por me lembrar.

Fecho a cara e vou até o bebedouro pegar um copo de água, estava la bebendo água quando uma médica chegou e disse que ele já poderia receber visitas, quase morro engasgada, sigo ela e vou pra sala onde ele está, foi um alivio ver ele e ver aquela maquininha que fala que o coração ta batendo ligada, fiquei muito feliz e aliviada, cheguei perto dele e peguei em sua mão, comecei a chorar.

-Porque você foi fazer isso em? -Sussurrei com a esperança dele estar me ouvindo.

O irmão dele apenas o olhou e chorou silenciadamente.

Depois de poucos minutos la segurando a mão dele e chorando, uma enfermeira disse que ele precisava descansar e que nós precisávamos do mesmo, aceitei, afinal, eu precisava de um banho, deixei meu telefone na recepção e disse que qualquer coisa eles podiam me ligar, peguei minha mochila e quando sai do hospital e já estava escurecendo, liguei para minha mãe com esperança dela estar em casa e me lembrei que esqueci de avisa-lá e agora ela já deve ter ligado para um detetive.

Mãe 

MOBILE

-Emilly? Ai meu Deus aonde você ta?

-No hospital

-Você se machucou?

-Só por dentro, pode vir me buscar?

-Ta em qual hospital você esta?

-Um hospital perto de um restaurante chines e também tem um estacionamento.

-Pode só me dar o nome da rua?

-Flor do vale.

-Ta, to indo

Desligo, achei o nome da rua muito estranho mas não liguei, apenas sentei na calçada e esperei minha mãe chegar, quando ela chegou, entrei no carro, falei oque tinha acontecido e claro, chorei.

cheguei em casa, tomei banho, e tentei dormir, uma tentativa sem sucesso...



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