Oliver respirou fundo. Olhou todas aquelas pessoas discutindo do lado de fora do quarto. O médico tentando acalmar sua família histérica, sua melhor amiga com o rosto vermelho. Tudo aquilo a deixava triste, para baixo, sem ânimo e ela não queria se sentir daquela maneira.
Levantou o olhar para o vidro que separava o quarto do corredor de hospital e decidiu, naquele instante que, faria tudo que não teve oportunidade. Um sorriso de coragem preencheu seus lábios, e ela se levantou. Caminhou até o pequeno grupo de pessoas paradas no corredor.
— Já podemos ir, mãe? — Oliv olhou dentro dos olhos de sua mãe, implorando para sair daquela prisão hospitalar.
— Claro querida! — A mulher de meia idade sorriu para a filha, mas não um sorriso feliz, ela carregava cansaço e preocupação. — Vá indo para o carro com Maria, chego lá em alguns minutos. — As garotas concordaram e foram para o estacionamento.
[...]
— Você só pode ter uns parafusos a menos! — Maria gesticulava pasma, enquanto sacudia a tomografia em sua mão.
— Vai dar tudo certo, Maria. Já comprei as pulseiras e aluguei um quarto em um hotel lá perto.— Oliver disse confiante.
— E se, você passar mal? Se tiver um troço no meio do show? Isso não pode dar certo, não pode...
— Acalme-se Mari, eu estou bem. Vai ficar tudo bem! — A garota tentou mais uma vez acalmar a amiga, que estava muito contrariada.
— Sério? Não é o que esses exames dizem! — Maria jogou o envelope branco na cama. Queria muito fazer a vontade da melhor amiga, mas estava com medo, não queria ser negligente ou irresponsável. Sua melhor amiga estava doente, e ela não queria que nada de ruim acontecesse.
— Escute Maria, eu tenho meses de vida, contados, quem sabe que dia esse câncer irá me matar. É minha única chance de conhecer Finn Wolfhard. Vai ser incrível! Talvez seja inesquecível também. Então, por favor... vamos? — Oliver usou todo o seu poder de persuasão para convencê-la.
Maria reparou por alguns minutos na amiga. O cabelo ainda cumprindo só que começando a cair, sua pele estava pálida e fosca, a garota tinha seus meros 50 quilos e as vezes não conseguia sustentar seu peso quando ficava de pé. Mas ali, olhando para ela, sabia que ia aguentar, pois Oliver era, de longe a garota mais forte que conhecia, tinha uma garra que mais ninguém tinha e aquela poderia ser sua última lembrança feliz com a amiga. Soltou o ar dos pulmões.
— Tudo bem, será nossa última aventura antes da minha volta para casa... Não podemos perder essa oportunidade.
— Ela se deu por vencida e recebeu abraços e beijos na bochecha da amiga saltitante.— Te amo, você é a melhor!!!
— Oliv dizia apertando a amiga em um forte abraço.— Vamos nessa! — Disse Maria animando-se.
[...]
Depois de algumas horas convencendo seus pais, e tendo a autorização e orientações rigorosas do médico, Oliver e Maria foram se arrumar. O show da banda de Finn, Calpurnia, seria em uma pequena casa de show's não muito longe do bairro delas. O quarto de hotel que iriam dormir já estava pago e o táxi buzinava na frente da casa. Levou 30 minutos até o hotel e mais 15 até a casa de show's. As garotas desceram na esquina do local e foram andando até a entrada, uma fila longa já se estendia pela rua. As duas mostraram sua pulseiras na cor dourada, e entraram para o camarote vip. Depois do show, poderiam ir ao camarim e conhecer todos os integrantes da banda.
O Lugar estava abarrotado de adolescentes, o que já era esperado. Todos conversavam e gritavam sempre que alguma luz piscava. Oliver sentiu uma pontada de felicidade, aquele lugar estava cheio de pessoas e nenhuma delas sabia da existência do seu tumor no cérebro, ninguém ia ficar perguntando sobre sua doença e nem como é fazer quimioterapia. Ela estava lá, parada em meio a tantas pessoas, e mesmo quando o exame pesava dentro de sua mochila, quando ela lembrava que ele estava lá para lembra-la da porcaria do câncer, ela estava feliz.
E então, as luzes mais fortes se apagaram e foracam no palco, a gritaria começou. Maria começou a pular enlouquecida e no palco ele apareceu. Finn iluminou o palco com um lindo sorriso. Soltou sua voz rouca no microfone e começou a cantar, para a alegria de de Oliver e de todos os outros ali presentes.
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¡Hola!
Então pessoinhas, esse foi o primeiro capítulo! Já quero deixar claro que, sim essa Fic vai ter Finn e Millie, porém não vai ser o tempo todo. O foco dessa fic é o nosso Finniezinho e Oliver, que é nossa protagonista! Peço que não desistam, pois prometo e que valerá a pena. Outra coisa é, que não pretendo que seja uma história extensa! Então, o tempo que se passa a história é bem mais rápido que na vida real. Espero que gostem e que curtam junto comigo! É isso, beijooos e bem-vindas a Hasta que se rompe! ❤
Ps: Talvez hoje, terá outro capítulo. Presentinho de boas vindas! Mas fiquem ligadas. Agora fui mesmo 😘
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Hasta que se rompe • Filiver • Em Revisão
FanfictionUma notícia grave deixa Oliver Carlucci sem chão, mas ela escolhe seguir em frente, aceitar e esperar. Essa notícia muda sua vida, mas também coloca alguém inesperado em seu caminho. No auge de sua carreira e no meio de uma crise pessoal, Finn Wolfh...